Nigéria: Chibok, onde as garotas foram sequestradas (Leitura da noite)

08/05/2014 at 20:14 (*Liberdade e Diversidade)

7 de maio de 2014

Por Alexis Okeowo* | Tradução: Camila Pavanelli de Lorenzi; em Blogueiras Feministas

Chobuk

 Eram cristãs e muçulmanas. Seu crime, para fundamentalistas, foi estudar. Região debate-se entre terror do Boko Karan e violência institucional do governo

“Achei que minha vida tivesse chegado ao fim”, Deborah Sanya me contou por telefone na segunda-feira. Ela falava de Chibok, uma cidadezinha de agricultores no nordeste da Nigéria. “Havia muitos, muitos deles”. O Boko Haram, um grupo terrorista islâmico, raptou Sanya e pelo menos duzentas colegas suas de uma escola secundária em Chibok há mais de duas semanas. Sanya escapou com duas amigas, assim como quarenta outras garotas. As demais desapareceram, e suas famílias não tiveram notícias delas desde então.

Sanya tem dezoito anos e estava fazendo os exames escolares finais. Muitas escolas em cidades próximas a Chibok, no estado de Borno, haviam sido fechadas. Ataques do Boko Haram a outras escolas – como um recente massacre de cinquenta e nove meninos no estado vizinho de Yobe – levaram ao fechamento em massa. Mas, autoridades locais do setor de educação decidiram reabrir a escola de Chibok por um curto período para aplicar as provas. Na noite da abdução, militantes apareceram na escola usando uniformes do Exército nigeriano. Disseram às garotas que estavam ali para levá-las a um lugar seguro. “Eles disseram: não se preocupem. Nada acontecerá com vocês”, Sanya disse. Os homens pegaram alimentos e outros suprimentos da escola e atearam fogo ao prédio. Levaram as garotas até caminhões e motocicletas. De início, as garotas, embora apreensivas e nervosas, acreditaram que estavam em boas mãos. Quando os homens começaram a atirar para o alto e a gritar “Allahu Akbar”, disse Sanya, ela percebeu que os homens não eram quem diziam ser. Ela começou a implorar a Deus por ajuda; viu várias garotas saltarem do caminhão em que estavam.

Era meio-dia quando seu grupo chegou ao acampamento dos militantes. Ela fora levada para um local não muito longe de Chibok, a alguns vilarejos de distância, no meio do mato. Os militantes forçaram suas colegas a cozinhar; Sanya não conseguia comer. Duas horas depois, chamou duas colegas e disse-lhes que deviam fugir. Uma delas hesitou e disse que elas deviam esperar para fugir à noite. Sanya insistiu, e elas fugiram escondendo-se atrás de algumas árvores. Os guardas as viram e gritaram ordenando que voltassem, mas as garotas continuaram correndo. Chegaram a uma vila tarde da noite, dormiram na casa de um desconhecido que as hospedou e, no dia seguinte, telefonaram para as respectivas famílias.

Sanya não conseguiu me contar mais nada depois disso. Ela não está bem. Suas primas e amigas mais próximas ainda estão desaparecidas, e Sanya está tentando entender como é que ela está viva e de volta ao lar. Tudo o que pode fazer agora, segundo suas próprias palavras, é orar e jejuar, e orar e jejuar novamente.

No dia seguinte à abdução, o Exército nigeriano declarou que havia resgatado quase todas as garotas. Um dia depois, os militares voltaram atrás em sua declaração; nenhuma fora de fato resgatada. O número de garotas que o governo disse que estavam desaparecidas, pouco mais de cem, é menos da metade do número que pais e funcionários da escola reportaram. D acordo com sua contagem, duzentas e trinta e quatro garotas foram levadas.

Na esteira do fracasso dos militares, os pais se uniram e arrecadaram fundos para que alguns deles fossem à floresta procurar as garotas. O grupo deparou-se com moradores dos vilarejos que os convenceram a voltar. Eles disseram aos pais que haviam visto as garotas pelos arredores, mas que os insurgentes estavam muito bem armados. Muitos dos pais possuíam apenas arcos e flechas.

