Redução da pobreza na América Latina está estagnada, aponta Cepal

28/01/2015 at 21:10 (*Liberdade e Diversidade)

pobrezaSão 167 milhões de pessoas, das quais 71 milhões estão na extrema pobreza Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil

26/01/2015

Brasília

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

A pobreza atingiu 167 milhões de pessoas na América Latina em 2014, o equivalente a 28% da população latino-americana. Destes, 71 milhões, ou 12% dos habitantes da região, estão na extrema pobreza, de acordo com estimativas do Panorama Social da América Latina 2014, divulgadas hoje (26) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O relatório mostra que a situação da pobreza na região vem se mantendo estável desde 2012, quando afetou 28,1% da população. Em 2013, o índice também foi 28,1%. Já a extrema pobreza na América Latina aumentou de 11,7%, em 2013, para 12%, em 2014. Segundo a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, a alta dos preços dos alimentos e a desaceleração econômica da região são alguns dos fatores para essa estagnação. “A pobreza persiste sendo um fenômeno estrutural e, desde 2012, a redução da pobreza estancou-se.”

Para Alicia, a recuperação da crise financeira internacional “não parece ter sido aproveitada suficientemente para o fortalecimento de políticas de proteção social que diminuam a vulnerabilidade diante dos ciclos econômicos.” Segundo ela, em um cenário de possível redução dos recursos fiscais disponíveis na região, são necessários mais esforços para assegurar as políticas sociais.

No Brasil, de acordo com o organismo regional, a pobreza caiu de 18,6% da população, em 2012, para 18%, em 2013. Já a extrema pobreza aumentou: de 5,4% para 5,9%. Segundo o diretor do escritório da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, dos cerca de 34 milhões de brasileiros que estão na pobreza, 11 milhões estão em situação de extrema pobreza.

“O aumento dos preços dos alimentos tem impacto forte na indigência no Brasil e na América Latina. Ainda que o mercado de trabalho brasileiro tenha seu dinamismo, este vem diminuindo”, disse Mussi.

Para Alicia, o desempenho brasileiro vai depender muito “da intensidade e da duração do ajuste fiscal”.  “Até o momento, a Cepal não detectou redução no mercado laboral, mas pode ser que [o ajuste] tenha algum impacto no mercado de trabalho”. Para ela, a retomada do crescimento, a manutenção do investimento e das políticas anticíclicas e a geração de emprego são importantes para a redução da pobreza.

O relatório ainda recomenda o “desenho de uma nova geração de políticas sociais associadas ao investimento com instrumentos e mecanismos que aumentem sua eficácia, eficiência, impacto e sustentabilidade”, e um foco maior nos jovens e nas mulheres.

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Giba Um: Marjorie Estiano

28/01/2015 at 16:05 (*Liberdade e Diversidade)

Giba Um - Marjorie Estiano*Clique sobre a imagem para ampliá-la! Supimpa!!!

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Fabiana é chamada de “macaca” em jogo da Superliga em MG

28/01/2015 at 15:50 (*Liberdade e Diversidade)

Fabiana 1Central da Seleção Brasileira foi ofendida por torcedor em Belo Horizonte (Foto: Dino Panato / Getty Images)

28 JAN 2015

Terra Brasil

Capitã da Seleção Brasileira de vôlei e jogadora do Sesi-SP, a central Fabiana foi alvo de insultos racistas na última terça-feira, durante partida contra o Camponesa/Minas pela Superliga Feminina. De acordo com a atleta, um homem na torcida “disparou uma metralhadora de insultos” e a chamou de “macaca” por várias vezes, tendo sido retirado do ginásio e encaminhado à delegacia em Belo Horizonte.

Em publicação nas redes sociais, Fabiana disse que foi especialmente atingida pelo episódio por ser nativa da capital mineira, e também por sua família estar presente ao ginásio. A jogadora afirmou que pensou em não comentar o ocorrido, mas que falar sobre o racismo “ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos”.

“A esse senhor, lamento profundamente que ache que as chicotadas que nossos antepassados levaram há séculos, não serviriam hoje para que nunca mais um negro se subjugue à mão pesada de qualquer outra cor de pele. Basta de ódio! Chega de intolerância!”, escreveu a atleta, bicampeã olímpica em Pequim 2008 e Londres 2012.

Em quadra, a partida terminou com vitória do Minas por 3 sets a 1.

