Oswald, pré-modernista: por “pintura nacional” (Leitura da noite)

30/04/2014 at 22:08 (*Liberdade e Diversidade)

26/04/2014

Por Redação

Oswald II

O derrubador brasileiro

Em 1915, Oswald apontava Almeida Júnior – que pintou tipos e paisagens brasileiras distanciando-se das idealizações românticas – como exemplo a considerar

Oswald - selo

 Anos antes do Manifesto Pau-Brasil, escritor já zomba de artistas que “tomam-se de pavor diante da nossa natureza tropical e virgem”

Por Oswald de Andrade | Imagem: Almeida Júnior, O derrubador brasileiro (1879)

Estamos em 1915. Mário da Silva Brito, certamente um dos mais sensíveis historiadores da experiência cultural do modernismo, nos informa o seguinte: naquele mesmo ano, as “palavras ‘futurismo’, “futurista’, de grande circulação pelo mundo, já assinalavam sua presença no Brasil”.1

E é Oswald de Andrade, ainda em 1912, o “primeiro importador do ‘futurismo’, de que tivera notícia no Velho Mundo”,2 por conta de sua primeira viagem à Europa. 

Mas, cuidado. Conforme podemos observar no texto que se irá ler, Oswald nutria um forte desejo de “atualizar as letras nacionais”, sem, contudo, renegar o sentimento brasileiro.

Esses dados precisam ser observados mais de perto.

E tem mais coisa.

De fato, futurismo seria um conceito que os modernistas abririam mão. Mas isso seria bem mais tarde.

Naquele ano de 1915, no “conservador jornal O Estado de São Paulo”, um colaborador italiano, Ernesto Bertarelli, “analisando as ‘Lições Futuristas’”, afirmaria que se estava em face de um “movimento lógico e benéfico”.

Ora, em se tratando de transformação cultural, as coisas não soam tão simples.

Nesse sentido, importa registrar que, curiosamente, esse mesmo jornal, dois anos depois, em 1917, servirá como um dos palcos de uma polêmica envolvendo Monteiro Lobato e a pintora Anita Malfatti. Nela o escritor afirma de modo contundente, por vezes agressivo, o seu profundo desprezo pelas vanguardas e pela obra da artista.

A resposta não tardaria. Em menos de um mês, num outro veículo, Jornal do Comércio, Oswald de Andrade se pronunciaria favoravelmente ao trabalho da artista. 

Por esse nosso lado, vale a pena saber que, ainda em 1915, Oswald de Andrade estará à frente do jornal O Pirralho.3

Segundo o nosso historiador, trata-se de uma “revista tumultuária e polêmica”.4

E será exatamente nessa publicação que Oswald irá desenhar a sua concepção de uma pintura nacional, colocando-se contrário a um academicismo colonizado e tacanho.

Vamos a ela. (Theotonio de Paiva)

Em prol de uma pintura nacional

Por Oswald de Andrade

Agita-se em São Paulo um movimento desusado de artistas pintores. São os nossos pensionistas do Estado que a guerra obrigou a deixar a vida pitoresca dos ateliers e dos quartiers, a despreocupada existência de estudantes ricos, a quem não falta socorro mensal do que faria a alegria e o consolo de duas famílias inteiras.

A gente os vê por aí, diferentes dos outros, alguns escandalosamente diferentes procurando recompor a decaída visão do artista cabeludo.

Esperam, sem dúvida, melhora de tempo financeiro, estiada na crise, para expor o que fizeram e mostrar que não perderam tempo.

Não seria de todo fora de hora conversar-se um bocadinho sobre a nossa pintura, sobre o pensionato que o Estado tem mantido e sobre os proveitos que podem dele derivar.

Creio que a questão da possibilidade de uma pintura nacional foi em São Paulo mesmo resolvida por Almeida Júnior5, que se pode muito bem adotar como precursor, encaminhador e modelo.

Os seus quadros, se bem que não tragam a marca duma personalidade genial, estupenda, fora de crítica, são ainda o que podemos apresentar de mais nosso como exemplo de cultura aproveitada e arte ensaiada.

É assim que vemos nele posta em quadros que ficaram célebres a tendência do tipo nosso, em paisagem, em estudos isolados de figura ou composições históricas de grupos.

É natural, no entanto, que se desviem desse caminho os nossos moços, que cheios dum sonho confuso de Arte com maiúscula desembarcaram uma manhã numa gare rumorosa de Paris, para estudar por conta do governo.

