PRIMÓRDIOS DA ECONOMIA CAPITALISTA (Leitura de fim de noite)

06/05/2015 at 20:04 (*Liberdade e Diversidade)

capitalismo 2(O PRELÚDIO REPUBLICANO, ASTÚCIAS DA ORDEM E ILUSÕES DO PROGRESSO)

carlos-fredericoCarlos Frederico Corrêa da Costa*

 A economia capitalista, como não poderia deixar de ser, tornou-se global. Ela consolidou essa sua característica de forma mais intensa durante o século XIX, à medida que foi estendendo suas operações para regiões cada vez mais remotas do planeta, transformando assim essas áreas de modo mais profundo.

Essa economia não reconhecia fronteiras, funcionando melhor onde nada interferia na livre movimentação dos fatores de produção (terra, trabalho e capital), portanto, o Capitalismo era não só internacional na prática, mas internacionalista na sua teoria.

A raiz dessa dinâmica expansionista foi a irrupção em fins do século XVIII, ao redor de 1780, da Revolução Industrial. Esse surto inaugural da economia industrializada fora baseado em três fatores básicos: o ferro, o carvão e as máquinas a vapor, propiciando o surgimento das primeiras unidades produtivas, as fábricas.

Seu centro de origem e a irradiação fora a Inglaterra, e ele esteve voltado sobretudo para a produção de tecidos manufaturados de algodão e lã, distribuídos em escala mundial pelas novas ferrovias e navios a vapor.

O momento seguinte da expansão da economia industrial, e aquele que mais diretamente nos interessa aqui, foi desencadeado pelo advento da chamada Segunda Revolução Industrial, também intitulada de Revolução Científico-Tecnológica, ocorrida de meados do século à sua plena configuração em 1870.

Apesar de ser comumente denominada de “segundo momento da industrialização”, a Revolução Científico-Tecnológica na realidade é muito mais complexa, ampla e profunda do que um mero desdobramento da primeira, como o nome poderia sugerir.

Ela representava de fato um salto enorme, tanto em termos qualitativos quanto quantitativos, em relação à primeira manifestação da economia mecanizada, resultando da aplicação das mais recentes descobertas científicas aos processos produtivos, ela possibilitou o desenvolvimento de novos potenciais energéticos, como a eletricidade e os derivados de petróleo, dando assim origem a novos campos da exploração industrial, como os altos-fornos, as indústrias químicas, novos ramos metalúrgicos, como os do alumínio, do níquel, do cobre e dos aços especiais, além de desenvolvimento nas áreas da microbiologia, bacteriologia e da bioquímica, com efeitos dramáticos sobre a produção e conservação de alimentos, ou na farmacologia, medicina, higiene e profilaxia, com um impacto decisivo sobre o controle das moléstias, a natalidade e o prolongamento da vida.

No curso de seus desdobramentos surgiram, apenas para se ter uma breve ideia, os veículos automotores, os transatlânticos, os aviões, o telégrafo, o telefone, a iluminação elétrica e a ampla gama de utensílios domésticos, a fotografia, o cinema, a radiodifusão, a televisão, os arranha-céus e seus elevadores, as escadas rolantes e os sistemas metroviários, os parques de diversões elétricas, a seringa hipodérmica, a anestesia, a penicilina, o estetoscópio, o medidor de pressão arterial, os processos de pasteurização e esterilização, os adubos artificiais, os vasos sanitários com descarga automática e o papel higiênico, a escova de dentes e o dentifrício, o sabão em pó, os refrigerantes gasosos, o fogão a gás, o refrigerador e os sorvetes, as comidas enlatadas, as cervejas engarrafadas, a Coca-Cola, a aspirina e, mencionada por último mas não menos importante, a caixa registradora.

Referência Bibliográfica

COSTA, Carlos Frederico Corrêa da (pela transcrição e adaptação) de: SEVCENKO, Nicolau. Introdução. O prelúdio republicano…  In: NOVAIS, Fernando A. (org.), História da vida privada no Brasil 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 08-10.

