Mais de 500 mil estudantes zeraram a redação do Enem 2014

13/01/2015 at 16:56 (*Liberdade e Diversidade)

Enem 2014Cid Gomes (ao centro) diz que tema da redação do Enem 2014 não foi tão debatido como o da lei seca, de 2013 (Foto:Wilson Dias / Agência Brasil).

13 de janeiro de 2015

Agencia Brasil / Terra

Na edição de 2014, 529.373 candidatos tiraram nota zero na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na outra ponta, 250 obtiveram a nota máxima. O resultado do Enem estará disponível ainda nesta terça-feira (13) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O tema da redação foi “Publicidade infantil em questão no Brasil”. Na edição de 2013, com menos inscritos, 481 tiveram nota mil e 106.742 redações com nota zero.

publicidade infantil

Publicidade infantil – tema deste ano

Em 2014, dentre os que zeraram a redação, 13.039 copiaram textos motivadores da prova; 7.824 escreveram menos de sete linhas; 4.444 não atenderam ao tipo textual solicitado; 3.362 zeraram por parte desconectada e 955 por ferirem os direitos humanos. Outras 1.508, por motivos diversos.

Segundo o Inep, entre 2013 e 2014 houve uma queda no desempenho de 9,7% entre os concluintes do ensino médio, que foram 1.485.320 candidatos.

“O tema de 2013 foi Lei Seca, essa questão foi muito debatida, muito discutida, a mídia focou muito no tema. O tema agora, publicidade infantil, não teve um grande processo de discussão como teve o de 2013″, avaliou o ministro da Educação, Cid Gomes. “Não diria (que o tema foi) mais difícil, mas sem dúvida, foi um tema que não teve um grau de discussão nacional como o tema de 2013″. O tema de 2013 foi “Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”.

Enem 2014- balançoSegundo o ministro, a queda merece a atenção da academia para que se entenda o porquê, já que, de acordo com ele, em um ano, não houve grandes variações de financiamento ou de corpo docente no ensino médio suficientes para explicar a queda de desempenho. Na edição de 2014, segundo o Ministério da Educação (MEC), foram corrigidos 5.934.034 textos, dos quais 2.695.949 foram encaminhados a um terceiro corretor e outros 283.746 foram avaliados por banca de especialistas.

A correção da prova de redação avalia cinco competências: domínio da norma padrão da língua escrita; compreensão da proposta de redação; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação; elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitados os direitos humanos.

Ao todo, segundo o Inep, 6.193.565 fizeram as provas nos dias 8 e 9 de novembro em mais de 1,7 mil cidades. Para ter acesso ao resultado, os candidatos precisarão do número de inscrição ou do CPF e da senha criada na hora da inscrição. O candidato poderá recuperar a senha no próprio portal.

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Debora Secco de biquini: Frente e Verso

13/01/2015 at 16:07 (*Liberdade e Diversidade)

Debora Seco - frente e verso

biquinifamosas513/01/2015

Vai para a praia e está em dúvida sobre que biquíni usar?

Então que tal dar uma espiadinha nos modelos em que famosas brasileiras e estrangeiras apostaram em 2015. Deborah Secco, por exemplo, apostou num modelo tomara que caia e em calcinha com duas alcinhas. Em flagras nas praias ou em fotos publicadas no Instagram, houve quem acertou e quem errou.

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Milhares protestam contra o Pegida na Alemanha

13/01/2015 at 15:33 (*Liberdade e Diversidade)

movimento antiislamizaçãoCerca de 100 mil pessoas saem às ruas em marchas contra o movimento “anti-islamização” em Leipzig, Hannover, Munique e outras grandes cidades alemãs. Em Dresden, Pegida reúne novo recorde de participantes.

Data 12.01.2015

Correio Brasil/Alemanha

A resistência ao grupo Pegida (sigla em alemão para “Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente”) atingiu um novo patamar na Alemanha, nesta segunda-feira (12/01). Na esteira dos ataques terroristas perpetrados na França, na semana passada, aproximadamente 100 mil pessoas foram às ruas pleitear por uma coexistência pacífica entre religiões e se posicionar contra o movimento “anti-islamização”.

