SOBRE INFORMAÇÃO E PANELAS / Réquiem para o jornalismo

11/05/2015 at 22:24 (*Liberdade e Diversidade) ()

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Por Luciano Martins Costa em 11/05/2015

A mídia tradicional do Brasil, ressecada de cérebros por conta da queda na receita publicitária, consegue nos últimos dias a proeza de mergulhar ainda mais fundo no jornalismo de panfleto.

Uma pequena seleção de material destacado pelos jornais de circulação nacional e pelas revistas semanais de informação mostra que o partidarismo recrudesce nas páginas e telas da imprensa. O viés se torna mais explícito provavelmente porque, com as demissões do primeiro trimestre, faltam talentos para dissimular o viés que define as escolhas editoriais.

Comecemos pela intensificada obsessão da Folha de S. Paulo pelo prefeito petista da capital paulista, Fernando Haddad. No feriado de 1º de maio, o jornal estampou, em manchete, o seguinte título: “Gestão Haddad falou com tráfico antes de agir na cracolândia”. O texto que se seguia passava a interpretação de que os assistentes sociais e outros funcionários que atuam na região onde se concentram dependentes de drogas no centro de São Paulo precisam se entender com traficantes para realizar seu trabalho.

Não se trata de uma mentira deslavada, mas de uma aleivosia. De fato, ninguém consegue se aproximar do aglomerado de seres humanos que se amontoam naqueles acampamentos se não tiver alguma conversação com os traficantes. O que o jornal omite é a situação criada pela polícia do Estado, que mantem há quase dez anos uma relação de tolerância controlada com o crime organizado. A manchete da Folha tinha a intenção maliciosa de relacionar a prefeitura petista ao comando da principal facção criminosa que atua em território paulista.

Na segunda-feira (9/5), a mesma Folha traz em manchete reportagem afirmando que o número de consultas na rede de postos de saúde do município caiu 21% em 2014, comparando com os atendimentos do ano anterior. Antes da publicação, a assessoria do prefeito havia informado que a causa é a falta de médicos nas organizações sociais que administram a rede de atendimento, e não a falta de pagamento por parte da prefeitura. O jornal deixou em segundo plano a informação, crucial, de que em 2014 houve uma sobra de mais de R$ 100 milhões no orçamento específico porque as entidades reduziram o número de consultas, por falta de médicos.

Declarações de uma panela

Outro exemplo interessante é o que move a revista Época, que trocou sua diretoria recentemente, e inaugurou um estilo ainda mais panfletário na cruzada explícita contra o governo federal.

Na semana passada, a publicação da Editora Globo que veio a público no mesmo feriado do Dia do Trabalho havia levado a especulação jornalística ao extremo, na reportagem que tentava associar obras da empreiteira Odebrecht a uma suposta atuação do ex-presidente Lula da Silva como “lobista internacional”. O texto não sobreviveu a dois dias de esclarecimentos, quando a própria fonte citada pela revista, uma procuradora de Brasília, veio a público para declarar que não havia um processo contra o ex-presidente, como dizia a reportagem.

Mas a imprensa não descansa: na semana seguinte, os jornais reproduziam o que se dizia ser um trecho do livro de memórias ditado pelo ex-presidente do Uruguai José Mujica, que, segundo foi publicado, continha uma suposta confissão de Lula da Silva sobre o chamado “mensalão petista”, dizendo que a corrupção era a única forma de governar o Brasil.

A versão dos jornais brasileiros foi desmentida de pronto pelos autores do livro, dois jornalistas que haviam colhido os depoimentos de Mujica, revelando que quem escreveu a reportagem original, reproduzida depois por quase toda a imprensa brasileira, não havia lido o livro.

Assim como surgiu e cresceu como uma onda de repercussões, a mentira ainda sobrevive na segunda-feira (11), em nota na coluna de política do Globo, o que revela mais uma vez a homogeneidade da mídia tradicional.

Mas esses exemplos não conseguem superar a patética invenção da revista Época desta semana. Trata-se do perfil de uma panela, eleita “personagem da semana”, em um texto de ficção no qual o equipamento culinário entra em diálogo com o discurso proferido pelo ex-presidente Lula da Silva durante o programa eleitoral do Partido dos Trabalhadores.

