Ensaio fotográfico: Homens de Sal (Leitura de final de noite)

28/05/2015 at 23:34 (*Liberdade e Diversidade, Hermano de Melo) ()

sal 1Empregando técnica incomum, fotógrafo paulistano registra trabalho penoso, invisível e quase extinto dos salineiros. Eles recolhem, na natureza, algo que é parte significativa da história humana

26/05/2015

Por Inês Castilho / Outras Palavras

Ricardo Hantzschel, paulistano descendente de holandeses e alemães, pesquisador, mestre em câmeras pinhole e professor de fotografia na Faculdade Senac, registra em SAL (2011-2015) o cenário e os trabalhadores da extração do sal na Região dos Lagos, leste do Rio de Janeiro. Exploradas desde 1797, as salinas fluminenses estão desaparecendo diante de métodos modernos de extração. O ensaio foi vencedor do XIV Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, da Funarte, e convidado a participar da X Bienal de Florença, em outubro.

“Viajante, pesquisador, mestre de oficina, íntimo do mar, escolheu territórios de salinas, Cabo Frio, Araruama e outros, canteiros geométricos de brancura integral, alimentada pelo Sol disciplinado esteticamente por resguardos de madeira, atmosfera no atendimento especial do humor do artista” – escreveu o consagrado fotógrafo e artista plástico Fernando Lemos sobre o autor, no texto de apresentação do trabalho.

Antes, Ricardo Hantzschel já havia voltado suas lentes, e mente, para outras realidades em vias de extinção. Convidado a registrar o último jogo de futebol da carceragem da Casa de Detenção de São Paulo, pouco antes de sua implosão, Ricardo percorreu as celas já desocupadas fotografando e recolhendo objetos abandonados – cartas, imagens de carros, santos e, principalmente, mulheres. A montagem das fotos e objetos resultou no projeto Vestígios do Carandiru (2002-2004), próximo das artes plásticas. Outro ensaio é Sombra do Porto (1996-1999), em que registra os anos de transição do trabalho braçal dos estivadores do porto de Santos, em vias de ser privatizado e ter as práticas de manuseio de carga automatizadas.

Mas o que o atraiu ali, entre as cidades de Araruama e Cabo Frio, diz ele, foi “a geometria precisa dos quadrados das salinas, adornados por montes brancos, cata-ventos e figuras humanas, imersas na vastidão de uma paisagem absolutamente singular”. Entre 2011 e 2015, voltou anualmente ao parque salineiro fluminense para realizar o ensaio, “ressaltando a artesania do processo de extração do sal, conhecendo seus personagens e refletindo sobre as questões socioambientais da região”. O resultado é um livro precioso e várias exposições, entre elas uma em Cabo Frio, em que levou o fruto do trabalho a seus sujeitos – os salineiros.

Sobre a obra, inovadora e orgânica ao combinar o sal das salinas à técnica do papel salgado, precursora da fotografia, o autor declara:

“Esta é uma obra de ficção. Uma representação de um real possível, mediado pelo aparato, pela edição, pela emoção e pela imaginação. O mote é o sal, substância que faz parte significativa da história do homem. De caráter simbólico, em diversas culturas aparece em rituais de proteção e purificação; em outras, representa a incorruptibilidade ou mesmo a amargura. De grande valor, quando raro já foi moeda de troca e salário de soldados. Seu poder de conservar alimentos é o mesmo que corrói o ferro e resseca a pele do salineiro, marcada pelo sol, pelo vento, pelo tempo. Personagem de um ofício que se mantém inalterado desde o século XIX e que tende a desaparecer lenta e silenciosamente, calando o arrastar metálico das pás, o gemer dos carrinhos de mão, o puxar dos rodos, o pavonear dos cata-ventos. Um lugar em que a paixão e o desencanto se misturam, originando cristais brilhantes na água salgada”.

“O suporte eleito, composto de papel aquarela, sal e prata, carrega na superfície imagens de um mundo à parte. A aplicação manual do sensibilizante com pincel agregou o gesto, aumentando a presença do acaso no processo do papel salgado, cuja técnica, precursora da fotografia, incorpora organicamente á imagem o produto bruto extraído da salina.”