Vêm a princípio as sugestões da vida ao redor, os passeios desconfiados para conhecer a cidade, todo o romance da escolha do atelier envidraçado, com porteiras patuscas e galantes meninas por personagens, enfim, a primeira crise romântica de se sentir artista, influindo muito a vastidão do quarto boêmio, o aparelho todo do métier e o cheiro de terebentina.

Depois inicia-se a vida de trabalho necessário para corresponder à confiança da mesada. Vêm então as primeiras camaradagens de quartier e de academia, a comovida escolha do primeiro modelo, a primeira pose… E segue-se todo um natural entusiasmo pela arte de lá, pelo meio de lá, pela vida de lá, pela paisagem de lá.

De modo tal que se dissolve quase geralmente o que podia haver de personalidade nossa no tipo.

E, quando nos volta ele, não raro de dégoûte da nossa pobre vida burguesa e financeira e do nosso pudor, cuja aparência de rispidez herda dos primeiros jesuítas coloniais.

Diante da paisagem o nosso homem choca-se então positivamente: – Oh! Isto não é paisagem! Que horror, olhe aquele maço de coqueiros quebrando a linha de conjunto!

Não percebe ele da paisagem senão a noção polida e calma. E porque se impressionou nas suas vilegiaturas pela França, onde o contato secular da terra com o homem fez tudo cultivado, reduzido à expressão complacente, ajardinado por assim dizer, ei-lo tomando-se de pavor diante da nossa natureza tropical e virgem que exprime luta, força desordenada e vitória contra o mirrado inseto que o quer possuir.

No entanto, daí quanta sugestão exuberante, violentamente emotiva, não poderia dar a temperamentos de escolha a chance de criar uma grande escola de pintura nacional.

Porque não nos faltam os mais variados modelos de cenário, os mais diversos tons de paleta, os mais expressivos tipos de vida trágica e opulenta do nosso vasto hinterland.

Que se convença eles, os nossos futuros pintores, de que não precisamos emprestar a vida própria a cada arte de país europeu para termos uma arte também.

Pelo contrário, esforço deve haver para que, depois dos anos de aprendizagem técnica que o governo lhes concede, eles se desembaracem das recordações de motivos picturais que tiveram, das sugestões de arte local que sofreram.

E, incorporados ao nosso meio, à nossa vida, é dever deles tirar dos recursos imensos do país, dos tesouros de cor, de luz, de bastidores que os circundam a arte nossa que se afirme, ao lado do nosso intenso trabalho material de construção de cidades e desbravamento de terras, uma manifestação superior de nacionalidade.

[Publicado na seção “Lanterna Mágica”  de “O Pirralho”, 2/1/1915]

1 Brito, Mario da Silva. “A Revolução Modernista”. In: Coutinho, Afrânio (direção); Coutinho, Eduardo (co-direção). A literatura no Brasil. 7ª. ed., v. 5, São Paulo: Global, 2004, p. 5.

2 Idem, p. 4.

3 “Foi o semanário paulista O pirralho, que fundei e dirigi sob a égide financeira de meu pai. Mamãe, com sua imaginação amazônica, pôs lenha na fogueira. Tendo um caricaturista de primeira ordem, Voltolino, e ligando-me a um grupo de literatos lancei o semanário com êxito. O pirralho teve sua redação à Rua 15 de Novembro, 50-B, sobrado. Era uma simples sala ao fundo de um corredor, para onde minha mãe fizera transferir uma escrivaninha, um sofá e parte das cadeiras de casa. Em torno do Pirralho, juntou-se uma súcia de poetas, escritores e jornalistas improvisados…” Andrade, Oswald. Um homem sem profissão. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976, p. 53.

4 Brito, 2004, p. 5.

5 José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1889) foi aluno da Academia Imperial de Belas-Artes, discípulo de Vítor Meireles e bolsista do imperador em Paris.

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Roberto Carlos come carne em lançamento de livro com a presença de Luan Santana

30/04/2014 at 16:27 (*Liberdade e Diversidade)

QUARTA-FEIRA 30 ABRIL 2014

Pure People

Roberto Carlos come carne

Roberto Carlos comendo carne Friboi

Roberto Carlos decidiu colocar um fim na polêmica sobre comer ou não carne vermelha. Durante o lançamento de sua biografia oficial autorizada, em São Paulo, nesta terça-feira (29), o cantor comeu o alimento, que era servido por garçons do evento. O rei se tornou alvo das críticas dos internautas após afirmar no comercial da Friboi que havia voltado a comer o alimento.