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Declínio da democracia, à moda brasileira (Leitura da tarde)

28/01/2015 at 15:25 (*Liberdade e Diversidade)

Joaquim LevyO ministro Joaquim Levy no Fórum Econômico de Davos, encontro dos donos do poder global

Ministério conservador, ausência de reformas estruturais e incapacidade de dialogar com ruas revelam ineficácia do sistema político e urgência de mais mobilização popular

27/01/2015

Por Felipe Amin Filomeno / Outras Palavras

O ano é novo, mas a política é velha. O mês de janeiro já nos “brindou” com sinais claros de que persiste a incapacidade das instituições políticas brasileiras de representar o interesse público. O ano de 2015 será mais um ano do “você não me representa” e isto se verifica do nível federal ao nível municipal do Estado brasileiro.

No nível federal, a nova composição do gabinete ministerial sugere que o segundo governo Dilma reproduzirá o presidencialismo de coalizão (e cooptação) para a governabilidade. As nomeações de Kátia Abreu (PMDB) para a pasta da agricultura e de Armando Monteiro (PTB) para a pasta do desenvolvimento são bastante ilustrativas do problema, pois envolvem a articulação de forças partidárias (partidos da base governista) e de interesses de classe (agronegócio e indústria). Abreu e Monteiro conferem ao governo Dilma não apenas sua competência técnica e autoridade política; sua nomeação escancara a subordinação do Estado a interesses corporativos privados (Confederações Nacionais da Agricultura e Indústria, CNA e CNI), para além das esferas regulares de diálogo entre o setor público e o setor privado que são aceitáveis (e necessárias) em Estados desenvolvimentistas.

Na política econômica, a guinada ortodoxa também é sintomática de problemas políticos. Não é que manter a inflação e o superávit primário dentro das metas sejam, em si, objetivos de política econômica prejudiciais ao país. Inflação alta e finanças públicas desequilibradas não podem ser o modus operandi de uma economia e, ainda que esta não seja a realidade do Brasil (contrariamente a visões catastróficas da economia brasileira), conter o movimento a esta situação é razoável. O problema é perseguir estes objetivos tendo como principal instrumento a política de juros (e o ajuste fiscal que ela faz necessário), numa lógica macroeconômica de curto prazo, sem promover reformas estruturais capazes de desacorrentar o desenvolvimento socioeconômico brasileiro (reforma agrária, reforma tributária, reforma na estratégia de financiamento do BNDES, etc.). Tais reformas são improváveis no quadro do presidencialismo de coalizão.

Portanto, seja na composição do gabinete ministerial ou na condução da política econômica, não há sinais de inovação política da parte do oficialismo do PT que seja capaz de realizar o “muda mais” prometido nas eleições. É certo que existem fortes restrições à discrição do PT para introduzir inovações políticas: congresso multipartidário e mais conservador do que no primeiro mandato, bancada sindical reduzida, mídia altamente oligopolizada e controlada por forças conservadoras, queda nos preços mundiais das commodities, governos estaduais parcialmente em controle da oposição, etc.

Porém, há oportunidades políticas que tem sido desperdiçadas pelo PT. A primeira delas foi a onda de protestos de 2013, que a presidenta Dilma não soube “surfar”. A segunda foi a eleição de 2014, que revelou não só o desejo de mudanças substanciais no país da parte do eleitorado brasileiro, mas também a preferência ligeiramente predominante por que estas mudanças ocorram “à esquerda”. Dilma venceu Aécio e Marina argumentando contra o controle do Banco Central pelo capital financeiro e a favor das políticas sociais e trabalhistas. O oficialismo do PT – liderado pela presidenta Dilma – poderia ter “capitalizado” em cima destes dois eventos para empurrar os limites da agenda política, mas não o fez. Diante disto, resta torcer para que a maturação das obras do PAC contribua para a recuperação econômica e dê fôlego para a administração federal.

No nível municipal, a crise política é visível no aumento das tarifas do transporte público em várias das grandes cidades brasileiras. O fato de que os aumentos em curso estão, de modo geral, acima da inflação de 2014, ocorrendo num cenário mundial de queda dos preços de petróleo (e, por isso, dos combustíveis), e após as manifestações de 2013 terem iniciado justamente por causa das tarifas de ônibus, revela o descolamento das prefeituras das necessidades do cidadão comum. Trata-se de um problema fundamentalmente político, que revela os limites da política eleitoral como forma de realização de interesses no Brasil. Os grupos econômicos que operam as concessões de transporte público financiam campanhas e têm seus interesses atendidos por este meio ardiloso. Em contrário, os estudantes e trabalhadores usuários de ônibus protestam nas ruas, bloqueando avenidas e prédios públicos, para conter os aumentos. Numa democracia funcional, conflitos de interesses são resolvidos na urna e em processos institucionais formais, transparentes e democráticos, não com negociatas de campanha eleitoral e em manifestações nas ruas.