*Carlos Frederico Corrêa da Costa é doutor em História Social pela USP-SP, historiador de empresas, famílias e biografias.    Professor  aposentado da Graduação, Pós-Graduação e Pesquisador do Departamento de História, campus de Aquidauana/UFMS.

E-mail: cfccosta@terra.com.br

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Justiça do PR condena Youssef e outros 3 réus da Lava Jato

06/05/2015 at 17:34 (*Liberdade e Diversidade)

youssefestadodesaudetwitterAlberto Youssef foi condenado a mais cinco anos de prisão (Foto: Twitter)

Sentença envolve lavagem de dinheiro em recursos do ex-deputado José Janene, condenado no Mensalão

6 MAI 2015

Terra

A Justiça Federal do Paraná publicou, nesta quarta-feira, uma nova sentença condenando quatro réus da Operação Lava Jato, incluindo o doleiro Alberto Youssef. Os réus foram condenados por lavagem de dinheiro envolvendo recursos do ex-deputado José Janene, morto em 2010.

Além de Youssef, foram condenados Carlos Habib Chater, Ediel Viana da Silva e Carlos Alberto Pereira da Costa.

De acordo com a sentença, cerca de R$ 1,16 milhão em recursos criminosos de José Janene, condenado no processo do Mensalão, foi “lavado” em uma empresa em Curitiba. O dinheiro teria participação dos réus condenados.

O doleiro Alberto Youssef foi condenado a mais cinco anos de prisão. A condenação de Chater, que trabalhava num posto de gasolina que inspirou o nome da Operação Lava Jato, é de quatro anos e nove meses de reclusão.

Carlos Alberto Costa e Viana da Silva tiveram suas penas substituídas por trabalho comunitários e multas, uma vez que confessaram participação no esquema.

costhttp://terratv.terra.com.br/trs/video/7822472

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Graffiti, rachadura no muro de silêncio urbano? (Leitura pop)

06/05/2015 at 16:48 (*Liberdade e Diversidade)

grafite 1Painel “Apreensão”, do CEU Navegantes, elaborado por Alexandre Orion com fuligem dos túneis de SP

Nas quebradas do Grajaú, extremo sul de S.Paulo, Alexandre Orion vê arte de rua como brecha por onde cidades, normalmente emudecidas, enxergam-se e se questionam

05/05/2015

Por Carol Gutierrez / Outras Palavras

Noite. Entremeio de tempo em que a indefinição de cedo e tarde se define pela percepção (subjetiva?) de escuro. A primeira ida sozinho ao Grajaú, bairro do extremo sul de São Paulo, vem puxada pela memória. Carro, Avenida Belmira Marin, esquerda, direita. Rua errada. A sensação de vamos ver onde vai dar. Foi reto, em direção ao … ali na frente… lugar em que a avenida acaba. Na água. Na balsa, que travessa o escuro, rumo à ilha do Bororé.

grafite 2No extremo sul de São Paulo, a obra “Apreensão” propõe uma reflexão sobre a ocupação do espaço

O que importa aqui talvez não seja tanto o caso e as ordens do causo em si, mas como nossas passagens — ou pelo que passamos — definem nossas permanências na cidade. Como o ir, estar, interagir e depois ficar ou ir, definem por onde queremos passar. E como, no transitar, encontramos algo comum: pessoas.

“A gente vai tecendo uma rede afetiva com o outro. Dificilmente você vai para um lugar criar uma relação afetiva com o lugar. Ah, eu vou criar um afeto com uma parede. Não. Você vai intermediado por uma interação. Ali se encontra a memória da pessoa que te fez chegar ali — ou que você encontrou ali. Você vai tecendo conversas… a abrangência da cidade vai aumentando, se espalhando.”