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sal 6sal 3Ricardo Hantzschel e seu Zé Barbosa

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*Comentário do blog: Supimpa!!!

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‘Friozinho’ desta quinta não deve durar até final de semana em Campo Grande, MS, promete previsão

28/05/2015 at 16:59 (*Liberdade e Diversidade)

frio campo grande,msTemperaturas voltam a subir nesta sexta-feira (29)

28/05/2015

Thatiana Melo / Midiamax

Uma frente fria que estava no litoral do Paraná, sul do país, induziu formações de áreas de instabilidade em todo o Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (28), deixando o tempo nublado segundo a meteorologia. O acumulado de chuva na noite dessa quarta-feira (27) chegou a 12 milímetros.

A temperatura mínima registrou queda de 2° graus, às 6 horas da manhã desta quinta-feira, Campo Grande, registrava temperatura de 16° graus, em Ponta Porã a mínima desta manhã chegou a 13° graus.

De acordo com a meteorologia as temperaturas devem continuar amenas durante todo o dia, em Campo Grande a máxima não deve passar dos 22° graus, em Ponta Porã, região sul do Estado, a máxima será de 21° graus.  A previsão é de que haja nevoeiros na manhã de sexta-feira (29), mas com o decorrer do dia o sol deve aparecer e elevar as temperaturas. Em Aquidauana, Bela Vista e Porto Murtinho devem registrar temperaturas de 13° graus.

A região do Bolsão e leste de Mato Grosso do Sul terá temperaturas em torno de 15° graus. A região norte do Estado deve registrar temperaturas de 16° graus.

Chuva deve dar trégua na Capital, mas tempo seguirá nublado com névoa úmida

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Joseph Blatter admite que ‘mais notícias ruins virão’, mas vê corruptos como ‘minoria’ na Fifa

28/05/2015 at 15:33 (*Liberdade e Diversidade)

joseph Blatter‘Somos uma vasta maioria que gosta do futebol, não pelo poder ou cobiça’, diz Blatter em pronunciamento

Presidente fala pela primeira vez após escândalo e promete reforma na entidade

28/05/2015

Agência Estado

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, reconheceu nesta quinta-feira (28) que “mais notícias ruins virão” no que se refere aos escândalos de corrupção no futebol. Mas insiste que são casos “individuais” e que é apenas uma “minoria” entre os cartolas que agem de forma corrupta.

Falando pela primeira vez desde as prisões de sete de seus dirigentes nesta semana em Zurique, Blatter reforçou na abertura do Congresso Anual da Fifa que é ele quem fará a reforma da entidade. “Somos uma vasta maioria que gosta do futebol, não pelo poder ou cobiça. Mas pelo amor ao futebol e para servir a outros”, disse.

“Confesso que será um caminho longo e difícil para reconstruir a credibilidade. Perdemos e vamos reconquistar por meio das ações e como agimos de forma individual”, alertou Blatter, que nesta sexta-feira concorre para ser reeleito presidente da Fifa mais uma vez. O dirigente ainda pediu “solidariedade”. “Estamos todos unidos”, insistiu. Nesta quinta, Michel Platini, presidente da Uefa, pediu a demissão do dirigente máximo do futebol mundial.

“Esses é um momento difícil e sem precedentes”, reconheceu. “Os eventos de ontem jogaram um longa sombra no futebol e no Congresso (da Fifa). Ações individuais trouxeram vergonha e humilhação ao futebol e exigem mudanças”, disse. “Não podemos deixar que a reputação do futebol entre na lama. Isso precisa parar agora”, insistiu.

Blatter também se isentou de qualquer culpa. “Muitos dizem que eu sou responsável pela comunidade global do futebol, seja na Copa ou escândalo de corrupção. Mas eu não posso monitorar as pessoas todo o tempo. Se eles fazem algo errado, tentam esconder. Mas cabe a mim proteger a reputação e encontrar uma saída”, disse.