Em pelo menos dez cidades, o número de participantes das marchas contrárias ao Pegida superou a marca de mil pessoas. E, em todas elas, o contingente daqueles que protestaram contra a xenofobia, o nacionalismo e a intolerância religiosa foi maior do que o dos simpatizantes do movimento “anti-islamização”.

Segundo dados da administração de Leipzig, aproximadamente 30 mil manifestantes foram às ruas da cidade da Saxônia para tentar impedir a primeira passeata do Legida – como é chamado o movimento Pegida em Leipzig. O protesto foi convocado pela igreja, organizações civis, partidos de esquerda, associações de estudantes e pelo prefeito da cidade, Burkhard Jung.

Depois de um discurso do cônsul francês, as vítimas dos atentados terroristas em Paris foram homenageadas com um minuto de silêncio. Antes, houve uma oração e vigília na Igreja de São Nicolau, famosa por ter sido o local onde eram realizados cultos que deram origem à revolução pacífica de 1989 na então Alemanha Oriental.

De acordo com estatísticas da polícia, 4.800 pessoas participaram da primeira manifestação do Legida. Antes da marcha, a administração de Leipzig tinha proibido os adeptos do Legida de carregar caricaturas de Maomé, iguais às que estampavam as capas do magazine satírico francês Charlie Hebdo.

A decisão foi revogada posteriormente. “A liberdade de expressão é um bem muito valioso. E, depois dos ataques em Paris, ela é mais importante do que nunca”, afirmou o prefeito Jung.

O Pegida levou 25 mil pessoas às ruas em Dresden. Eles promoveram um minuto de silêncio às vítimas francesas e levaram fotos dos cartunistas mortos

Novo recorde em Dresden

Pegida

 

Dresden, cidade onde o movimento Pegida nasceu, continua sendo a única exceção. As manifestações contra uma suposta “islamização” da Alemanha voltaram a crescer na capital da Saxônia. A polícia confirmou a presença de aproximadamente 25 mil pessoas, 7 mil a mais do que na segunda-feira passada.

Os adeptos do Pegida também promoveram um minuto de silêncio às vítimas francesas. Bandeiras da Alemanha e da França se misturavam com fotos dos caricaturistas mortos, cartazes lembrando caixões em referência aos mortos em Paris e até imagens da chanceler federal alemã, Angela Merkel, usando um véu muçulmano.

Pegida se distancia de célula de Düsseldorf

Em Berlim, aproximadamente 4 mil pessoas marcharam da chancelaria federal até o Portão de Brandemburgo, a favor de tolerância social e contra o racismo e a xenofobia. Do outro lado do ponto turístico, reuniram-se cerca de 400 adeptos do Bärgida, como é chamada a célula do Pegida na capital alemã.

Em Munique, aproximadamente 20 mil pessoas protestaram contra o movimento “anti-islamização”. Em Hannover foram contabilizadas outras 17 mil. Saarbrücken teve 9 mil. Em Hamburgo e Heidelberg outras 4 mil pessoas foram às ruas. E na capital da Renânia do Norte-Vestfália, Düsseldorf, aproximadamente 5 mil pessoas impediram a marcha do Dügida, que contou com apenas 400 participantes.

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Banner oficial do Pegida com a suástica nazista e outros símbolos radicais alemães na “lixeira”

A célula Dügida, por sinal, está em litígio com a central em Dresden. Motivo: o movimento em Düsseldorf, organizado por ativistas locais, recusou-se a se afastar de ideologias nazistas e adicionar a suástica nazista entre os símbolos que ficam numa “lixeira” no banner oficial do Pegida. A central em Dresden, em comunicado, divulgou que o Dügida não representa o movimento.

Merkel confirma presença em marcha

Em homenagem às vítimas de Paris, organizações muçulmanas da Alemanha e grupos da comunidade turca, convocaram uma manifestação para esta terça-feira (13/01). O evento acontecerá no Portão de Brandemburgo. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, confirmou presença na marcha por uma Alemanha “aberta e tolerante”.