O encontro com o outro é o cerne da atuação na cidade. Mais do que isso, quando a índole é a liberdade, o outro a delimita. Aquela velha história: nossa liberdade acaba quando começa a do outro. O problema, ou talvez riqueza, é que a rua é feita de outros. E quando se escolhe ter o trabalho pautado no espaço público, se escolhe olhar para o outro; e fazer com que o outro olhe para o espaço e o clame enquanto lugar. Lugar do comum.

grafite 3Alexandre Orion realizou “Ossário” (2006) na fuligem das paredes do túnel Max Feffer, em SP

“Eu não queria que outros grafiteiros me dissessem o que eu tinha e como tinha que fazer – se eu era bom ou não era. Eu queria que as pessoas na rua fizessem isso. Assim, a minha liberdade só acabava quando eu encontrava, no outro, o limite. Como a rua é um espaço público, é tudo o outro. Não tem nada que seja você. Ela é para todos os outros. Quando você faz uma coisa na rua, percebe que não adianta ficar com ideias preconcebidas do que se quer colocar ali. O meu trabalho começou a ir por aí – de uma leitura de significados da cidade e de perceber que dentre eles, o principal é que as pessoas estão ali. Uma parede é só uma parede, mas dependendo em que lugar essa parede está, que significado as pessoas atribuem a esse lugar, que cenário você encontra ali, que meio é aquele, a parede já não é só uma parede.”

A intervenção urbana se constitui como escrita. A parede é o papel. A cidade, o cenário. As pessoas, os personagens e leitores. A trama está toda lá e estamos todos entremeados. A construção desse lugar de expressão — que expressa e deixa expressar — confere à cidade, alma. Uma brincadeira dialética entre o discurso de quem faz e a leitura de quem vê. Onde a comunicação só acontece e encontra permanência ou inquietude, se nos permitirmos olhar… e sermos olhados (por que não?). E numa cidade onde a escala humana foi abolida e os olhares não se cruzam por medo de serem lidos, talvez o olhar seja o primeiro passo para se (re) ocupar o tempo e espaço público. Talvez nos falte indiscrição! E, sim, claro, nos sobre medo.

grafite 4Cidade, cidadãos e imaginação: “Metabióticas” (2014) e olhar poético sobre situações comuns

“A maioria das pessoas estão na rua com medo. A rua é um lugar ameaçador. E acho que é para todo mundo. Mas a maioria não consegue estar aberta para ler as informações que a rua coloca. Muita gente está vivendo uma vida mecânica. A lógica do carro é muito privativa nesse sentido. Passe, passe, vá, vá. A cidade como lugar de passagem. É opressor – você vai de um ponto ao outro, mas nunca está. A arte urbana vem também questionar isso. Só a presença do artista durante o processo da obra na rua já é um grande evento. Eu costumo dizer que o grafite não é uma obra em si: acontece de um jeito processual, é performático antes de ser. Quem está passando por ali, e vê algo em processo na rua — que é voltado pra rua — percebe imediatamente que aquele espaço está sendo clamado. Está sendo dito: olha! aqui pode ser ocupado. (…) A intervenção está dada. Intervir é ou potencializar um significado, ou subverter um significado, ou ressignificar. Qualquer manifestação que intervenha neste sentido, clama o espaço – inclusive a pichação!”

Da construção do discurso

Já que é performance, o que importa é o que está sendo silkado ali. Mais do que a intervenção em si, o ato (e convite) de intervir. Na medida em que essa ou aquela outra parede recebem um graffiti, passam a conter em si um discurso; um recorte da cidade; uma rachadura; um questionamento; um porque isso aqui ou ali; um “poxa que bonito, poxa que legal”. Tudo depende do quão profundamente aquele que passa está disposto a parar, entrar, se mesclar nas veias escondidas que a urbe propõe. No Grajaú, por exemplo, uma criança gigante destrói casas, em um discurso tão pueril quanto refinado.

“Algo estava me chamando de volta para o Grajaú. Não era à toa. Minha última intervenção foi um painel de 15x32m, no CEU Navegantes. Não é uma parede voltada pra rua, mas ela está voltada para uma arquibancada de casas, para o bairro (…). O que importa ali nem é tanto o lugar, mas o discurso colocado e o quanto ele dialoga com aquele lugar. (…) Quando eu estava fazendo a intervenção, um cara me perguntou: mas vem cá, ela está brincando? Porque pra mim parece que ela está destruindo as casas.”

A dicotomia é cerne do discurso e tema da intervenção que tem “Apreensão” como nome. Uma composição cruzada, mas não antagônica, da brincadeira e destruição; da inocência e inconsequência; do fazer por querer e querer fazer.