“Não vou deixar que atos de alguns destruam as ações de tantos que trabalham pelo futebol. Aqueles corruptos são minorias. Mas precisam ser pegos e levados à suas responsabilidades”, declarou Blatter, que ainda admitiu: “Vamos cooperar com as autoridades para que aqueles envolvidos, de cima para baixo, sejam punidos. Não pode haver espaço para corrupção. Os próximos meses não serão fácil. Mais notícias ruins virão”.

Tanto a Justiça norte-americana como a suíça indicaram que as prisões dos últimos dias são apenas as primeiras etapas de um processo bem maior.

SEM CLIMA – Vivendo sua pior crise, a Fifa abriu nesta tarde de forma constrangida seu congresso anual em Zurique, com música, roupas de gala e carros de luxo. A entidade foi sacodida pela prisão de sete de seus membros, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

Ainda assim, a festa foi mantida, depois que Blatter recebeu o apoio de algumas confederações, entre elas a sul-americana. Ao subir no palco para falar, não faltaram assobios e palmas frenéticas. O tema do evento: a solidariedade. A festa teve músicos suíços, bandeiras das 209 federações e imagens alpinas.

Mas a imprensa foi mantida distante dos cartolas, que entraram por portas separadas e com forte presença de seguranças privados e da cidade de Zurique. Dentro do teatro, uma vez mais os jornalistas foram mantidos em um local separado, sem qualquer acesso aos dirigentes.

Blatter havia cancelado todas suas participações em eventos nos últimos dois dias, também para evitar qualquer tipo de contato com a imprensa ou questões embaraçosas.

Nesta tarde desta quinta, porém, ele foi a sua própria festa, além de ministros suíços e autoridades locais. Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), também estava presente.

Saiba mais:

Michel Platini pede renúncia de Joseph Blatter após denúncias e Uefa não descarta deixar a Fifa

Destino de José Maria Marin depende de decisão de autoridades americanas e suíças

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Facebook como difusor das notícias (Leitura do almoço)

28/05/2015 at 13:07 (*Liberdade e Diversidade)

facebook

gersonGerson Luiz Mello Martins*

28/05/2015

O Facebook fechou parceria com alguns dos principais jornais no mundo, como o New York Times, para fazer a difusão das notícias. Esse acordo é decorrente de pesquisas que indicam que a maioria das pessoas, hoje, lê notícias por meio das redes sociais, principalmente o Facebook. O acordo recebeu críticas de um lado, e de outro uma concordância como um modelo de negócios para que o jornalismo na internet, o ciberjornalismo, tenha lucratividade. O Facebook como principal plataforma de rede social agrega e contabiliza milhões de pessoas e, consequentemente, garante receita publicitária. Não aparecerão todas as notícias: se fará uma seleção que, de comum acordo entre as partes e com base na análise da audiência, será publicado na rede social, como a postagem de um amigo, e o que é pior, sem necessariamente um link para a fonte original da notícia.

Os críticos afirmam, e com razão, que a fórmula retira dos cibermeios sua capacidade de atração, de interesse para a leitura das notícias. Por mais que as pessoas, em número expressivo, leiam notícias por meio de redes sociais, essa leitura é superficial e não explora as potencialidades do cibermeio. Do lado dos jornais, esse formato é uma maneira de garantir uma receita “fixa”, sem a instabilidade do acesso direto ao cibermeio. As instituições, empresas e agências de publicidade em geral ainda não colocam a internet como mídia principal de inversão publicitária, mesmo que os números da audiência indiquem um crescimento geométrico do acesso à internet.

facebook 2

Este foi o assunto que dominou cientistas do jornalismo, empresários e jornalistas nos últimos dias. Grandes jornais no mundo praticamente colocam nas mãos do Facebook o poder de acesso à sua produção. Os números da audiência que apontam o Facebook como principal difusor, como canal de acesso às notícias, colocam um ponto a mais no complicado processo para descobrir qual o modelo de negócios, em jornalismo, rentável na internet.