A revista procura apresentar o instrumento de protestos como personagem político.

“Pleinpleinplein, tactactac, blimblimblim”, diz a panela.

“Descanse em paz”, diz a lápide no túmulo do jornalismo nacional.

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“Silhuetas do Pantanal”: Exposição de Stefan Grol começa amanhã em Campo Grande, MS

11/05/2015 at 20:19 (*Liberdade e Diversidade)

silhuetas do pantanal de Stefan Grol

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*Comentário do blog: Imperdível!

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Revista Fórum: Ajuste fiscal ou Corte de direitos? (Leitura vespertina)

11/05/2015 at 15:53 (*Liberdade e Diversidade) ()

forumo governo tinha que agir privilegiando os mais pobres antes de fazer o ajuste em cima deles. E que mesmo nos casos onde houvesse um ou outro desvio, devia-se fazer vistas grossas, porque era um jeito que o pobre tinha para fazer justiça social.

Ou seja, rico sonega pra depois conseguir um refis e pagar em 30 anos. E pobre não consegue nem ganhar uns caraminguás a mais por ser plantador de mandioca e apenas um pescador ocasional. E agora, o PT aprova o corte desses direitos. E junto com a mídia passa a chamá-los de ajuste fiscal.

O verdadeiro ajuste seria o de cobrar os impostos devidos de grandes empresas como a Rede Globo, cujo Darf ninguém sabe e ninguém viu. Ou ir atrás de cada um desses vagabundos que está na Operação Zelotes. Ou ainda fazer de tudo para aprovar o imposto sobre grandes fortunas.

Que nada. Bora comemorar a primeira vitória de Dilma na Câmara. Uma vitória de Pirro e que na verdade é uma derrota para a base que lhe garantiu a eleição. Talvez o único certo dessa história toda seja o senador Renan Calheiros, que é um profissional. Esse governo é muito adolescente. E como alguns deles, meio perdido e muito metido à besta.

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Youssef diz à CPI da Petrobras que Planalto sabia de corrupção

11/05/2015 at 15:18 (*Liberdade e Diversidade)

Yousseff

Alberto Youssef

 

O doleiro Alberto Youssef afirmou, em depoimento à CPI da Petrobras nesta segunda-feira (11), que o Palácio do Planalto sabia do esquema de desvios de recursos em obras da estatal, investigado pela Operação Lava Jato.

11 de Maio de 2015

FOLHAPRESS / Correio do Estado

“No meu entendimento, eles tinham conhecimento do que acontecia”, disse. “[O esquema] Servia ao interesse do partido [PT], e automaticamente dos partidos da base.”

Youssef foi um dos principais operadores do esquema. Preso desde março do ano passado, ele fez um acordo de delação premiada com a Justiça e tem colaborado com as investigações desde então.

O doleiro citou um episódio que, para ele, demonstra o conhecimento do Planalto sobre o esquema. Foi entre 2011 e 2012, após um racha da base do PP, que era aliado ao governo federal.

Na ocasião, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que era indicado pelo PP e também participava do desvio de recursos para o partido, disse que só iria se reportar “a quem o Palácio do Planalto determinasse”.

“O doutor Paulo deixou claro que quem iria indicar o interlocutor era o Planalto”, declarou Youssef.

Youssef é o primeiro depoente a ser ouvido pela CPI em Curitiba. Os deputados estarão na cidade, sede das investigações da Lava Jato, até esta terça (12). Até lá, devem ouvir mais 12 pessoas, incluindo o lobista Fernando dos Santos Baiano, acusado de ser o operador do PMDB, e os ex-deputados André Vargas, Luiz Argolo e Pedro Corrêa, todos presos na sede da Polícia Federal.