O cenário, que se concretiza na realidade, com as frequentes desapropriações na região, traz de forma pictórica uma criança brincando de casinhas. A imagem por si é inocente. Mas se nos permitimos olhar de novo, o jogo está criado. A criança brinca, na realidade, com as casinhas. E a brincadeira (por que não?) passa pela destruição, afinal é real. As casas também não são aquelas dos blocos infantis. Retratam exatamente a textura da periferia: tijolos expostos, lajes, quarto, cozinha e gente dentro.

grafite 5Intervenção artística e realidade se fundem para mostrar drama e beleza da metrópole paulista

O fantástico fica por conta da proporção. O painel traz em seu centro uma criança gigante – saída dos filmes de ficção, memória do interventor. Sentada de costas para o seu foco de brincadeira-destruição, o Grajaú, ela simplesmente está ali, como se não se importasse para o que está atrás de si. Não está para destruir, mas não se preocupará em fazê-lo, caso a interação da brincadeira caminhar para isso. Ao mesmo tempo, está sentada de frente para todas as janelas vizinhas, numa posição de abertura despreocupada, quase que inconsequente, aos olhares espectadores. Mas quem conseguir julgar, que atire a primeira pedra. Ela arranca uma casa, brinca com outra até que… o próximo passo, talvez seja enfiar na boca à la King Kong. A sensação ao se deparar com a intervenção é justo esta: ser engolido.

“A intervenção é uma metáfora do humano. A criança está ali representando isso, porque a gente passa a vida inteira assim: como criança. A gente aprende que não pode colocar o dedo na tomada, mas em compensação seguimos fazendo uma série de coisas que são extremamente danosas. E quando veio a questão da sustentabilidade, eu estava pensando no insustentável, dentro da perspectiva de que temos tratado a ideia de sustentabilidade de uma forma esquizofrênica – aquém. Nós mesmos não somos sustentáveis. O ser humano está mal preparado para lidar consigo mesmo e, ainda mais, com os outros. A presença da criança traz também a ideia de continuidade (e da nossa finitude!). Então é engraçado pensar nesta criança mexendo no urbanismo da cidade, realocando aquela casa… da atividade da criança como brincadeira versus a lógica adulta de manipulação do mundo. Gera um conflito de pensar por essas duas vias. O que de fato estamos construindo?”

A mensagem (e tom que se quer dar) continua a ser construída no próprio material utilizado. Em uma espécie de metonímia, o interventor utilizou a técnica de poluição mesclada à base acrílica incolor, na qual o pigmento principal é a própria fuligem da cidade (saiba mais aqui). O processo parte do projeto “Ossário”. A fuligem – retirada dos túneis de São Paulo – já pintou muros de todo o mundo, sendo esta, no Grajaú, a primeira intervenção mural feita na cidade com essa técnica.

Da interação com a cidade: a memória

Pode-se dizer então que as empenas cruas, os muros ou mesmo as galerias subterrâneas da cidade emolduram o esteticamente belo, a cor, o fantástico, o monumental, o movimento do graffiti; mas, antes de tudo, emolduram a construção de uma mensagem; o pensamento de uma geração; o discurso e manifestações de uma conjuntura histórica presente e impermanente; a memória – individual, coletiva, por fim, compartilhada – de uma cidade, de quem vive nela e age sobre ela. E se memória é invenção … quem vai saber quantas delas transitam, cruzam, revelam, se encontram, permanecem por aí, e compõem a cidade enquanto malha de relações. Das nossas relações.

“A gente não se sustenta, não é perene. A própria ideia de perenidade passa pelo outro – continua no outro. Isso me interessa! A motivação está justamente na ideia de que aquela informação que eu posso produzir, vai para o outro. Por isso a escala, o esforço… para chegar no outro”, conta o interventor urbano Alexandre Orion.