É notório, de outro lado, que o Facebook, apesar de números expressivos de audiência, tem um declínio nos últimos anos. Também é fato que muitas pessoas, aos poucos, colocam o Facebook como segunda, terceira, e até quarta opção de informação cotidiana. Isso acontece porque a profusão de informações veiculadas, a maioria sem relevância, literalmente “ensurdecem” ou “cegam” o consumidor de informações. A chamada “time line” (linha do tempo) da plataforma propaga muita informação sem interesse, publicitária e, principalmente, falsa.

Assim, não será o Facebook uma plataforma temporária? Não estará ele a perder o interesse das pessoas? O ritmo de desenvolvimento do Facebook, mesmo com atualizações praticamente toda a semana, não consegue alcançar as novas possibilidades da internet. Existem inúmeras outras plataformas de redes sociais com recursos mais intuitivos e completos, mas ainda pouco difundidas. O que mantém a plataforma é sua base de usuários, que aos poucos sofre um decréscimo. É o que acontece com o WhatsApp. Há outras semelhantes e com mais possibilidades, contudo, o WhatsApp é o mais usado porque a maioria usa e fica mais fácil encontrar as pessoas ali.

Se o Facebook está com os dias contados, o investimento jornalístico das empresas que aderiram ao acordo também. De qualquer forma, é uma nova maneira, ensandecida, para obter lucro com jornalismo na internet antes que o modelo em papel, impresso, desapareça. Segundo o jornal espanhol El País, em outubro do ano passado, David Carr, reconhecido analista de comunicação e ex-colunista do New York Times, falou sobre sua sensação diante no Facebook. “Para os meios é como um cachorro que vem correndo até você no parque. Num instante, não se sabe se quer te morder ou brincar contigo”.

*Jornalista e pesquisador do Ciberjor e PPGCOM-UFMS

Email: gerson.martins@ufms.br

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Veja capas de jornais que ilustram tamanho de escândalo da Fifa

28/05/2015 at 12:18 (*Liberdade e Diversidade)

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Como não poderia deixar de ser, jornais de todo o mundo estamparam hoje (28) em suas capas manchetes sobre o escândalo da Fifa. Veja os principais acima.

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Charge do Marcos Borges: Cartolas da Fifa são laçados

28/05/2015 at 11:30 (*Liberdade e Diversidade)

charge de Marcos BorgesCharge do Marcos Borges na edição de hoje (28) do jornal O Estado MS. Supimpa!

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Comércio de Campo Grande, MS. protesta contra medidas do governo Dilma

28/05/2015 at 10:29 (*Liberdade e Diversidade)

protestoprotesto2Cerca de 300 lojistas fecharam as portas, reduziram pessoal ou colocaram bandeiras do Brasil na fachada

Pelo menos 300 empresários de Campo Grande, MS, fizeram ontem um protesto contra o ajuste fiscal, a corrupção e os ‘erros’ do governo da presidente Dilma Rousseff, no chamado “Dia D”. Cada empresa teve sua própria forma de protestar: algumas  fecharam as portas e mandaram funcionários ficarem em casa (cerca de 6 mil), outras reduziram as atividades e, por fim, algumas estenderam faixas, panos pretos, bandeiras nacionais e distribuíram panfletos aos clientes explicando os motivos da mobilização. Ver matéria completa de Lairtes Chaves na edição de hoje (28) do jornal Correio do Estado. A foto é de Bruno Henrique.

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*Comentário do blog: Foi o que  poderia se chamar de “Dia de Protesto PP”, ou “Protesto Pífio”.

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Deputados aprovam fim da reeleição para presidente, governador e prefeito

28/05/2015 at 09:57 (*Liberdade e Diversidade)

fim da reeleição(Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Antes, Câmara aprovou doação de empresas a partidos, não a candidatos

27 de Maio de 2015

G1 | Correio do Estado

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (27), por 452 a favor, 19 contra e uma abstenção, o fim da reeleição para presidente da República, governador e prefeito. A votação foi parte da série de sessões iniciada nesta semana, destinada à apreciação das propostas de reforma política.