“O ex-presidente Christian Wulff disse uma vez que o islã faz parte da Alemanha. Isso é correto, também penso assim. Eu sou chanceler de todos os alemães. E isto inclui todos que vivem permanentemente por aqui”, disse Merkel.

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Os olhos frios da vingança (Crônica vespertina)

13/01/2015 at 14:44 (*Liberdade e Diversidade)

 

maria-da-gloria-sa-rosa-esta1MARIA DA GLÓRIA SÁ ROSA*

13 de Janeiro de 2015

(Foto: Divulgação)

No coração do ódio germinam sementes de violência. Ódio e vingança são geradores de guerras, morte, destruição. Presentes nos mais longínquos lugares do planeta, permanecem ocultos nas paredes do inconsciente na condição de agentes do terror.

Segundo Francis Bacon, a vingança nos torna igual ao inimigo, enquanto o perdão nos faz superiores a ele.

Quem melhor definiu o poder do ódio foi Guimarães Rosa, no magnífico conto “O espelho”, quando afirma que, de fato, “só se odeia a si mesmo” porque o “ódio reflui e recrudesce em tremendas multiplicações”, devorando lentamente a carne viva dos que se deixam envolver pelas garras cruéis da raiva  intermitente, que ninguém consegue atenuar.

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Essa dicotomia de horror/humor acompanhei com os olhos mergulhados na produção argentina “Relatos selvagens” (foto), direção de Damián Szifron, que, em seis episódios, abordou de forma inteligente, sempre com final extraordinário, o domínio, a força do ódio na vida humana.

Num dos episódios, marcado pela presença de problemas sociais Ricardo Darín (o nome mais conhecido do cinema latino-americano) encarna a revolta do cidadão comum contra o poder da burocracia. Ferido nos mais sagrados direitos, atravessa um processo de coisificação, que envolve o espectador, tornando-o cúmplice da farsa que abala consciências adormecidas. Seis episódios marcados por um humor dos mais negros, nos quais, sem percebermos, acabamos rindo da ópera bufa, em que se transformou a tragédia.

No final, quando acontece a mais bizarra das festas de casamento, a atriz Erica Rivas, em extraordinária performance, lembrando as “Mulheres à beira de um ataque de nervos” de Almodóvar (um dos  produtores da fita), provoca, depois de tantos horrores, o riso que dissolve as angústias do espectador.

glorinha 3O melhor de tudo foi que não precisei sair de Campo Grande para me deliciar com essa obra-prima, que me foi oferecida como presente dos mais inesperados pelo “Fest Cine América do Sul”, na sexta-feira, dia 7 de novembro, no Shopping Bosque dos Ipês. E como uma coisa puxa outra, ao reunir-me ao pessoal responsável pelo evento (Orivaldo Mendes Júnior, Airton, Marineti), retornei ao tempo de cineclubista, repleto de dificuldades com a censura, em que tantas vezes fui chamada a atenção por exibir filmes, que vinham de São Paulo em latas, que não traziam o certificado exigido pelas autoridades locais.

Ao respirar no clima de liberdade do grupo, a alegria com que me saudavam, senti que a luta do cinema em MS está valendo a pena e saúdo esses companheiros, que gostam de cinema, que vivem o prazer de curtir na tela a vida em seus mais diversos aspectos.

Como faz bem a alma um bom filme, um bom livro, uma bela música, uma linda pintura. É nessas horas que sentimos quão mesquinho é o cultivo do ódio e quão magnífico o exercício do perdão. “Relatos selvagens” foi um sopro gerador de confiança no cinema de hoje e sempre.

*Professora,escritora e membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL).

**Crônica publicada hoje (13) no jornal Correio do Estado.

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‘Boyhood’ foi o principal vencedor do Globo de Ouro 2015

13/01/2015 at 13:59 (*Liberdade e Diversidade)

BoywoodDiretor e atores de ‘Boyhood’ com os prêmios do Globo de Ouro. (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP)

72ª edição da premiação aconteceu neste domingo (11), em Los Angeles. Dentre melhores séries, destaques foram ‘Transparent’, ‘Fargo’ e ‘The Affair’.