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Corrida presidencial pode ter chapa com Levy e Bolsonaro

06/05/2015 at 15:24 (*Liberdade e Diversidade)

bolsonarolevyfotoreproducaoJair Bolsonaro e Levy Fidelix podem aparecer em uma mesma chapa nas próximas eleições presidenciais (Foto: Reprodução)

Presidente do PRTB, Levy Fidelix disse que Bolsonaro será bem recebido em seu partido

6 MAI 2015

Terra

O candidato à Presidência da República das eleições de 2014, Levy Fidelix (PRTB), anunciou em seu site oficial que pode concorrer nas eleições de 2018 ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (RJ). “A notícia já está se espalhando por todo o Brasil e com certeza deve assustar o pessoal da esquerda corrupta que se apoderou do poder”, disse Levy em comunicado.

Fidelix, que é o presidente do próprio partido, disse que a chapa se tornou possível a partir do momento em que Bolsonaro “pediu sua desfiliação ao PP (sem perda do mandato) sob a justa alegação de incompatibilidade de ideais político”.

“Bolsonaro e toda sua família serão muito bem-vindos ao PRTB. Tanto ele como seus filhos são homens corretos, íntegros e honestos, e suas posições políticas e pessoais visam sempre o bem-estar da família tradicional brasileira. O nosso partido tem em suas principais diretrizes a defesa da família e da pátria e, por isso, tenho certeza que toda a família Bolsonaro seria de enorme valor ao nosso partido”, disse Levy Fidelix em seu site.

Até o início da tarde desta quarta-feira não havia informações sobre qualquer tipo de filiação de Jair Bolsonaro ao PRTB.

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Panelaços são manifestações normais da democracia, diz Dilma

06/05/2015 at 15:06 (*Liberdade e Diversidade)

dilmaDilma comentou as manifestações durante o programa do PT (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

Em protesto, pessoas bateram panelas enquanto programa do PT era exibido na TV

6 MAI 2015

Agência Brasil / Terra

A presidenta Dilma Rousseff disse que as manifestações ocorridas na noite de terça-feira (5), durante o programa do PT na televisão, são normais em um país democrático como o Brasil.

“(Vi o panelaço) da mesma forma que eu vejo outras manifestações. Em outros países, manifestações assumindo a forma de panelaço ou qualquer outra forma não são consideradas normais. No Brasil, elas são normais. Nós construímos a democracia. Então, respeitar a manifestação livre das pessoas é algo que conquistamos a duras penas. Vejo como mais uma manifestação de uma posição diferente da outra”, disse.

No Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Jaques Wagner destacou o caráter democrático das manifestações, mas disse que as pessoas que protestaram contra a propaganda do PT deveriam “gritar pela reforma política”.

dilma 2-panelaço

http://terratv.terra.com.br/trs/video/7834675

Panelaço contra propaganda política do PT é realizado em várias cidades do país

“Eu acho que é nisso que a rua deveria acreditar. Eu acho que os que batem panela deveriam gritar pela reforma política. Só a reforma política dará tranquilidade ao exercício da política sadia no Brasil”, defendeu.

Wagner destacou a necessidade de punir corruptos e de suspender o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. Para o ministro, o partido está “pagando caro” por não ter feito a reforma política no primeiro ano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. “O PT tem, na minha opinião, um grande erro e está pagando muito caro agora. Foi não ter feito a reforma política no primeiro ano do governo do presidente Lula.”

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ABC de Ditadura (Leitura da tarde)

06/05/2015 at 14:45 (*Liberdade e Diversidade)

protesto contra pm no parana

jandiraJandira Feghali* / Jornal do Brasil

 

06/5/2015

As 25 mil vozes que entoaram em uníssono o coro “Fora, Beto Richa”, no domingo (3), não eram professores ou servidores da Educação paranaense. Tão pouco pessoas “infiltradas” com o objetivo de tumultuar a ordem pública. Numa mistura vultuosa de cores dos times Coritiba e Operário, o estádio Couto Pereira reverberou toda a insatisfação que domina atualmente a população do estado.

O desgoverno tucano no Paraná é um símbolo que espelha bem a incapacidade de seus líderes em auscultar os movimentos sociais. Na falta de diálogo com os sindicatos, Beto Richa e seu secretário de Segurança implementaram a “política do cassetete”, reprimindo com violência extrema a manifestação dos professores contra uma imoralidade: o confisco de suas previdências.

