Pensando no impensável (Leitura da noite)

03/05/2015 at 19:42 (*Liberdade e Diversidade)

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Por Alberto Dines em 02/05/2015 na edição 848

Reproduzido da Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e do Correio Popular (Campinas, SP), 2/5/2015; intertítulo do OI

Brasil_crise_foto-Danielo_Shutterstock-640x350Graves crises econômicas – incluindo inflação, recessão e estagnação – podem ser superadas desde que as autoridades competentes tenham a competência necessária. E disponham também de poder suficiente para determinar, implementar e fiscalizar ajustes.

E no caso dos impasses situados numa esfera tão flexível e subjetiva como a política, o que é competência, credibilidade e o que significa “uso de poder” sem ferir o Estado de Direito?

Em artigo de quinta-feira (30/4) publicado na prestigiosa ágora da Folha de S. Paulo (sua página 3, ver aqui), o ex-presidente do PSB Roberto Amaral constata uma crise republicana, institucional, fruto de um golpe branco contra o agonizante presidencialismo de coalizão substituído por um parlamentarismo de fato, a partir da composição entre os presidentes das duas casas legislativas, Eduardo Cunha e Renan Calheiros.

Há seis meses, imediatamente após o segundo turno e no mesmo privilegiado espaço (onde mais tarde seria justificado o impeachment de Dilma Rousseff), o ex-presidente José Sarney convocou a recém-eleita a encaminhar uma proposta para nova experiência parlamentarista.

Àquela altura, ainda que inviável, a ideia fazia algum sentido, ao menos sob o ponto de vista teórico. O repúdio ao golpe parlamentarista proferido pelo ex-vice-presidente da UNE, Roberto Amaral, tem algo de estudantil, inconsequente. Eduardo Cunha e Renan Calheiros foram eleitos em pleitos legítimos, representam o Legislativo de um governo democrático, sua parceria além de legal justifica-se, já que ambos militam no mesmo PMDB. Ainda que condenados pelo STF no curso dos julgamentos da Operação Lava Jato dificilmente serão depostos pelos respectivos eleitorados no parlamento.

30 anos

O que deixou de ser assinalado – isso, o mais grave – é o estado em que se encontram o país, o regime e algumas das suas instituições mais expressivas incapazes de precaver-se contra um formidável impasse caso os dois políticos sejam considerados culpados pela suprema corte.

É precisamente esta possibilidade – aliás, nada remota – a responsável pela insônia que aflige muita gente. Cônscios deste perigo, Cunha e Calheiros pisam no acelerador dispostos a atropelar não apenas a chefe do governo (a quem atribuem as respectivas incriminações pela Procuradoria Geral da República), mas todos aqueles que se empenham em garantir um mandato sem traumas.

O jogo está empatado, insuportavelmente tenso. Cada avanço nas investigações do megaescândalo na Petrobras traz riscos imprevisíveis, imponderáveis. Impossível afrouxar o cerco à corrupção, impensável retroceder. A tenebrosa lavagem de nossas entranhas tem um potencial para sanear nossos costumes políticos e a administração da coisa pública. A ninguém ocorreria apostar em pizza ou num abrandamento do seu rigor tantas as esperanças que a desintoxicação está fabricando.

E, no entanto, cada rosca apertada pela justiça nos aproxima inexoravelmente de um confronto que uma democracia com 30 anos de idade certamente terá condições de superar. Ou não.

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Cuba pode se tornar uma potência em minério e petróleo

03/05/2015 at 18:45 (*Liberdade e Diversidade)

cuba 1Cuba é atualmente um dos dez maiores produtores mundiais de níquel e cobalto (Foto: BBC Mundo / Copyright)

Cuba vem buscando reservas de petróleo no fundo do mar

BBC BRASIL.com/TERRA

3 MAI 2015

Desde que foi anunciada a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos no final do ano passado, começaram as especulações sobre o que ocorrerá quando a ilha reestabelecer seus vínculos comerciais com seu vizinho do norte.