***

As circunstâncias do rapto, e principalmente a desonestidade dos militares, explicitaram um aspecto profundamente inquietante dos líderes da Nigéria: quando se trata do Boko Haram, não se pode confiar no governo. Crianças foram assassinadas, juntamente com suas famílias, em inúmeros bombardeios e massacres do Boko Haram ao longo dos últimos cinco anos. (Mais de mil e quinhentas pessoas foram assassinadas até agora este ano). Escolas estaduais e vilarejos distantes ao norte têm sido vítimas da violência do Boko Haram. O grupo é suspeito de, ao menos em parte, promover uma campanha contra os valores seculares. As garotas raptadas eram cristãs e muçulmanas; sua única ofensa, ao que parece, era ir à escola.

Em junho do ano passado, visitei Maiduguri, capital do estado de Borno e berço do Boko Haram, para cobrir a insurgência e a contra-ofensiva do governo nigeriano, uma operação de segurança que deixou três estados do nordeste, incluindo Borno e Yobe, sob estado de emergência enquanto as tropas atacavam esconderijos e acampamentos de militantes. Os militares cortaram linhas telefônicas e o acesso à internet; ao mesmo tempo que os habitantes aprovaram a intervenção, havia uma sensação de que estavam vivendo no escuro. Tiros, uma explosão de bomba: teria sido o Boko Haram ou um ataque militar? Seriam as centenas de homens desaparecidos pelos militares de fato terroristas – mesmo os meninos tão jovens? E, estaria o governo, como alegava, vencendo a guerra?

Os militares reconectaram as linhas telefônicas em Borno. Mas a única companhia aérea que voava para Maiduguri cancelou a rota no fim do ano passado. A estrada que leva a Chibok é tão perigosa que o governador de Borno visitou a cidade sob pesada escolta militar. Atualmente, boa parte do nordeste está isolada. O que está acontecendo por lá que não podemos ver?

Os nigerianos do resto do país vinham conseguindo, até recentemente, ignorar as mortes. O clima geral tem sido de desânimo e apatia – desde um governo que está reprimindo os nortistas pesadamente até os civis que se encontram bem distantes do caos. Pode ser que esse estado de espírito finalmente mude.

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O pai de Sanya, o professor da escola primária Ishaya Sanya, está lutando com emoções conflituosas: gratidão por sua filha estar de volta; culpa porque as filhas de seus irmãos, amigos e vizinhos ainda estão desaparecidas na mata; e uma frustração raivosa pelo fato de aparentemente não ter havido nenhum esforço para resgatar as garotas.

“Não sabemos onde elas estão até agora, e não tivemos nenhuma notícia do governo”, disse-me ele. “Todas as casas em Chibok foram afetadas pelo rapto”. As únicas informações que as famílias conseguiram obter sobre as garotas raptadas, continuou ele, foram transmitidas pelas garotas que escaparam.

Ele lembra o horário exato em que Deborah apareceu em sua frente depois da fuga – 16h30 – e como ele se sentiu: “muito feliz”. Mas o desespero logo voltou. “Nossa região foi afetada de forma muito grave”, disse. Pais e mães adoeceram fisicamente, e alguns estavam “enlouquecendo”.

O plano atual dos militares é incerto; os pais e mães da cidade de Chibok esperam que o Exército esteja agindo de forma rápida e cautelosa. Existe uma preocupação adicional de que uma operação de resgate possa resultar na morte de muitas garotas; isso ocorreu durante uma tentativa de resgate anterior de dois engenheiros ocidentais sequestrados pelo Boko Haram. Na semana passada, um porta-voz dos militares, o General de Brigada Chris Olukolade, disse apenas que as buscas pelas garotas haviam sido “intensificadas”.

Enquanto isso, assim como ocorre em outras situações na Nigéria, cada comunidade tem que se defender por conta própria. Durante alguns dias depois da abdução, algumas garotas foram reaparecendo na cidade – algumas pularam de caminhões, outras escaparam quando foram enviadas para buscar água. Esse retorno de algumas garotas terminou. “Ninguém as resgatou”, disse um funcionário do governo de Chibok sobre as que conseguiram retornar. “Quero que você enfatize este ponto. Ninguém as resgatou. Elas fugiram por conta própria. Isso é doloroso”.

Um pastor de Chibok, cuja filha está desaparecida, disse que saiu com amigos em busca das garotas na manhã seguinte à abdução. “Fui obrigado a voltar para casa de mãos vazias”, ele me disse por telefone. “Simplesmente não sei o que o governo federal está fazendo a respeito. E não há nenhuma força de segurança aqui para nos defender. Você tem de fazer o que for possível para salvar a própria vida”.