12/01/2015

Do G1, em São Paulo

“Boyhood” foi o principal vencedor da 72ª edição do Globo de Ouro, que aconteceu na noite deste domingo (11), em Los Angeles, nos Estados Unidos. “Transparent”, “Fargo” e “The Affair” foram os destaques entre as séries, com dois prêmios cada um. Veja abaixo a lista com os todos os vencedores do Globo de Ouro 2015.

Doze anos de trabalhos foram reconhecidos e “Boyhood: Da infância à juventude” levou três estatuetas: melhor diretor para Richard Linklater, filme (drama) e atriz coadjuvante, para Patricia Arquette. “É um filme muito pessoal para mim”, comentou Linklater, antes de dedicar o prêmio aos seus pais e outros pais que “fazem o seu melhor”. O longa foi gravado aos poucos entre 2002 e 2013. A história acompanha Mason (Ellar Coltrane) dos 6 aos 18 anos.

A cerimônia premiou filmes e séries de 2014, em 25 categorias, segundo votação da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. A maior surpresa da noite foi o vencedor na categoria melhor filme – comédia ou musical. O prêmio foi para “O Grande Hotel Budapeste”, sendo que o mais bem cotado era “Birdman”.

Emocionada em seu discurso, Patricia Arquette disse que o melhor papel de sua vida foi o de mãe. Amy Adams foi a melhor atriz de comédia ou musical por “Grandes olhos” e Julianne Moore ganhou entre as produções dramáticas, com “Para sempre Alice”.

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Patricia Arquette ganha o Globo de Ouro de atriz coadjuvante por ‘Boyhood’. 

(Foto: Jordan Strauss/Invision/AP)

Michael Keaton confirmou o favoritismo e recebeu o prêmio de ator em comédia ou musical por “Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância)”. Ele se emocionou ao citar o filho no discurso. O filme também ganhou a estatueta de roteiro. Eddie Redmayne (“A teoria de tudo”) levou a estatueta de ator em filme dramático. Ele interpretou o físico Stephen Hawking. J.K Simmons levou o primeiro prêmio da noite, o de ator coadjuvante, por “Whiplash – Em busca da perfeição”.

O melhor ator de série dramática foi Kevin Spacey, por “House of cards”. Foi a primeira vitória em oito indicações. “Esse é só o começo da vingança”, brincou ao subir ao palco. Uma novidade na categoria de comédia foi “Transparent”, com sua primeira temporada. Ela foi a vencedora de melhor série cômica ou musical e levou o primeiro Globo de Ouro para uma produção da Amazon. Foi também a primeira vez que uma produção feita para a internet levou o prêmio de melhor seriado.

A cerimônia foi apresentada pela terceira vez pelas comediantes Tina Fey e Amy Poehler, ex-integrantes do programa humorístico “Saturday Night Live”. Elas iniciaram a festa com um discurso de dez minutos em que citaram o caso dos hackers que atacaram a Sony. Elas chamaram as estrelas presentes de “garotos mimados com talento mínimo”, em referência a e-mail que vazou criticando Angelina Jolie, que não estava na cerimônia. As atrizes também fizeram piadas com Bill Cosby, que foi acusado de abuso sexual por várias mulheres.

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Tina Fey e Amy Poehler fazem piada com a Coreia do Norte durante o Globo de Ouro
(Foto: AP Photo/NBC, Paul Drinkwater)

De Paris à Coreia do Norte

George Clooney recebeu o prêmio Cecil B. DeMille, um Globo de Ouro honorário por sua contribuição ao cinema. Além de falar de seu trabalho e família, ele citou as manifestações após ataques em Paris. “Hoje foi um dia extraordinário. Milhões de pessoas marcharam, não só em Paris. Não marchamos em protesto, mas para apoiar a ideia de que nós não vamos andar com medo”, disse o ator e diretor, sobre a marcha histórica pela liberdade que reuniu 3,7 milhões na França.