Alguns fazem previsões sobre a abertura de lojas da Apple na capital Havana ou novos automóveis Ford circulando pelas ruas do país no lugar dos antigos modelos dos anos 1950 que se tornaram um símbolo cubano, por consequência do embargo. Mas outra ideia também ronda as mentes de alguns economistas: a possibilidade de um aumento das atividades de mineração e prospecção de petróleo, quando as empresas americanas puderem finalmente entrar no território cubano – algo vedado a elas desde o início da Revolução.

Atualmente, as regras do embargo americano a Cuba fazem com que seja ilegal para estas companhias investir em projetos nessas áreas. Isso pode mudar nos próximos anos se, como muitos esperam, o embargo vá sendo anulado gradualmente.

Novos recursos

Cuba é atualmente um dos dez maiores produtores mundiais de níquel e cobalto, e o governo busca novos recursos nos setores de minério e petróleo para aumentar a capacidade de exportação do país. As observações sobre o potencial de Cuba nessas atividades cresceram quando, no início do mês, veio a público um relatório do Serviço Geológico do governo dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) com uma descrição das condições e recursos de minério e petróleo da ilha.

Mas, como ocorre com várias outras iniciativas mencionadas desde que Washington e Havana retomaram relações, há pouco de concreto e muitas dificuldades a serem superadas antes de Cuba se tornar uma potência de mineração e energia como resultado de investimentos americanos. Segundo o documento da USGS, em novembro passado, o Ministério de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do governo cubano anunciou que estava buscando US$8 bilhões em investimentos vindos do exterior para o desenvolvimento de 246 projetos.

“O setor de petróleo ofereceu o maior número de oportunidades em potencial de investimentos, seguido pela manufatura e a mineração”, diz o relatório.

E, em dezembro, veio à tona a decisão do presidente americano, Barack Obama, e do chefe de governo cubano, Raúl Castro, para retomar as relações econômicas depois de mais de cinco décadas de embargo.

cuba 2Reaproximação política entre Washington e Havana abre caminho para fim do embargo à ilha (Foto: BBC Mundo / Copyright)

Mais investimentos

Alguns indicaram a possibilidade – ou, ao menos, a esperança – de que as novas relações políticas levarão a um maior investimento nas áreas de minério e petróleo em Cuba. Entre eles, está David Pathe, presidente da mineradora canadense Sherritt, a maior investidora estrangeira na ilha. Pathe, cuja empresa opera há décadas um complexo de exploração de níquel no país, disse em uma entrevista à agência Bloomberg em janeiro que este ano “pode haver mais interesses de companhias internacionais” em Cuba.

Arch Ritter, especialista na economia cubana e professor na Universidade de Carleton, no Canadá, é mais cético. “Não estou certo que sejam tão boas assim as oportunidades de mineração em território cubano”, afirma o economista. Ele recorda que, em 1994, quando Cuba expandiu sua abertura aos investimentos canadenses, muitas das empresas deste país realizaram significativas explorações de minério, sem terem encontrado grandes volumes.

“Duvido que façam novas descobertas de ouro ou cobre”, diz Ritter. O especialista também não espera muito das explorações submarinas em buscas de petróleo, nas quais Cuba passou a apostar mais depois que a empresa espanhola Repsol começou a realizar buscas nas águas do estreito da Flórida. “Muitos desses projetos eram comercialmente inviáveis, inclusive quando o petróleo estava caro”, acrescenta ele.

Por isso, em uma época de preços baixos, Ritter duvida que ocorrerão grandes mudanças no setor petrolífero em breve. Ele diz também não ver como a indústria americana possa levar grandes inovações tecnológicas à ilha. “As empresas canadenses, que dominam as exploração de minério, já estão lá”.

Benefícios 

O que pode mudar, no entanto, é a situação das mineradoras canadenses, que atualmente sofrem com as consequências da lei Helms-Burton, que regula o embargo americano ao país. Por seus investimentos na ilha, a Sherritt enfrenta, por exemplo, algumas restrições em sua capacidade de fazer negócios com companhias dos Estados Unidos. Inclusive, Pathe, seu presidente, está proibido de entrar em território americano, segundo destaca a Bloomberg.