Perguntei ao pastor sobre rumores de que o Boko Haram levara as garotas além das fronteiras da Nigéria, para Camarões e Chade, casando-as à força. Ele fez uma pausa, e disse: “Como serei feliz? Como serei feliz?”.

[+] Abaixo-assinado online da Change.org: #BringBackOurGirls.

[+] Quem são as centenas de jovens sequestradas na Nigéria?

* Alexis Okeowo é jornalista e vive em Lagos, na Nigéria. De 2006 a 2012, ela foi correspondente em Uganda, México e Nova York. Em 2013, relatou um escândalo de grupos da mineração chinesa na Zâmbia, com o apoio do Pulitzer Center on Crisis Reporting. Em 2012, foi membro da Alicia Patterson Foundation, escrevendo sobre os direitos dos homossexuais na África. Ela também foi parceira do projeto International Reporting Project da Johns Hopkins School for Advanced International Studies, fazendo relatórios sobre a violência religiosa e sectária na Nigéria central e do norte.

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Forte sismo de magnitude 6,4 sentido no México

08/05/2014 at 19:52 (*Liberdade e Diversidade)

8 de Maio de 2014

Diário Digital / Lusa

Sismo no méxico

Um forte sismo de magnitude 6,4 foi hoje registado na Cidade do México, sem que haja, até ao momento, registo de vítimas ou danos, segundo o instituto geológico norte-americano (USGS, na sigla inglesa).

O sismo, de acordo com a mesma fonte, foi sentido com grande intensidade na Cidade do México, onde a maioria dos edifícios de escritórios localizados no centro da capital foram evacuados e muitas pessoas fugiram para a rua.

O instituto norte-americano informou que o epicentro do terramoto localizou-se a cerca de 15 quilómetros a norte da cidade de Tecpan de Galeana, no estado mexicano de Guerrero (sul). O sismo teve uma profundidade de 23 quilómetros.

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RS constrói maior complexo eólico da América Latina

08/05/2014 at 16:37 (*Liberdade e Diversidade)

05/05/2014

Redação / Carta Maior

Complexo_eólico_no_rio_grande_do_sul

 Novo complexo eólico gerará energia para 3,7 milhões de pessoas e 8,9 mil novos empregos, possuindo 302 aerogeradores e 583 megawatts de capacidade. (Créditos da foto: Gustavo Gargioni/Especial Palácio Piratin).

Porto Alegre – O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, visitou nesta segunda-feira o parque eólico de Geribatu, em Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do Estado, que, junto com os parques Chuí e Hermenegildo passarão a formar o Complexo Eólico Campos Neutrais, que será o maior da América Latina.  Tarso Genro assinou a ordem de serviço para o início das obras do Parque Eólico do Chuí, destacando que o novo complexo simboliza o modelo de desenvolvimento econômico e social apoiado pelo governo gaúcho.

O novo complexo eólico gerará energia para 3,7 milhões de pessoas e 8,9 mil novos empregos, possuindo 302 aerogeradores, 583 megawatts de capacidade instalada e totalizando investimentos de R$ 3,5 bilhões.

“Este polo eólico tem o mesmo significado para o sul do Estado que o pré-sal tem para todo o Brasil”, comparou o chefe do Executivo gaúcho. O prefeito de Santa Vitória, Eduardo Morroni, informou que as mudanças trazidas pelos parques eólicos já são visíveis, com os novos postos de trabalho criados, viabilizados por meio da capacitação técnica trazida pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego  (Pronatec). 

Instalado em uma área de 4.750 hectares, o Parque Eólico Geribatu está 30% construído e tem previsão de conclusão total das obras para outubro deste ano, quando deverá gerar energia para 1,6 milhão de pessoas e proporcionar 2,1 mil empregos diretos e indiretos. Do investimento total de R$ 3,5 bilhões no Complexo Eólico Campos Neutrais, R$ 2,7 bilhões são em geração e R$ 800 milhões em transmissão. Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues, o Grupo CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), parceiro do empreendimento na área de transmissão, já investiu R$ 200 milhões na metade sul do Estado. 