Saiba Mais:

CPI da Petrobras vai ao PR para ouvir 13 presos da Lava Jato

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Livro: Os 17 anos da Casa de Ensaio de Laís Dória

11/05/2015 at 12:56 (*Liberdade e Diversidade)

lais dorialais doria 2

Era uma vez um sonho, que nasceu em 1996,
Que virou um projeto de vida,
Que nasceu o primeiro projeto,
Que virou o programa Nessa Rua Tem Talento,
Que virou uma Casa de Ensaio,
Que virou uma Oscip,
Que virou um centro de arte, cultura, educação social e meio ambiente,
Que virou “uma escola de verdade, só que de brincadeiras”,
Que vira muitos TCCs, muitas monografias e até dissertação de mestrado,
Que virou a pedagogia DA Casa,
Que virou um curso de Brincaturas e Teatrices,
Que virou Festival de Brincaturas e Teatrices,
Que já ganhou muito prêmios,
Que tem muitos amigos e parceiros,
Que já formou muitos brincantes,
Que já colocou no mercado muitos profissionais,
Que formou uma Trupe DA Casa,
Que virou Ponto de Cultura,
Que virou a Biblioteca Áurea Alencar,
Que virou a Galeria Lucia Barbosa,
Que virou Ponto de Leitura,
Que virou Pontinho de Cultura,
Que virou líder AVINA,
Que virou um núcleo de cultura e arte do IC&A,
Que virou parte de uma rede Latino-Americana de arte-transformação social,
Que virou o Brasil, Europa, América Latina,
Que virou um CD,
Que virou um Caderno de Ensaio,
Que virou muitos vídeos,
Que virou este livro,
Que virou o coração e a vida de muitos adolescentes e de jovens brincantes,
Que ganhou sua Casa própria,
Que vai continuar virando muitas outras coisas boas,
Que vai ajudar a virar um mundo melhor,
Que vai continuar a ser um centro de referência em teatro-educação para crianças e adolescentes,
Que planta árvores, cria roseiras,
Faz doce e, a cada ano, recomeça,
Com todas as pedras no meio do caminho,
E que ainda vira a minha vida todos OS dias.

*Trecho do livro “Casa de Ensaio” de Lais Dória

Onde fica:

Visconde de Taunay, 203, Amambaí 

79005-390 Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil

55-6733844843 – E-mail: euacreditonacasa@gmail.com
*O Lançamento do livro foi em dezembro de 2014

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Retrocesso político** (Leitura da manhã)

11/05/2015 at 11:40 (*Liberdade e Diversidade)

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O Brasil patina em uma recessão econômica, com inflação alta e desemprego crescente, enquanto parlamentares e partidos se locupletam com recursos públicos. São visíveis os cortes orçamentários em áreas essenciais ao bem-estar da população, como educação, saúde, assistência social e segurança, para compensar o aumento das mordomias dos políticos e garantir o sonhado superávit primário (exigência dos banqueiros).

O mais grotesco está no aumento do Fundo Partidário, proposto pelo senador Romero Jucá (PMDB) e aprovado pelo Congresso. De R$ 289,5 milhões, ele passou para R$ 867,5 milhões –acréscimo de R$ 578 milhões. A presidente Dilma Rousseff não vetou porque o PT defende esse aumento como forma para compensar a fuga das contribuições empresariais, e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) garante que isso “não prejudicará o ajuste fiscal”.

Desse valor, 5% (R$ 43,4 milhões) serão distribuídos paritariamente aos 32 partidos registrados no TSE –R$ 1,4 milhão para cada, e 95% (R$ 824,1 milhões) proporcionalmente ao número de deputados federais que cada sigla possui. Para se ter uma ideia, o PT receberá R$ 117,4 milhões, o PMDB R$ 95,9 milhões, o PSDB R$ 93,7 milhões, e assim sucessivamente até chegar às siglas que não elegeram deputado, como foi o caso do PSTU, do PCB e de outros, que ficarão com a “mísera cota” de R$ 1,4 milhão. Além do mais, os políticos e os partidos, legalmente, podem continuar recebendo as propinas empresariais.