O Governo de Richa murou covardemente a Assembleia Legislativa do Paraná para que os parlamentares aprovassem, a qualquer custo, uma política que permitisse movimentar o fundo previdenciário superavitário de professores públicos, nublando o futuro destes profissionais por conta de dívidas bilionárias de sua gestão. Indignação mais que justa dos professores!

Bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta, uso de cães ferozes e pancadaria foi a resposta de Richa aos manifestantes na Praça Cívica. A truculência da política militar com os professores, que gerou mais de 200 feridos, foi repudiada por toda a sociedade brasileira, junto da Anistia Internacional, entidade que é referência mundial em questão de Direitos Humanos.

É vergonhoso que o governador tucano se isole das demandas sociais e, em plena crise, tente usar da premissa que os professores fazem uso político ao tentarem resguardar seus direitos previdenciários. É travestir a realidade numa tentativa de justificar o injustificável.

A estratégia de Beto Richa não é única. Também tem sido a escolhida por diversos governos que são inábeis quanto às demandas de trabalhadores e movimentos sociais, como já ocorrido em São Paulo, no Governo Alckmin e no Rio de Janeiro, no Governo Sérgio Cabral. Ambos usaram da força policial para imprimir suas vontades políticas e reprimir as manifestações numa clara incapacidade de dialogar com o povo. Esse panorama só reforça a tese de que a relação Estado e sociedade precisa ser revista, principalmente acabando com a militarização das polícias, fruto de regimes autoritários. É preciso aprovar no Parlamento propostas que mudem esse conceito tão atrasado.

Nossa solidariedade aos milhões de professores que lutam por suas pautas em todo o País. Pautas que passam pela sua valorização enquanto profissional fundamental para qualquer país que almeje o desenvolvimento e cidadania plena.  O Brasil percebeu novamente que o mantra entoado pelos líderes da oposição sobre “escutar as ruas” só se aplica aos outros. Na teoria, defendem as manifestações e pedem o diálogo. Na prática, seguem o ABC da violência de Estado, consolidada na Ditadura Militar.

* Médica, deputada federal (RJ) e líder do PCdoB

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Sem-terra acampam no prédio do Incra-MS e pedem novo superintendente

06/05/2015 at 12:48 (*Liberdade e Diversidade)

incra - msAtual chefe do órgão pediu para sair por falta de recursos

06/05/2015

Munyz Arakaki e Aline Machado / Midiamax News

Um grupo de 500 pessoas ligado ao MST-MS (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em Mato Grosso do Sul) invadiu o prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na manhã desta quarta-feira (6). O local é mais conhecido como Shopping Marrakesh, onde é possível ver barracas e colchões pelos corredores. Os manifestantes pedem que o governo federal nomeie um novo superintendente, uma vez que Celso Cestari pediu demissão alegando falta de recursos para o órgão.

De acordo com o representante do MST, Tim Lopes, embora as famílias estejam acampadas pelos corredores do prédio, a manifestação é pacífica. “Nós ficaremos por tempo indeterminado até que Brasília nos atenda. Não iremos atrapalhar as lojas do local”, diz.

Lopes conta que o superintendente adjunto, Sidney Ferreira, que assumiu o órgão interinamente, é um parceiro, mas não detém de autonomia suficiente para comandar  o instituto.

Além de pedir um novo comandante regional, o MST ressalta a o Incra foi quase abandonado pelo governo federal. “Desde 2005 não há concursos para contratar novos servidores. Sem falar que os assentamentos atuais não tem infraestrutura. Não há escolas nem postos de saúde para essas famílias que vivem nessas áreas”, acentua.

O MST explica que há, atualmente, 3,5 mil famílias acampadas, à espera de terras. Todavia, as famílias filiadas a outras entidades como a Fetais (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), por exemplo, somam 12 mil.

Desta forma, o trabalhador rural Edilson Melo dos Santos, de 42 anos, diz que veio de Itaquirai em busca de melhores condições nos assentamentos. “A situação lá é precária. Estou a seis anos esperando e não tenho expectativa”, diz.