A previsão de conclusão do parque Eólico Chuí é para o primeiro semestre de 2015, onde estão sendo instaladas seis usinas com 72 aerogeradores, suficientes para gerar energia para 900 mil habitantes. Os investimentos de R$ 800 milhões também são uma parceria com o Fundo de Investimentos Rio Bravo e garantem a geração de 2,5 mil empregos diretos e indiretos. 

Já o Parque Eólico Hermenegildo, também localizado em Santa Vitória do Palmar, tem previsão de conclusão para o segundo semestre de 2015. Ele terá 101 aerogeradores, que garantirão energia para o consumo de 1 milhão habitantes e onde estão sendo investidos R$ 900 milhões em parceria com a Renobrax. No local, serão gerados 1,5 mil empregos diretos e indiretos. 

Recursos de cerca de R$ 800 milhões para o sistema de transmissão irão escoar energia gerada para seis instalações do Complexo Campos Neutrais. O sistema é uma parceria entre a Eletrosul e a CEEE e devem gerar mais 2,8 mil empregos. A Eletrosul será responsável por 51% e a CEEE, por 49% do sistema. Até 2018, dentro do Programa RS Eólica, estarão operando 88 parques no Rio Grande do Sul, com capacidade para gerar 1.978,9 megawatts, o que representa cerca de R$ 8,3 bilhões em investimentos no setor.

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AGORA: Cerca de 600 lideranças indígenas estão reunidas em Miranda para discutir conflito de terras

08/05/2014 at 15:46 (*Liberdade e Diversidade)

08/05/2014

Tatiana Lemes /Midiamax News

Lindomar Terena

Lindomar Terena

Lideranças indígenas de todo o Mato Grosso do Sul estão reunidas nesta manhã (8) na Aldeia Babaçu, em Miranda – a 203 quilômetros de Campo Grande, para discutir a questão territorial indígena.

De acordo com Lindomar Terena, 600 lideranças de todas as etnias discutirão os próximos procedimentos a respeito da demarcação de terras no Estado. “Agora pela manhã vamos apresentar os dados e no período da tarde vamos discutir sobre todas as áreas em conflito em Mato Grosso do Sul e como vamos proceder”, afirma.

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Um poema de Maria Gorete de Moura para o “Dia das Mães”

08/05/2014 at 15:09 (*Liberdade e Diversidade)

08 de maio de 2014 

Maria Gorete de Moura (Um poema de…)

Maria Gorete de Moura III

Maria Gorete de Moura (Foto publicada no jornal “A Crítica” de MS.

Auréola de Arco-Íris

Senhora,

que na linguagem fértil

da alma humana,

à mercê da dedicação absoluta,

fez de minha vida

um prolongamento da sua.

Que mulher é essa,

dotada de um amor

que sempre salva?

A fonte da origem

de sermos quase um,

a ligação de uma existência além de mim!

O mesmo sangue que corre pelas veias,

a semelhança no olhar, no sorriso,

no “corpo do querer”.

Minha mãe!

Não teria alternativa duvidosa

ao exprimir.

O universo das palavras

torna-se um universo,

quando de você pretendo falar.

Se hoje sou feliz, tenho vida,

foi você quem a cultuou.

Lembro-me de quando era frágil.

Você me ensinava a ser forte,

ser honesta, ter um caráter implacável

e a dizer a todos: muito obrigada!

E, no final de cada luta,

como que à luz de um sonho,

numa auréola de arco-íris,

seu afago me vinha pronunciar

que “os dias são infinitos”!

***

*Parabéns,Gorete, pelo poema! Um abraço, Hermano Melo/Blog Liberdade,Liberdade.

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Morre o cantor Jair Rodrigues, aos 75 anos, em São Paulo: ‘Família em choque’

08/05/2014 at 11:49 (*Liberdade e Diversidade)

Quinta-feira 8 maio 2014

Pure People

Jair Rodrigues

Jair Rodrigues morreu na manhã desta quinta-feira em São Paulo, em 8 de maio de 2014

O cantor Jair Rodrigues morreu aos 75 anos, em Cotia, no interior de São Paulo. A informação foi confirmada pelo escritório do artista, JRC Promoções, ao Purepeople, na manhã desta quinta-feira (8). “Estamos atordoados com isso. A família está em choque com a notícia. Ele não estava doente”, disse uma funcionária do local.