Luan Santana e Roberto Carlos

Roberto Carlos e Luan Santana

Roberto Carlos foi ao evento por volta das 21h50, vestindo seu traje tradicional: calça e camisa azuis, sapatos e paletó brancos. O lançamento do livro “Roberto Carlos”, editado pela Toriba, reuniu muitos famosos, entre eles Luan Santana, que foi acompanhado da irmã, Bruna. O sertanejo abraçou o rei e posou ao lado de Roberta Miranda. No Instagram, ele falou sobre o momento: “Difícil explicar a sensação! Sou fã desse cara. Deus muito justo, você merece tudo de melhor, Roberto!”.

O rei ainda recebeu antigos amigos, como a cantora Wanderléa e o ex-piloto de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi, que foi com a mulher Rossana. Astrid Fontenelle, Tom Cavalcante, Lívia Andrade e Marcos Frota. Roberto Carlos subiu ao palco para um pocket show e cantou seus grandes sucessos, sempre acompanhado do pianista e maestro Eduardo Lage. Padre Antônio Maria, antigo amigo do cantor, esteve presente no evento e abençoou a biografia.

A edição de “Roberto Carlos” é limitada, com três mil exemplares, custando R$ 4,5 mil cada. A biografia, que demorou cinco anos para ser concluída, será distribuída em lotes de 500 unidades. A impressão foi realizada na Itália, com direito a papel e acabamento luxuosos.

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Moradores flagram máquinas retirando cascalho da cabeceira de ilhas em MS

30/04/2014 at 15:41 (*Liberdade e Diversidade)

30/04/2014

Correio do Estado / Da Redação

A ação, que vem sendo feita há pelo menos dois meses, é proibida por legislação ambiental

Rio Dourado (abaixo) que está sendo alvo de crime ambiental

Rio Dourado

Rio Dourado,Fátima do Sul

Moradores de Fátima do Sul (MS) flagraram dragas (embarcações para desassoreamento dos leitos dos rios) retirando cascalho da cabeceira de ilhas do Rio Dourado. A ação, proibida por legislação ambiental, ameaça o meio ambiente.

As ilhas estão situadas a 15 quilômetros da sede do município. O caso já teria sido denunciado às autoridades, mas nenhuma providência foi tomada. 

Segundo moradores, as máquinas trabalham toda semana na região. A ação vem sendo feita há pelo menos dois meses. (veja o vídeo abaixo):

http://youtu.be/LAfulz6QIY8

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Partido de extrema-direita lidera pesquisa no Reino Unido

30/04/2014 at 13:23 (*Liberdade e Diversidade)

29/04/2014

Marcelo Justo / Carta Maior

O anti-Europa, homófobo e racista UKIP tem hoje uma intenção de voto de 31%, 3 pontos acima dos trabalhistas e 12 acima dos conservadores.

Líder da UKIPLondres – No Reino Unido, a banana que jogaram no lateral do Barcelona, Daniel Alves, na partida entre o Villarreal e o Barcelona no domingo, poderia ter sido lançada por um dos candidatos do partido que lidera as pesquisas para as eleições europeias de 22 de maio. O anti-Europa, homófobo e racista UKIP (UK Independence Party) tem hoje uma intenção de voto de 31%, três pontos acima dos trabalhistas e doze pontos acima dos conservadores.
 
William Henwood, candidato do partido a conselheiro do norte de Londres, produziu a última joia do UKIP ao dizer que se o humorista negro britânico Lenny Henry “quer encher este país de negros, seria melhor que fosse viver em um país de negros”, fazendo referência ao fato de que o ator se queixou da escassa representação que as minorias têm na indústria televisiva britânica.

O UKIP parece se alimentar desse tipo de manifestação tanto em nível individual como na política partidária oficial. Na semana passada, o partido lançou uma campanha, no contexto da disputa eleitoral europeia, com uma mensagem apocalíptica: “26 milhões de europeus buscam trabalho. Que postos você acha que estão buscando?”. Para não ficar dúvida sobre a resposta um dedo gigantesco apontava para o destinatário da mensagem: o eleitorado britânico. Alguns dias antes, ganharam repercussão as tuitadas de um de seus membros, Andre Lampitt, que não fez rodeios quanto ao suposto inimigo responsável pelos males que atingem os britânicos. “Os muçulmanos são animais, sua fé é asquerosa e o profeta é um pedófilo”, disse Lampitt.

Essas ofensas provocaram condenações dos políticos dos principais partidos e uma onda de hashtags no Twitter, mas não modificaram em nada a intenção de voto dos britânicos. Uma pesquisa divulgada domingo pelo Sunday Times deu cômodos 31% para o UKIP, seguido pela oposição trabalhista com 28% e, em terceiro lugar, o principal partido da coalizão governamental, os conservadores, com 19%, enquanto seus aliados no governo, os social democratas, ficaram em um melancólico quarto lugar com 9%.