Theo Kingma, da associação de imprensa estrangeira, foi aplaudido de pé após seu discurso. “Somos a favor da liberdade de expressão artística. Vamos nos manter unidos em todo o mundo de Paris à Coreia do Norte”, disse Kigma.

Helen Mirren, Kathy Bates, Joshua Jackson, Diane Krugere Amal Alamuddin, mulher de Clooney, também mostraram cartazes e objetos com a frase “Je suis Charlie”, lema em homenagem aos mortos pelo ataque ao jornal satírico francês “Charlie Hebdo”. O ator e cantor Jared Leto também aproveitou que subiu ao palco da premiação para falar “Je suis Charlie”. “Para nossos irmãos e irmãs na França: os nossos pensamentos, nossas orações, nossos corações estão com você essa noite”, disse Leto.

Veja mais:

tempo real

fotos da cerimônia

fotos do tapete vermelho

clooney homenageado

‘je suis charlie’

lista de vencedores

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Rumo a uma nova Cruzada? (Leitura do meio-dia)

13/01/2015 at 10:28 (*Liberdade e Diversidade)

atentado parisAutoria do atentado de Paris é suspeita. Mas ele certamente serve aos que pretendem atiçar as novas guerras “civilizatórias” do Ocidente

Por Manlio Dinucci, no Il Manifesto | Tradução: Antonio Martins | Imagem: Guido Reni, Arcângelo Miguel (1636)

13/01/2015

Outras Palavras / Redação

Movem-se e disparam como verdadeiros comandos. Nada de rajadas, para não desperdiçar munição. Apenas um ou dois disparos em cada vítima, como o policial já ferido e liquidado no chão, com um só tiro, pelo assassino que passa a seu lado, volta ao carro e, antes de subir, recolhe com toda calma um tênis – que poderia servir de prova, por meio de análise do DNA.

No entanto, quando estes mesmos indivíduos, depois de darem mostra de uma preparação digna de um comando de forças especiais, mudam de veículo, “esquecem” no primeiro auto – segundo a versão da polícia – um documento de identidade. E assim, assinam oficialmente o atentado. Em poucas horas, o mundo inteiro conhecerá seus nomes e suas biografias: “dois delinquentes de pouca envergadura, radicalizados, conhecidos pela polícia e serviços de inteligência franceses”.

Diante dos fatos que estão sendo definidos como “o 11 de Setembro da França”, não é possível deixar de recordar o sucedido no 11 de Setembro norte-americano, quando – apenas algumas horas após o atentado contra as Torres Gêmeas – circularam os nomes e biografias das pessoas designadas como autores do atentado e integrantes da Al Qaeda. Também nos Estados Unidos, quando o presidente Kennedy foi assassinato, o suposto assassino foi descoberto de imediato. E algo idêntico ocorreu na Itália, no massacre da Piazza Fontana. É perfeitamente legítima, portanto, a suspeita de que, por trás do atentado ocorrido na França, possa estar o longo braço dos serviços secretos.

Os dois supostos autores da matança de Paris, se são precisas suas biografias, pertencem ao mundo subterrâneo criado pelos serviços secretos ocidentais – inclusive os da França –, que em 2011 financiaram, treinaram e armaram, na Líbia, diversos grupos islâmicos, pouco antes qualificados de terroristas.

Entre estes grupos, encontravam-se precisamente os primeiros núcleos do futuro Emirado Islâmico. Segundo uma investigação do New York Times publicada em março de 2013, os serviços secretos ocidentais ofereceram-lhes armamento através de uma rede organizada pela CIA. Depois de haverem participado da derrubada de Muamar Kadhafi, foram enviados à Síria, para tentar derrocar o presidente Assad e posteriormente para atacar o Iraque, no momento exato em que o governo de Al-Maliki afastava-se do Ocidente e se aproximava de Pequim e Moscou.