Assim, as mineradoras canadenses podem ser as maiores beneficiadas pelo reestabelecimento das relações entre Cuba e Estados Unidos se o Congresso americano acabar com as restrições do embargo. De qualquer forma, o anúncio feito pelo governo cubano em novembro passado esclarece que, mesmo se o interesse estrangeiro se concretizar, tudo será feito sob os termos de Cuba, com substancial controle estatal.

“O governo cubano disse especificamente que o país continuará a ter uma economia impulsionada pelo Estado, por meio de holdings governamentais, e que a maioria das iniciativas estrangeiras serão de propriedade majoritariamente cubana”, adverte o documento da USGS.

Muitas coisas podem estar a ponto de mudar radicalmente com essa aproximação entre Cuba e Estados Unidos. Mas a indústria de mineração e de petróleo da ilha não parecem estar entre elas no curto prazo.

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Baltimore (EUA) anuncia suspensão imediata do toque de recolher

03/05/2015 at 15:01 (*Liberdade e Diversidade)

Baltimore 1Imagem de confronto em Baltimore (Foto: Matt Rourke / AP)

Toque havia sido declarado na terça-feira devido a manifestações contra a morte de um jovem negro que estava sob custódia policial

3 MAI 2015

AFP / TERRA

A prefeita de Baltimore ordenou neste domingo a suspensão imediata do toque de recolher noturno declarado na cidade norte-americana na terça-feira, devido a manifestações realizadas contra a morte de um jovem negro que estava sob custódia policial.

“Com efeito imediato, rescindi minha ordem que institui o toque de recolher em toda a cidade”, escreveu no Twitter a prefeita Stephanie Rawlings-Blake. “Quero agradecer ao povo de Baltimore por sua paciência”.

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Depoimento de Professora (Paraná): ‘Minha mão está suja de giz, a deles, de sangue’

03/05/2015 at 14:03 (*Liberdade e Diversidade) ()

professora paraná 1A professora Carla, de 37 anos, e o filho Lucas, de 10 anos (Foto: Janaina Garcia / Terra)

Professora que viu colegas serem agredidos por PMs dia 29 voltou ontem ao cenário da briga, em Curitiba, e lamentou por colegas idosos

3 MAI 2015

Terra

Janaina Garcia / Direto de Curitiba

Se pudesse definir o dia 29 de abril de 2015 em Curitiba em uma palavra, qual seria? A professora de ensino fundamental Carla Stiegler, de 37 anos, pensa um pouco, como que escolhendo entre algumas várias delas, e diz, em um misto de segurança e revolta: “Humilhação. Para nós, servidores estaduais, aquilo foi uma humilhação”.

“Aquilo” foi a reação da Polícia Militar paranaense a um grupo de professores estaduais em greve que tentava acessar o prédio da Assembleia Legislativa. Eles tentavam acompanhar a votação de um projeto de lei encaminhado à Casa pelo governador Beto Richa (PSDB) e que mudaria substancialmente o regime de previdência não apenas da categoria, mas do funcionalismo público estadual. A PM reagiu, mais de 200 pessoas se feriram com balas de borracha e estilhaços de bombas, o projeto passou e já foi sancionado por Richa.

Carla estava no ato dos professores, na quarta, mas conta que saiu fisicamente ilesa do episódio. No último sábado (2), 72 horas depois das cenas que correram o Brasil e o mundo, ela voltou à frente da Assembleia com o marido e os dois filhos para mostrar a eles, de perto, um mínimo do que de fato teria sido o 29 de abril. O filho mais velho, Lucas, de dez anos, já sabe que carreiras não pretende seguir, quando chegar a hora: “Não quero ser nem policial, nem professor. Fiquei com medo quando vi aquelas imagens na TV e não quero passar por isso também”, contou o garoto.

Leia, a seguir, o relato da professora ao Terra:

http://terratv.terra.com.br/trs/video/7831669

PR: “desespero e humilhação” marcaram dia 29, diz professora

*Sou de Prudentópolis, estava aqui na quarta-feira. Quis voltar e trazer meu marido, que acompanhou tudo de casa, pela TV, e meus filhos, principalmente eles. Meu filho mais velho é meu aluno na rede estadual; queria trazê-lo para ele sentir esse clima aqui. Esse campo de batalha que a gente enfrentou na quarta-feira.