Ukip - Reino Unido

Em uma entrevista ao The Guardian, o líder do UKIP, Nigek Farage, disse que, em quatro semanas, seu partido “produziria a revolução máxima da história política britânica” e justificou a linha partidária em temas de imigração. No ano passado, o UKIP publicou um panfleto advertindo que no dia 1º de janeiro, quando Bulgária e Romênia se converteram em membros plenos da União Europeia, “se abririam as portas para 29 milhões de búlgaros e romenos”. Dado que a população total de ambos os países é, na verdade, de 27 milhões, e que ainda há pessoas hoje caminhando pelas ruas de Sofia e Bucareste, o Guardian perguntou se ele se arrependia por essa previsão. “Nem um pouco. Por duas razões. Primeiro porque não sabemos ainda as cifras reais. Segundo porque houve 28 mil prisões de romenos nos últimos cinco anos. Não queremos que essa gente venha viver no Reino Unido”, disse Farage.

A mensagem ignora todo apelo à lógica e aos fatos, supostas características dos britânicos, mas tem um êxito fenomenal. O UKIP obteve 2,3% nas eleições nacionais de 2005, 16,5% nas europeias de 2009 e 22% nas eleições municipais do ano passado. Se for confirmada a tendência atual, seria a primeira vez em mais de um século que o vencedor de uma eleição britânica não seria conservador nem trabalhista.

Um professor de política da Universidade de Nottingham, no norte da Inglaterra, Matthew Goddwin, sugere que a diferença pode ser ainda maior e terá profundas consequências na política britânica. “Nas pesquisas estamos vendo o mesmo fenômeno que vimos nas eleições de 2009, quando o UKIP teve um grande crescimento nas últimas semanas. Uma lição destes últimos anos é que condenar e ridicularizar o UKIP não serviu de nada. Se terminarem em segundo nestas eleições, o primeiro ministro David Cameron estará com um sério problema. Se terminarem em primeiro será um golpe para toda a classe política, incluindo os trabalhistas”, resumiu Goodwin.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

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MPE abre inquérito para apurar suposta improbidade administrativa de vereador da Capital

30/04/2014 at 11:24 (*Liberdade e Diversidade)

30/04/2014

Evelin Araujo/ Midiamax News

Transparência

Eliseu dionísio

O MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) converteu o procedimento preparatório em inquérito civil n° 069/2013 a investigação sobre suposto ato de improbidade administrativa que teria sido cometido pelo vereador Elizeu Dionízio (SDD). A publicação foi feita no Diário Oficial do órgão desta quarta-feira (30).

As investigações são conduzidas pelo promotor Henrique Franco Cândia, da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Comarca de Campo Grande.

A intenção do MPE-MS é apurar eventual ato de improbidade administrativa praticado, em tese, pelo vereador Elizeu Dionízio Souza da Silva, uma vez que ele seria sócio proprietário da Empresa Editora Neteser Ltda.-ME, prestadora de serviços a Órgão Públicos, contrariando a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande.

A polêmica sobre a empresa surgiu no segundo semestre de 2013, quando surgiram documentos que mostrariam que a Câmara de Campo Grande teria pago pouco mais de R$ 3 mil em anúncios para uma revista que seria que propriedade do vereador.

O vínculo, entretanto, foi questionado, já que o vereador teria declarado que a empresa seria de sua posse desde sua candidatura registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas não teria vínculo direto com a Câmara, já que prestava serviços para a agência de publicidade com a qual a Câmara tem contrato.

O artigo 27 da LOA (Lei Orgânica Municipal), dispõe que os vereadores não podem desde a posse “ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada”, sob pena de perder o mandato. 

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*Comentário do Blog: Olha a ponta do Iceberg aí,gente! É só procurar que acha a origem do golpe contra Bernal…

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Outras Palavras promove feira de livros com Editora Annablume

30/04/2014 at 10:24 (*Liberdade e Diversidade)

Publicado em 29 de abril de 2014

Por Marília Arantes / Blog da Redação

Livros

Em maio, apoiadores do site terão descontos de até 60% e ganharão livro de André Gorz. Para todos os leitores, haverá redução de 30% no preço de vinte obras

Uma parceria entre Outras Palavras e a Editora Annablume voltará a sondar, a partir de maio, as possibilidades de sustentar o jornalismo não-mercantil de profundidade por meio da contribuição voluntária dos leitores. A iniciativa é parte do projeto Outros Quinhentos, por meio do qual o site busca sustentação autônoma.