Enquanto isso, professores enfrentam a polícia nas passeatas reivindicatórias e famílias se desesperam porque não conseguem fechar contratos com o Fies. Os parlamentares, em contrapartida, apresentam a “fórmula mágica” para equacionar as disparidades: reforma política para eleger vereadores: voto distrital puro que, provavelmente, não será adotado em 2016 por falta de tempo.

fundo partidário 1

Outras atitudes políticas são preocupantes, tais como a maciça campanha patrocinada pelo Sistema S (sustentado com recursos dos trabalhadores) em defesa da polêmica Lei da Terceirização, generosamente divulgada pela Rede Globo, a flexibilização da lei de desarmamento, a legalização do aborto, a descriminalização das drogas e a privatização dos serviços públicos. Lamentável retrocesso social acontecendo sob o tímido protesto dos “pelegos” que comandam as centrais sindicais.

Qual o custo-benefício dessas esdrúxulas medidas? Só Deus sabe, mas elas trarão sérias consequências a curto, médio e longo prazos. O povo brasileiro, principalmente os jovens de hoje, sentirão na pele e, no futuro, olharão esta fase de sua história como os “anos de chumbo”, assim como os saudosistas de agora olham os anos 1980. Até lá, os atuais donos do poder estarão na pátria espiritual e serão apenas lembranças desagradáveis.

Para camuflar os interesses menores, os governantes (Executivo, Legislativo e Judiciário) sempre lançam a surrada cortina de fumaça da reforma política. Prometem mudanças que nunca virão. Antes, bem antes das eleições de 2014, o Supremo Tribunal Federal, por 6 votos a 1, proibiu o financiamento privado de campanhas eleitorais. Entretanto, o ministro Gilmar Mendes pediu vistas sob a alegação de que “não podemos falar em financiamento público ou privado sem saber qual é o modelo eleitoral. (…) Isso não é competência do Supremo, é do Congresso”.

E o Congresso solucionou o problema: adotou o financiamento público via Fundo Partidário (R$ 867,5 milhões em 2015) e a permanência do financiamento privado, como era antes. Retrocesso político O mais grotesco está no aumento do Fundo Partidário, proposto pelo senador Romero Jucá (PMDB) Ressalta-se que a missão pública, em todos os sentidos, é passageira.

* É professor de Economia Política. Economista com mestrado e doutorado.

**Artigo publicado hoje (11/5) no jornal O Estado MS.

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1º Seminário de Políticas Públicas voltadas para a cultura e turismo acontece em Campo Grande, MS

11/05/2015 at 10:52 (*Liberdade e Diversidade)

SeminárioVem aí o “I Seminário de Políticas Públicas para Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação”, dias 13, 14 e 15 de maio, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande. O evento vai reunir representantes do MINC e gestores públicos estaduais e municipais, promovendo o alinhamento de conceitos de atuação no campo da Economia Criativa! Confira a programação: http://www.noticias.ms.gov.br/secretaria-realiza-i-seminario-de-politicas-publicas-para-cultura-turismo-e-empreendedorismo-e-inovacao/

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*Comentário do blog: Parece que vai ser legal, People!

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Coluna da Ester (Correio do Estado): Água e Óleo

11/05/2015 at 10:25 (*Liberdade e Diversidade)

água e óleo

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*Comentário do blog: Galera incendiária, Ester?  O difícil mesmo é combinar fazendeira e megaempresário com o socialismo real! A charge é do Éder. No Correio do Estado de hoje (11/05).

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Chuva e frio em MS durante a semana, diz meteorologia

11/05/2015 at 10:00 (*Liberdade e Diversidade)

chuva e frio no mschuva e frio 2Temperatura em Campo Grande deve cair a 15ºC, segundo a previsão

O serviço de meteorologia indica tempo chuvoso esta semana em Mato Grosso do Sul. A tendência é que os termômetros registrem a mínima de 15ºC em Campo Grande, MS, onde choveu à tarde toda ontem, e a máxima não deve ultrapassar a casa dos 30ºC. Hoje, a temperatura mínima na cidade pode oscilar de 19ºC e a máxima pode ser de 28ºC, com chuva de curta duração durante o dia. Ver matéria de Anny Malagolini na edição de hoje (11) do jornal Correio do Estado. A foto é de Gerson Oliveira.

http://www.correiodoestado.com.br

*Comentário do blog: Chuva supimpa!

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