O texto do fim da reeleição, de autoria do relator, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não altera o tempo atual de mandato (quatro anos), mas, nesta quinta-feira (28), o plenário analisará a ampliação da duração do mandato para cinco anos. Antes de votar o fim da reeleição, os deputados rejeitaram nesta quarta o financiamento exclusivamente público das campanhas e aprovaram a doação de empresas a partidos, mas não a candidatos.

A proposta de emenda à Constituição da reforma política começou a ser votada no plenário nesta terça (26). Por decisão dos líderes partidários, cada ponto da PEC, como o fim da reeleição, será votado individualmente, com necessidade de 308 votos para a aprovação de cada item. Ao final, todo o teor da proposta de reforma política será votado em segundo turno. Se aprovada, a PEC seguirá para análise do Senado.

Fim da reeleição

Pelo texto aprovado pelos deputados, a nova regra de término da reeleição não valerá para os prefeitos eleitos em 2012 e para os governadores eleitos em 2014, que poderão tentar pela última vez uma recondução consecutiva no cargo. O objetivo desse prazo para a incidência da nova regra foi obter o apoio dos partidos de governantes que estão atualmente no poder.

Durante a votação em plenário, os líderes de todos os partidos orientaram que os deputados das bancadas que votassem a favor do fim da reeleição.

“O entendimento da nossa bancada é que [a reeleição] foi um instrumento que não se mostrou produtivo para o nosso país”, disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).

Também defensor do fim da reeleição, o líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), argumentou que o uso da máquina pública pelo governante que está no poder torna desigual a disputa com outros candidatos.

“É desigual e injusto alguém disputar eleição contra o governante que está no poder com todos os favorecimentos que este poder proporciona”, discursou.

O líder do PT, Sibá Machado (AC), defendeu o fim da reeleição, com a manutenção do mandato de quatro anos.

“Nossa bancada vai orientar o voto sim, pelo fim da reeleição. Todos nós sabemos que a reeleição foi introduzida por um governo do PSDB”, declarou.

O PSDB também defendeu acabar com a possibilidade de reeleição, ressaltando porém, que essa regra “cumpriu o seu papel histórico”.

“A avaliação da bancada é que devemos caminhar para um novo ciclo, pelo fim da reeleição com mandato de cinco anos. Amanhã (quinta), discutiremos o período do mandato”, disse o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

Financiamento

Mais cedo, nesta quarta, a Câmara aprovou incluir na Constituição autorização para que empresas façam doações de campanha a partidos políticos, mas não a candidatos.

As doações a candidatos serão permitidas a pessoas físicas, que poderão doar também para partidos. O texto foi aprovado por 330 votos a favor e 141 contra.

No início da madrugada de quarta, o plenário havia rejeitado emenda de autoria do PMDB que previa doação de pessoas jurídicas tanto a partidos quanto a campanhas de candidatos.

A derrubada dessa emenda foi interpretada por lideranças políticas como uma derrota do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente Michel Temer, que negociaram pessoalmente a votação do artigo da PEC.

O PMDB, então, se empenhou para aprovar, pelo menos, uma emenda que garantisse a doação de empresas aos partidos políticos.

Outras siglas da base aliada e da oposição defenderam a proposta, como o PR. “Esse é o texto mais equilibrado que temos. Impede a doação a varejo aos candidatos, mas permite a doação aos partidos. Posteriormente as leis estabelecerão limites a essas doações”, disse o líder do PR, Maurício Quintella Lessa.

O PT, porém, favorável ao financiamento exclusivamente público, se posicionou contra. O vice-líder do partido Alessandro Molon (PT-RJ) defendeu a derrubada da emenda para que se negociasse, posteriormente, uma solução em projeto de lei que garantisse maior “equilíbrio” na distribuição de recursos de campanha.

“Se derrotarmos, teremos tempo para conseguir uma solução para todos nós. Hoje, pela regra, qualquer um de nós pode receber, partidos e candidatos. Se essa emenda for aprovada, só os partidos poderão receber recursos. Vamos encontrar uma solução que estabeleça uma distribuição equânime”, defendeu.

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