O Emirado Islâmico, nascido em 2013, recebe financiamento da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait e Turquia, países que além disso facilitam – junto com a Jordânia – o trânsito do grupo através de seus territórios. E não se deve esquecer que os países mencionados são, todos, aliados muito próximos dos Estados Unidos e demais potências ocidentais, incluindo a França. Isso não significa que a massa dos membros dos grupos islamitas, que frequentemente provêm de distintos países ocidentais, tenham consciência desta cumplicidade. De qualquer maneira, é altamente provável que se escondam, atrás dos terroristas, agentes secretos ocidentais e árabes, especialmente treinados na realização deste tipo de operações.

Enquanto se esperam novos elementos capazes de esclarecer a verdadeira origem do massacre perpetrado na França, parece lógico perguntarmos: Quem se beneficia com tudo isso?

A resposta pode ser deduzida do que declarou Nicolas Sarkozy, o mesmo que – quando presidente da França – foi um dos principais artífices do respaldo aos grupos islâmicos que participara na guerra de agressão à Líbia. Sarkozy qualificou o atentado de Paris como uma “guerra declarada contra a civilização, que tem a responsabilidade de se defender”

Busca-se assim convencer a opinião pública de que o Ocidente está em guerra contra aqueles que querem destruir a “civilização”. Implica que o Ocidente representa a “civilização” e, por isso, precisa defender-se, ampliando suas forças militares e enviando-as a todos os lugares onde surja esta “ameaça”.

Trata-se, assim, de converter a dor das massas pelas vítimas do massacre em mobilização a favor da guerra. O Davi, coberto em Florença com um véu negro, em sinal de luto, está chamado agora a empunhar a espada na nova Santa Cruzada.

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Exército se posiciona contra lei que criminaliza a homofobia

13/01/2015 at 10:04 (*Liberdade e Diversidade)

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Defensores do projeto acreditam que o órgão “teme” que homens e mulheres se declarem homossexuais abertamente nos quartéis

13 de janeiro de 2015

Em parecer enviado à Câmara dos Deputados, o Exército se posicionou contra a aprovação do projeto de lei que determina a criminalização da homofobia no Brasil. De acordo com o documento, obtido pela Folha de S. Paulo, a proposta, se fosse aprovada, poderia ter “efeitos indesejáveis” e “reflexos negativos” para as Forças Armadas.

“A instituição é contra qualquer tipo de agressão ou violação a direitos humanos (…) no entanto, considerando as imprecisões contidas na proposta apresentada, (…) pode trazer efeitos indesejáveis para a Força’’, diz o texto”.

homofobia

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Um dos trechos do projeto que mais incomodou foi o que transforma em crime de ódio o ”impedimento de acesso de pessoas a cargo ou emprego público ou sua promoção funcional sem justificativa nos parâmetros legalmente estabelecidos”. Segundo o jornal, para o órgão, isso teria ”reflexo nas Forças Armadas, inclusive no que tange aos critérios estabelecidos para ingresso e permanência”. Eles não especificaram, no entanto, qual reflexo seria esse.

Ainda de acordo com a Folha, defensores do projeto – criado em maio de 2014 e de autoria da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) – acreditam que o Exército “teme” que homens e mulheres se declarem homossexuais abertamente nos quartéis. Procurado pela publicação, ele não quis se manifestar sobre o assunto.

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Governo tem 90 dias para assentar comunidade indígena da BR-463 no MS

13/01/2015 at 09:33 (*Liberdade e Diversidade) ()

curral do arame

Comunidade guarani-kaiowá de Curral do Arame 

(Foto: Divulgação/MPF)

Justiça determinou que União deverá comprar lote para acolher comunidade Curral do Arame

13 de Janeiro de 2015

Correio do Estado / da Redação

O Governo Federal deverá comprar um lote de terra em Dourados (MS), correspondente a um módulo rural (30 hectares), para acolher indígenas da etnia guarani-kaiowá que vivem na Comunidade Curral do Arame (Tekoha Apika’y), às margens da BR-463. A área deve ser adquirida em até 90 dias e será indicada pela comunidade indígena, que lá permanecerá até a demarcação definitiva da terra. A ordem de reintegração de posse contra parte da comunidade que ocupa uma fazenda na região foi suspensa.