Outro lado

A assessoria de imprensa do Incra reforçou que o movimento é pacifico e espera resolver ainda na quinta-feira (7), já que dois representantes de Brasília devem vir ao Estado para negociar com o MST.

Por fim, a assessoria confirmou que Cestari pediu para sair em virtude da falta de recursos para a pasta.

Movimentos sociais vão à Assembleia cobrar compromissos com reforma agrária

Manifestantes ocupam Ary Coelho e pedem mais assentamentos e demarcações de terras

Manifestantes de movimentos sociais em marcha chegam a Campo Grande

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*Comentário do blog: É provável que o ex-superintendente do Incra saiu não por falta de recursos, mas porque o governador é outro! A história se repete…E o compromisso com a Reforma Agrária – cadê?

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Oposição reúne apoio suficiente para CPI sobre finanças do município de Campo Grande, MS

06/05/2015 at 11:45 (*Liberdade e Diversidade)

cpi finançasAspecto da sessão plenária que aprovou a CPI das Finanças do Município

06 de maio de 2015

Mariana Anjos e Humberto Marques / O Estado MS

Vereadores da oposição e dissidentes da base aliada do Executivo na Câmara de Campo Grande conseguiram ontem (5) reunir dez assinaturas para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que irá investigar a situação financeira da Prefeitura da Capital.

O requerimento foi apresentado pelo vereador Paulo Pedra (PDT), um dia depois de o prefeito Gilmar Olarte (PP), em entrevista coletiva, apresentar detalhes sobre o quadro do Tesouro Municipal – que sofre com as quedas na arrecadação de impostos e nos repasses federais e estaduais, tendo de conciliar aumentos nos gastos com pessoal decorrentes de reajustes salariais nos últimos anos.

Além de Pedra, apoiam a investigação Luiza Ribeiro (PPS), Thais Helena (PT), Alex do PT, Ayrton Araújo do PT, Cazuza (PP) e José Chadid (sem partido), todos da oposição a Olarte, e Chiquinho Telles (PSD), Chocolate (PP) e Eduardo Romero (PT do B). Os dois últimos, ontem, anunciaram que passam a ser “independentes” na Casa.

A justificativa para a instalação da CPI é de que a Câmara tem chamado há tempos o prefeito para dar esclarecimentos sobre a crise nas finanças municipais, sem resposta. Além disso, eles reagiram à alegação de Olarte, dada na segunda-feira, de que a crise é decorrente de atos tomados por administrações anteriores.

Gastos com folha e queda nas receitas integram pedidos de informações

Os vereadores pretendem conferir se o aumento de 40,34% na folha de pessoal da Prefeitura de Campo Grande é resultado de aumentos salariais praticados pelos antecessores de Olarte – Alcides Bernal (PP, de 2013 ao início de 2014, quando foi cassado) e Nelsinho Trad (PMDB, 2005 a 2012)– ou decorrente da nomeação maciça de funcionários comissionados na gestão de Olarte.
Outro ponto a ser esclarecido é o percentual da folha de pagamento destinado aos comissionados e se os mesmos estão trabalhando ou atingem suas finalidades.

Finalmente, a CPI deve analisar a redução na arrecadação do município, em especial no ICMS – resultado de repasses estaduais, reduzidos neste ano–, IPTU e ISS. O requerimento para abertura da CPI foi enviado à Mesa Diretora, com prazo de 48 horas para que sejam tomadas providências para sua instalação. Até lá, algum parlamentar ainda pode rever o apoio ao pedido e retirar a assinatura.

Vereadores querem ‘entender’ questão

Thais Helena afirmou que, em um momento de crise, a primeira ação do Executivo municipal seria cortar cargos comissionados e paralisar serviços que não sejam essenciais, ações que ela não enxerga na Prefeitura da Capital. “Estamos buscando informações para que possamos entender o que realmente está acontecendo”, disse. “Não conseguimos enxergar isso (crise). A receita continuava boa, relativamente, no ano passado”, afirmou Luiza. “Queremos saber o que está acontecendo”.