Houve muito confronto, mas um confronto desonesto, porque as nossas mãos estavam limpas, e eles, os policiais, estavam extremamente armados, extremamente. O Brasil inteiro viu, o mundo viu.

Quando olho para essas faixas, dói meu coração. Eu, graças a Deus, não saí com nenhum machucado externo. Meus amigos, sim, os que estavam na frente. Mas o meu sentimento é de uma dor interna, um pânico, e dá um desespero saber que uma hora eu vou ter que voltar para a sala de aula e encarar tudo e todos. Não é fácil.

O que nós vivemos aqui na quarta-feira não tem explicação. É dor, é revolta, é desesperador. Já se passaram 72 horas e, quando eu fecho os olhos, revivo aquilo: as bombas, o ar pesado, em que não se podia respirar, os cachorros latindo.

Acho que a imagem mais forte que ficou desse dia foi a das pessoas mais idosas, os professores mais idosos que estavam junto com a gente. Daqueles que foram meus professores e que estavam aqui junto comigo. Essa é a imagem que mais me dói: a de ver as pessoas que estão 25, 30 anos no magistério tendo que passar por essa humilhação.  Eu estou há 11 anos no magistério.

professor paraná 3Foto: Janaina Garcia / Terra

Isso a gente queria passar para a população: não estávamos ali pelo salário. Tudo o que aconteceu na quarta-feira foi pela nossa previdência; nós pagamos – eu, mesma, estou pagando há 11 anos – e agora ele [Richa] vai pegar esse fundo previdenciário e pagar suas contas? Vai transferir um monte de gente para o meu fundo e dar como garantia o próprio Estado? Esse Estado ele me dá como garantia de que eu vou me aposentar com um salário digno, depois de 25 anos de trabalho em sala de aula? Impossível acreditar.

Outra coisa que me revolta é o governador falar em black blocs. Podia ter algum infiltrado lá? E o helicóptero jogando bomba no povo? Eu vi isso. Se o black bloc estivesse estaria na linha de frente, mas não estava! Aí a polícia joga bomba no meio do povo? Nos educadores?

Vi que eles limparam o mar vermelho de tinta [feito na véspera por estudantes em um espelho d’água do Palácio Iguaçu, sede do governo paulista], mas tem outra imagem que eles nunca vão tirar, que é a daqui, da minha cabeça. Essa não sai, e essa que eu vou repassar na sala de aula.

Em uma palavra, para definir a quarta-feira? Humilhação, e para nós, servidores. “Só que minha mão vai continuar suja de giz, e a deles vai passar daqui para a eternidade manchada de sangue.”

professor paraná 4http://terratv.terra.com.br/trs/video/7830531

“Musa” da esquerda, Luciana Genro, discursa contra Richa no PR

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Não houve “confronto” no Paraná. Mas “repressão” e “violência gratuita” (Leitura do dia)

03/05/2015 at 13:07 (*Liberdade e Diversidade)

batalha de curitiba - fonte jornal 247Batalha campal entre Professores e PMs em Curitiba – PR, na semana passada (Fonte: Jornal 247)

leonaro sakamoto 2Leonardo Sakamoto*

30/04/2015

O uso de uma palavra nunca é aleatório. Mesmo quando conversamos informalmente com um amigo, a razão de dizermos “casa” ao invés de “lar” ou “residência”, mesmo sem pensar, é um processo elaborado de nosso inconsciente que diz muito sobre quem nós somos, nossa história e nosso lugar de fala. E o que fica de fora, o que é interditado, diz mais ainda.

No jornalismo, então, a preocupação deve ser redobrada. Palavras não são apenas palavras. O processo de nomear os fatos dá cor, tom e sentido à nossa realidade e constrói a história do cotidiano.

Não se engane: a Verdade não está aí fora para ser capturada por olhos de sábios comunicadores e traduzida para o restante da população. Mas é o discurso, construído sob determinado ponto de vista, que define as “verdades”.