A decisão, da 1ª Vara da Justiça Federal de Dourados, atendeu a ação ajuizada pelo Ministério Público Federal. Caso não a cumpra, o ministro da Justiça poderá ser acionado judicialmente. “Determino desde já a expedição de ofício ao procurador geral da República para a apuração de crime de responsabilidade”, determina a Justiça.

Segundo o MPF, “os indígenas vivem em situação desumana e que lhes expõe a risco de morte iminente e concreto, inclusive, já morreram oito membros da comunidade vitimados por atropelamentos”. Os guarani vivem sem instalações sanitárias e acesso à energia elétrica, e utilizam água imprópria para o consumo humano, que coletam em um riacho da região, contaminado por agrotóxicos de lavouras do entorno. Esta situação de vulnerabilidade já dura 12 anos.

A medida dá efetividade a direitos previstos na Constituição Federal de 1988. Em seu artigo 231, a Constituição reconhece aos indígenas sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

Entenda o caso

A área de terra reivindicada pelos indígenas de Curral do Arame está abrangida pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 12 de novembro de 2007 pelo MPF e a Funai, para a demarcação das terras de ocupação tradicional indígena na região centro-sul do estado.

Para o MPF, mesmo passando por dificuldade e enfrentando violência, “os indígenas insistem motivados pela profunda ligação material e espiritual com a terra de seus antepassados. A resistência desta pequena comunidade, ao longo desses anos, por si só, já comprova esta ligação”.

Segundo estudo antropológico, os índios da comunidade foram expulsos de suas terras tradicionais para a expansão da agricultura e da pecuária. Parte desta população foi recrutada para trabalhar em fazendas da região como mão de obra barata até que se tornaram “incompatíveis” com a produção.

Os índios resistiram em deixar suas terras, ocupando áreas de reserva legal de propriedades rurais, mas foram obrigados a fugir após a morte do patriarca da família, Hilário Cário de Souza, em 1999, atropelado por funcionário da fazenda que ocupava.

Desde então, os guarani passaram a viver na fina faixa de domínio da rodovia, em barracos improvisados, em frente à terra que reivindicam como tradicional. Além das precárias condições estruturais, o acampamento indígena Curral do Arame já foi queimado duas vezes, a última em grande incêndio ocorrido na região em 2013.

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Terça-feira com céu nublado e chuvas isoladas em Campo Grande, MS

13/01/2015 at 09:01 (*Liberdade e Diversidade)

cropMesmo com chuva o dia permanece quente em todo o Estado, chove na região sul e oeste nas demais os termômetros registram temperaturas altas (Foto: Marcelo Villalba).

13/01/2015

Marcelo Villalba | Topmídia News

O clima amanheceu com céu nublado nesta terça-feira (13), em Campo Grande, com possibilidade de pancadas de chuva fraca ao longo do dia. Pela manhã os termômetros registram na capital, mínima de 24 °C e máxima que pode ultrapassar os 33°C.

Segundo o Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos (Cemtec), o sol não deve aparecer o dia permanece nublado durante todo o dia, com muito calor e chuva em forma de pancada fraca. A umidade relativa do ar sobe ficando em 40%.

Estado – Chuva em forma de pancadas, principalmente no final da tarde na região sul e oeste de Mato Grosso do Sul. As chuvas serão de curta duração, mas podem ser fortes. Nas demais regiões a tendência é de muito calor e sem chuva forte. Às 7 horas já fará entre 26°C e 29°C em Três Lagoas, Maracaju, Dourados e Corumbá.

No período da tarde muito mais calor: Na região sul 32°C em Ponta Porã e 34°C em Dourados e grande Dourados. Na região leste a tendência é de máxima aproximadamente de 36-37°C.

A umidade relativa pela manhã no Estado será por volta de 60-70% e no período da tarde ficará em torno de 30-40%. O índice de radiação ultravioleta ficará entre 14 e 15 para o Estado, valor considerado extremo. Onde há nebulosidade esse índice tende a ser atenuado em até 70%.

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