Na base de Gilmar Olarte, os sinais de descontentamento contrastam com a discordância da instalação da CPI. “Não assinei (o pedido) porque é uma decisão que temos de tomar no partido. Mas isso não quer dizer que não esteja preocupada com a situação atual. Estamos em um momento grave”, disse Carla Stephanini (PMDB).

Carlão (PSB) também avaliou a questão como partidária, mas rebateu argumentos favoráveis à CPI. “Eles têm direito de fazer isso, até porque são da oposição. Mas sempre que pedi informações sobre as contas, foi passado”.

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Alta da energia elétrica volta a impactar na inflação de Campo Grande, MS

06/05/2015 at 11:18 (*Liberdade e Diversidade) ()

energia 2Inflação acumulada nos 12 últimos meses na Capital está em 8,64% (Foto: Saul Schramm)

06 de maio de 2015

Rauster Campitelli – O Estado MS

O aumento do custo da energia elétrica refletiu na inflação do campo-grandense pelo segundo mês consecutivo. Em abril, o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), divulgado pelo NEPES (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, fechou em 1,12%, índice 0,13% menor na comparação com março, mas ainda alto. Se confrontado apenas entre os meses de abril, um percentual tão elevado não era registrado desde 2011, quando chegou a 1,55%.

Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza, o aumento de 18,45% no preço da energia elétrica refletiu no grupo Habitação. “O índice deste grupo fechou em 3,30%, o que impactou fortemente no índice geral de inflação, ajudada também pelo grupo Alimentação”, analisa.

Além do grupo Habitação, com variação de 3,30%, no qual está inserida energia elétrica, tiveram inflações os grupos: Alimentação (0,49%), Despesas Pessoais (0,47%) e Saúde 0,18%. Com deflações tivemos os grupos: Transportes (-0,29%), Educação (-0,30%) e Vestuário (-0,41%).

Para os próximos meses, a expectativa é que a inflação em Campo Grande comece a recuar, “pois parece não haver nenhum preço administrado pelo governo que deverá sofrer reajuste e o índice do grupo Alimentação também começa a diminuir devido à melhoria de fatores climáticos que afetam os preços de produtos desse grupo”, diz Souza.

A inflação acumulada em 12 meses na cidade está em 8,64%, já muito acima do topo da meta inflacionária estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o ano de 2015 (6,5%) e muito além do centro da meta (4,5%). Neste período as maiores inflações acumuladas na Capital, por grupo, foram: Habitação (12,83%) e Transportes (10,30%).

Os responsáveis pelas maiores contribuições para a inflação do mês de fevereiro foram: energia elétrica (0,94%), automóvel novo (0,06%), alcatra (0,05%), tênis (0,03%), tomate (0,03%), costela (0,03%), sabão em pó (0,02 %), aluguel apartamento (0,02 %), pilha (0,02 %) e pescado fresco (0,02 %).

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*Comentário do blog: A foto supimpa é de Saul Schramm!

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Vieomonitoramento atrasa e não tem data prevista para começar em Campo Grande,MS

06/05/2015 at 10:55 (*Liberdade e Diversidade)

video 1Testes com câmeras instaladas já estão sendo feitos e promessa é de funcionamento nos “próximos dias”

video 2Com pelo menos um mês de atraso, o videomonitoramento do centro de Campo Grande, MS, ainda não tem data definida para entrar em operação. a promessa da administração municipal era para que, na primeira quinzena de abril, o serviço já estivesse em funcionamento. uma nova data deve ser anunciada pela prefeitura em reunião que deve acontecer nos próximos dias. as câmeras já estão instaladas e em fase de teste. Os 22 equipamentos colocados no quadrilátero da Rua 26 de agosto e Avenida Mato Grosso, entre as ruas Calógeras e rui Barbosa e também na orla marítima tem como intenção diminuir as ocorrências de roubo e furto em até 70% na região central. o monitoramento fica sob a responsabilidade da Guarda Municipal. Ver reportagem completa de Gildo Tavares na edição de hoje (6) do jornal Correio do Estado. A foto é de Gilson Oliveira. Clique para ampliar.

http://www.correiodoestado.com.br

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*Comentário do blog: Será que o Big Brother resolve mesmo? Vamos aguardar os resultados.

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