“Foi em casa. Tudo indica que foi um ataque cardíaco. Não temos muitas informações porque foi muito inesperado”, completou.

O artista era casado por mais de 40 anos com Caludine Rodrigues e pai dos músicos Luciana Mello e Jair Oliveira, conhecido como Jairzinho.

Ike Levy, marido de Luciana Mello, contou ao Purepeople como tudo aconteceu. “Ele acordou de manhã normalmente e foi para a sauna da casa. Passou mal e foi encontrado pela Claudine caído no chão do local. Ela tentou pedir ajuda e acordá-lo, mas não conseguiu. Depois, o levou para a cama, mas ele já estava sem vida”.

“Não sabemos a causa exata, mas foi algo fulminante porque ele não pediu socorro e ninguém ouviu gritos. Ele estava ótimo e saudável antes disso. Tinha acabado de fazer um check-up com o doutor Dráuzio Varella e nada foi constatado de anormal. Fomos avisados hoje de manhã pela Claudine, que nos ligou aos prantos. Estamos todos aqui. Eu, Jair, Luciana ao lado do corpo dele”, explicou Ike.

“O que nos conforta é saber que ele morreu no lugar onde mais gostava e cercado de amor. A Lu estava passando uns dias com a família. O Jair estava curtindo as netas”

Carreira musical

Jair Rodrigues iniciou sua carreira na década de 1960 em programas de calouros. Ele nasceu em Igarapava, no interior de São Paulo, no dia 6 de fevereiro de 1939. Seu primeiro disco foi gravado em 1962 com as músicas “Brasil sensacional” e “Marechal da vitória”, temas da Copa do Mundo realizada naquele ano.

O cantor estava preparando um show especial para o dia 15 de maio, na casa de espetáculos Terra da Garoa, na capital paulista.

Recentemente, Jair participou do programa “Altas Horas”, da TV Globo. Na atração, ele cantou com os filhos e posou sorridente ao lado da mulher e da nora Tania Khalill.

“Se eu não for o homem mais feliz desse planeta, eu sou um deles”, disse Jair na ocasião.

Veja vídeo de Jair Rodrigues cantando “Disparada”:

http://youtu.be/neiPFc2RW7I

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Nigéria: como Ocidente alimenta os terroristas

08/05/2014 at 11:17 (*Liberdade e Diversidade)

07/05/2014

Por Lindsay German

Tradução: Gabriela Leite

Nigéria - Petróleo

Derramamento de petróleo da Shell, na região de Ogoni, Nigéria. Empresa tornou-se conhecida por série de desastres ambientais, tolerados pelo governo pró-ocidental.

Dois fatores favorecem grupo que sequestrou duzentas meninas: pilhagem do país por transnacionais petroleiras e assassinados praticados pelos EUA, por meio de drones

É quase inacreditável que mais de duzentas garotas possam ter sido ser sequestradas de uma escola no norte da Nigéria — em ação realizada pelo grupo terrorista Boko Haram — e ameaçadas em um vídeo, exibido no mundo inteiro, sendo vendidas como escravas por seus capturadores. A descrença é ampliada pelas notícias de hoje de que, ao longo da noite, mais oito meninas foram sequestradas por homens armados, supostamente do Boko Haram, no nordeste da Nigéria. A tragédia toca o coração de todos, evocando um sentimento de asco não só pelo perigo e a perda da própria liberdade, mas pelo pressuposto de que para jovens garotas, seu destino deve ser o casamento forçado e a servidão, não a educação.

Existe uma revolta justa, pelo fato de que tão pouco tenha sido feita pelo governo nigeriano para encontrar as meninas, e por terem sido acusados de causar tumulto, ou mesmo presos temporariamente, muitos dos que se manifestaram contra o presidente Goodluck Jonathan.

Mas devemos ser cautelosos com a narrativa que está emergindo. Ela segue um padrão familiar desgastado, que já vimos no sul da Ásia e do Oriente Médio, mas que está sendo crescentemente aplicado também na África.