Assim, das prefeituras aos ministérios, o que se vê é a ineficácia das instituições políticas, reiterando a necessidade de mobilização popular para que o “muda mais” seja mais do que um slogan eleitoral.

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Charge do dia: Milton César

28/01/2015 at 10:43 (*Liberdade e Diversidade) ()

charge do dia*Charge do Milton César no Midiamax de hoje (28/01); O atual governador do MS, Reinaldo Azambuja, observa o buraco deixado nas contas públicas pela administração anterior de Mato Grosso do Sul do ex-governador André Puccinelli (MS-Forte). Será que alguém ainda vai ser punido no Brasil por esse tipo de coisa? Espera-se que sim…

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Prefeitura recapeia ‘buracos-fantasmas’ em Campo Grande, MS

28/01/2015 at 09:56 (*Liberdade e Diversidade)

28 de janeiro de 2015

Alisson Dagher e Alessandra Marimon / O Estado MS

Enquanto em alguns bairros de Campo Grande os buracos continuam aumentando e trazendo dores de cabeça aos condutores, outras ruas que estão com asfalto em boas condições têm recebido obras de recapeamento. É o que mostra um vídeo que circula na internet, supostamente gravado no último dia 22 de janeiro. No registro, trabalhadores estão “tapando” buracos inexistentes em uma via da Capital. O fato revoltou a população e gerou diversos questionamentos nas redes sociais.

A gravação, feita logo após as 13h, mostra um caminhão do serviço de tapa-buracos parado, próximo a uma esquina. Um trabalhador aparece e demarca a área onde um ‘buraco’ deveria ser tapado, mas no local não há nenhuma falha na pista. O caminhão então se aproxima do “buraco fantasma” e a manta asfáltica é jogada em cima dele.

No Facebook, campo-grandenses estão revoltados com o trabalho sem objetivo. “Com tanto buraco existente vai tapar logo os que não existem? Viva a prefeitura!”, comentou um internauta. “Seria cômico se não fosse caro!!!! Sai do nosso bolso!!!! Palhaçada!!!!”, opinou outro.

Buracos em bairros da Capital permanecem abertos

Não é pequeno o número de bairros de Campo Grande que sofrem com o aparecimento de buracos, que tendem a aumentar com as chuvas. No bairro Aero Rancho – região sul – por exemplo, moradores reclamam do descaso com as vias públicas que, além de apresentarem diversos buracos, também padecem de sinalização de trânsito.

O encanador industrial, Edvaldo Batista, 56, reclama dos buracos que estão há mais de dois meses na rua Canutama. “Eles só jogam terra, no máximo, massa asfáltica, mas não limpam e os buracos sempre voltam a aparecer”, diz. Segundo ele, o efeito pode ser visto em toda a região do bairro. “Aqui sempre tem acidente, ou por causa de buraco, ou por falta de sinalização”, comenta.

Já na rua Beneditinos, do bairro Ipiranga, que apresenta diversos buracos, o autônomo Adolfo Francisco da Silva, 68, é da opinião de que a culpada é a má administração pública. “Para todo lado que você olha, vê buraco, e a prefeitura nunca faz nada. Já cansei de ver acidente aqui, eu mesmo já quebrei a roda da minha moto. E não é só aqui, em qualquer lugar da cidade tem que ter cuidado”, afirma.

No fim do ano passado, o jornal O Estado MS apurou que o município gasta aproximadamente R$ 5 milhões por mês em obras tapa-buraco pela cidade. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande e aguarda um posicionamento sobre o vídeo.

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*Comentário do blog: É mole?

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Produção de soja em MS será recorde pela 3ª vez consecutiva

28/01/2015 at 09:15 (*Liberdade e Diversidade)

sojasoja2Volume cresce 10% e chega a 6,6 milhões de toneladas; estimativa de receita é de R$ 5,52 bilhões

soja3Pela terceira vez consecutiva, a produção de soja será recorde em Mato Grosso do Sul. Ontem, durante o lançamento oficial da colheita do grão, o diretor da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS), Maurício Saito, apresentou projeção de 6,8 milhões de toneladas, mas admitiu que esse volume deve ser revisto para baixo em razão das condições climáticas. Com o recuo, o volume a ser colhido deve alcançar 6,6 milhões de toneladas, 10% acima das 6 milhões de toneladas da safra anterior. Ver reportagem completa de Osvaldo Júnior na edição de hoje (28) do jornal Correio do Estado. Clique sobre as imagens para ampliá-las.

http://www.correiodoestado.com.br

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