Ao escolher afirmar que sem-teto ou sem-terra “invadiram” e não “ocuparam” um imóvel deixado vazio pela especulação imobiliária, fazemos uma opção: que, neste contexto, significa defender o direito absoluto à propriedade e não relativizá-lo com os direitos à moradia, à alimentação ou ao trabalho decente. Todos os quatro, direitos humanos.

Da mesma forma, escolher a palavra “confronto” para narrar a ignomínia cometida sobre os manifestantes, nesta quarta (29), no centro de Curitiba, não é contar uma Verdade, mas sim fazer uma escolha – consciente, inconsciente ou guiada por manuais de redação. Escolha, a meu ver, e com todo o respeito, equivocada.

Pois confronto pressupõe que houvesse mínima paridade entre as forças envolvidas. Pelo armamento dos policiais (bombas de fragmentação, spray de pimenta, gás lacrimogênio, balas de borracha) e a desproporcionalidade no número de feridos (seriam 20 PMs – dados do governo, portanto, a conferir, e 150 civis, de acordo com a prefeitura, que os acolheu) e na gravidade dos ferimentos (basta ver as imagens circulando na rede), a tradução do que houve está mais para “ataque policial”, “violência arbitrária”, “agressão gratuita”, “repressão violenta”.

Isso se não quiser usar “covardia”, “massacre” ou “estupidez”. Quiçá, “crime”.

Mesmo que a polícia tivesse sido atacada primeiro, o que, ao que tudo indica, não foi o caso, ela teria que adotar métodos para permanecer calma e não revidar. Não só por estar mais armada, mas porque sua função principal não é proteger prédios públicos, ainda mais de seus reais proprietários, o povo do Paraná, mas garantir a dignidade e a integridade desse povo.

Entendo a necessidade de buscar um relato ponderado, com o maior número possível de pontos de vista, equilibrando-os. Mas é necessário ser transparente e mostrar que um dos lados apanhou e outro bateu e não que os dois estavam em condições de igualdade, como pressupõe, para muitas pessoas, “confronto”.

O mundo é repleto de palavras grávidas de significados. O problema é que elas podem parir um debate público que aponte, julgue e puna os responsáveis por tanto sangue derramado ou gerar um monstro, que servirá para manter a injustiça social como amálgama que nos une e nos define.

*Jornalista e doutor em Ciência Política

Leia também:
O governo do Paraná ensina uma lição: professor também sangra

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Repressão da PM e protesto isolam governador do Paraná

03/05/2015 at 12:31 (*Liberdade e Diversidade)

Beto RichaRicha está “encastelado” depois de ver minada a sua base de apoio

beto richa 2A repressão de policiais militares do Paraná a professores contribuiu para minar a relação entre o governador Beto Richa (PSDB) e sua base de apoio na Assembleia Legislativa. Para alguns, o tucano está “isolado” e “encastelado”. Os deputados admitem que o episódio cobrará seu preço eleitoral. “Desgaste é pouco. Isso é um horror”, disse o líder do governo na Assembleia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), pouco depois do fim da votação do projeto governista de reforma na previdência, objeto dos protestos. “Foi uma batalha campal.” Ver matéria completa na edição de hoje (3) do Correio do Estado.

http://www.correiodoestado.com.br

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Vacinação contra a gripe começa na segunda-feira (4) em todo País

03/05/2015 at 11:55 (*Liberdade e Diversidade)

vacina gripeA meta do governo federal é vacinar cerca de 80% do público-alvo

vacina gripe 1A Campanha de Vacinação contra a Gripe começa na próxima segunda-feira (4) em 65 mil postos de saúde espalhados pelo País. Serão disponibilizados 54 milhões de doses para a imunização de 49,7 milhões de pessoas. A meta do governo é vacinar 80% do público-alvo. Devem ser imunizadas crianças com mais de 6 meses e menores de 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), presos e funcionários do sistema prisional. Foram mobilizados 240 mil profissionais que atuarão em 65 mil postos de vacinação, além de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. Ver matéria completa na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

http://www.correiodoestado.com.br

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*Comentário do blog: Vamos nessa, pessoal idoso!

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