É o refrão de que algo deve ser feito; e que “nós” — o ocidente iluminado — deveríamos nos encarregar de fazê-lo. A fala da senadora norte-americana Amy Klobuchar é exemplar a esse respeito: “Este é um daqueles momentos em que nossa ação ou inação será sentida não apenas por aquelas garotas da escola que estão sequestradas e por suas famílias que esperam em agonia, mas pelas vítimas e criminosos de tráfico de mulheres ao redor do mundo. Agora é o momento de agir.”. Começa a surgir um chamado por intervenção ocidental para ajudar a encontrar as garotas, e a “estabilizar” a Nigéria no rescaldo de seu sequestro. O governo britânico já ofereceu “ajuda prática”.

As intervenções do ocidente têm falhado uma após a outra, ao lidar com problemas particulares. Pior: levam a mais mortes, deslocamentos e atrocidades do que já eram enfrentados originalmente. Tudo isso tem sido justificado, frequentemente, com referências ao direito das mulheres. É como se as forças militares pudessem criar uma atmosfera em que terminam a violência e o abuso. As evidências apontam para o contrário.

O direito das mulheres foi um grande pretexto para a guerra do Afeganistão, iniciada em 2001, quando Laura Bush e Charlie Blair — as esposas dos chefes de governo dos EUA e Grã-Bretanha — apoiaram os planos bélicos de seus maridos, apresentando-os como suposto meio de libertar as mulheres afegãs. Hoje, após milhões serem desalojados e dezenas de milhares mortes, o Afeganistão continua sendo um dos piores países do mundo para mulheres viverem, com casamento forçado, casamento infantil, estupro e outras atrocidades ainda amplamente presentes.

E já há intervenção ocidental na África. Ela não tem o mesmo perfil do Afeganistão ou Iraque, porque as guerras passadas dificultaram as tentativas de agir diretamente por meio de tropas. Mas Barack Obama tem forças militares mobilizadas na África Ocidental através de sua base de drones Predator, no Níger, que faz fronteira com a Nigéria. Esta também é vizinha do Mali (cena de intervenções recentes da França e da Inglaterra) e da Líbia, alvo de uma guerra ocidental de bombardeios desastrosa em 2011, que deixou o país em estado de guerra civil e colapso.

Os drones norte-americanos também operam no Djibuti, Etiópia e logo além lado do Mar Vermelho, no Iêmem. O Ocidente envolveu-se em guerras por procuração recentes, na Somália. Se o terror islâmico tornou-se ameaça em cada vez mais pontos da África, os países ocidentais desempenharam um grande papel em sua criação.

Mas há outra guerra acontecendo na África: a econômica. Um continente tão rico em recursos naturais vê muitos de seus cidadãos viverem em condições indignas. Na Nigéria do presidente Jonathan, o crescimento econômico não foi direcionado aos pobres. A saúde e a educação estão fora do alcance de muitos.

A corrupção espalha-se. Exércitos e armas são mobilizados para proteger os ricos e as empresas estrangeiras, como a Shell — que quer acesso aos recursos do país, especialmente o petróleo. Corrupção e desigualdade estão associadas ao papel do Ocidente. Fazem parte de um sistema que está preparado para começar uma guerra por recursos como petróleo e gás, mas não entrará em guerra contra a pobreza, ou para garantir educação para todos.

É neste cenário que está inserido o terrível sofrimento das meninas sequestradas na Nigéria. E não vai melhorar com mais armas ocidentais e exércitos — na terra ou no ar.

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*Lindsay German é convocadora da Stop The War Coalition e co-autora do livro “A People’s History of London” (Tradução livre: “Uma história de Londres pelo seu povo”).

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Brasil se distancia da média mundial em ranking de educação

08/05/2014 at 10:49 (*Liberdade e Diversidade)

08 de maio de 2014

BBC BRASIL.com

País aparece na 38ª posição da lista, na frente de México e Indonésia

ranking mundial da educação

Ranking feito por entidades privadas compara notas e alfabetização em 40 países (Foto: BBC)

O Brasil se distanciou da média de 40 países em um ranking que compara resultados de provas de matemática, ciência e leitura, e também índices como taxas de alfabetização e aprovação escolar.

No entanto, apesar de ter o seu índice piorado, o país subiu uma posição no ranking – de penúltimo para antepenúltimo – pois o México apresentou queda maior do que o Brasil no índice.

Esta é a segunda edição do relatório produzido pela empresa de sistemas de aprendizado Pearson (ligado ao jornal britânico Financial Times) e pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU).

O Brasil aparece na 38ª posição do ranking, na frente de México e Indonésia – um avanço de um lugar, na comparação com a edição de 2012.

O indicador do ranking é composto a partir duas variáveis: capacidade cognitiva (medida por resultados de alunos nos testes internacionais PISA, TIMSS e PIRLS) e sucesso escolar (índices de alfabetização e aprovação escolar).

O número usado para comparar os países (“escore z”) indica o quão longe cada nação está da média dos 40 países (que é zero, nesta escala). Foram analisadas nações da Ásia, da Europa e das Américas – nenhum país africano participa do ranking.

Em 2012, o Brasil havia obtido um escore de -1.65; neste ano o indicador foi de -1,73, o que mostra que o país está mais distante da média dos 40 países. Já o México viu seu escore cair de -1,6 para -1,76. O sinal negativo indica que ambos os países estão abaixo da média dos 40 países.

O Brasil piorou nas duas variáveis – tanto na capacidade cognitiva (de -2,01 para -2,06) quanto no sucesso escolar (de -0,94 para -1,08).

Os escores são sempre comparados com a média das 40 nações. Então não é possível determinar ao certo se a piora do indicador do Brasil se deve a uma queda no desempenho dos alunos brasileiros, ou se houve uma melhora na média mundial.

Mais professores de ciência e matemática

“Países em desenvolvimento ocupam a metade inferior do ranking, com a Indonésia novamente aparecendo em último lugar entre as 40 nações analisadas, precedida por México e Brasil”, diz o relatório produzido junto com o ranking (“A Curva de Aprendizagem”).”É preciso questionar a habilidade dos sistemas educacionais destes países de suportar índices altos de crescimento econômico no longo prazo.”

Um dos capítulos do relatório discute “lições a serem aprendidas por países em desenvolvimento” e conta com contribuições de Maria Helena Guimarães de Castro, diretora da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), um centro de pesquisas do governo do Estado de São Paulo.

Castro é citada no relatório dizendo que o Brasil precisa de um aumento de 30% no número de professores de ciência e matemática para aliviar as pressões sob o contingente atual – que está sobrecarregado e carece de treinamento.

“Nós não temos professores porque essa carreira não é atraente. Isso é um problema que não será resolvido a não se que o governo e os governantes decidam mudar isso”, diz a diretora do Seade, no documento da Pearson e EIU.

Ásia em alta

No topo do ranking, a novidade desta edição é a queda dos países escandinavos e a ascensão de asiáticos.

A Finlândia, que liderava a edição de 2012, viu seu escore piorar de 1,26 para 0,92 – caindo quatro posições e sendo ultrapassada por Coreia do Sul, Japão, Cingapura e Hong Kong. O relatório afirma que países escandinavos, como Suécia e Finlândia, têm visto nos últimos anos as notas de seus alunos piorarem nos testes internacionais.

A Coreia do Sul é o país com a melhor média em relação às 40 nações. Um dos destaques positivos do ranking foi a Rússia, cujos alunos melhoraram suas notas nas avaliações. Com isso, a Rússia subiu sete posições, de 20° para 13°.

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Quinta-feira amanhece com poucas nuvens no céu e dia será ensolarado

08/05/2014 at 10:22 (*Liberdade e Diversidade)

08/05/2014

Aliny Mary Dias

Dia ensolarado em Campo Grande,MS 2

 Dia será ensolarado e quente na Capital (Foto: Marcos Ermínio)

Esta quinta-feira (8) amanheceu com céu praticamente sem nuvens, a temperatura, no entanto, é amena e a sensação térmica está em 18ºC em Campo Grande.

De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a máxima esperada para hoje não passa dos 28ºC e o sol deve predominar deixando o céu bastante claro. A nebulosidade pode aumentar durante a tarde, mas a chance de chover é inferior a 13%.

A umidade relativa do ar oscila entre 85% e 76% na Capital e as rajadas de vento serão fracas e não passam dos 9 quilômetros por hora. Para os próximos dias a previsão não aponta chuva, mas o sábado deve ter mínimas de 19ºC.

Estado – No norte de Mato Grosso do Sul como em São Gabriel do Oeste, o dia deve permanecer parcialmente nublado e as máximas não passam dos 29ºC. Em Sete Quedas, no sul, há possibilidade de chover hoje e os termômetros não passam dos 27ºC.

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