Durante dois meses, Outras Palavras oferecerá vinte livros da Annablume – selecionados por sua identidade com os temas abordados no site – com descontos de 30%. A editora nada pagará pela publicidade. Mas, além da redução geral de preços, oferecerá, a quem contribui com Outros Quinhentosabatimentos que só são possíveis feiras sazonais.

Quem contribui com ao menos R$ 12 ao mês (ou R$ 120 ao ano) terá desconto de 40% nos livros. A redução subirá para 50% e 60%, para quem apoia Outras Palavras com R$ 25 ou R$ 60. Todos os membros de Outros Quinhentos poderão receber, gratuitamente, Ecológica, de André Gorz. A obra será remetida aos primeiros 100 participantes do programa que fizerem compras acima de R$ 100, ou para quem se associar ao longo da promoção e realizar sua primeira compra.

Filósofo e jornalista, Gorz esteve à frente da formação da Nova Esquerda, (New Left), nos anos setenta. Pioneiro, em Ecologia e Política, de 1975, ele uniu na filosofia o marxismo à questão ambiental, colocando o valor como noção chave, para além do universo economicista fragmentário. Em Ecológica, último livro escrito pelo autor, falecido em 2008, ele critica sobretudo o opulento modelo de consumo das sociedades contemporâneas.

Entre os títulos disponíveis, na parceria, estão:

A Produção Capitalista do Espaço, do singular geógrafo David Harvey,

Marx Selvagemde Jean Tible;

> Sociologia do Esporte e o Processo Civilizatório, de Eric Dunning e Norbert Elias,

Conflitos e Cooperação pela Água na América Latina, organizado por Wagner Costa Ribeiro, da Universidade de São Paulo; 

>O Desejo da Nação, de Richard Miskolci; 

> Lampião, o homem que amava as mulheres, de Daniel Lins, e muitos outros [Confira aqui a lista].

Ainda no mês Annablume, o Outras Palavras participará do lançamento do livro Por que Renda Básica?, de Josué Pereira da Silva, professor de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. Para o autor de Três discursos, uma sentença: tempo e trabalho em São Paulo (1906 – 1932) e André Gorz: trabalho e política, a renda básica é uma das poucas, se não a única, bandeira de luta que pode ser adotada por todos os movimentos sociais sem os dividir. Portanto, pode ser uma demanda, bandeira comum, ao projeto democrático e ecologicamente defensável, de transformação social. No lançamento, Josué Pereira dialogará com economistas e cientistas sociais. Em breve, mais informações a respeito.

A feira de livros Annablume começa na primeira semana de maio. 

Outras Palavras pretende multiplicar, por meio do projeto Outros Quinhentos, parcerias com produtores culturais e da Economia Solidária. O site oferece espaço publicitário qualificado: são cerca de 10 mil leitores por dia, muito interessados em Cultura, Política, Comportamento, Globalização, Alternativas e Pós-capitalismo.

Os anunciantes selecionados por Outros Quinhentos para parcerias não precisam pagar monetariamente pelo espaço publicitário. Podem optar por pagamento em produtos e serviços, que são compartilhados com quem contribui para sustentar o site. Para conhecer melhor o programa, basta escrever para marilia@outraspalavras.net, ou telefonar para (11) 3449.3747.

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Festival América do Sul começa hoje em Corumbá,MS

30/04/2014 at 09:34 (*Liberdade e Diversidade)

Festival América do Sul - Corumbá-MS

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Chance de 2º turno aumenta em 2014

30/04/2014 at 09:08 (*Liberdade e Diversidade)

PESQUISA CNT/MDA / Brasília-DF

A Tribuna (MT)

Presidenciaveis

Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos: corrida presidencial caminha para um segundo turno

A presidente Dilma Rousseff perdeu seis pontos porcentuais nas intenções de voto para presidente entre fevereiro e abril, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), realizada em parceria com a MDA e divulgada ontem, 29. É o terceiro levantamento que mostra queda da petista. A pesquisa também aponta uma maior chance de realização de segundo turno em outubro.

No cenário que mede a intenção de voto estimulada (os nomes são apresentados aos entrevistados) apenas com os três principais nomes da disputa, a presidente aparece com 37% da preferência do eleitorado, abaixo dos 43,7% obtidos em fevereiro. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), tem 21,6% das intenções de voto, frente a 17% no início deste ano. O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), soma 11,8%, variação positiva de pouco menos de dois pontos porcentuais em relação a fevereiro, portanto, dentro da margem de erro do levantamento. Brancos e nulos chegam em 20% e o porcentual dos que não sabem ou não responderam atingiu a 9,6%.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas, entre os dias 21 e 25 de abril. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00086-2014.

De acordo com a CNT, os resultados mostram crescimento de Aécio e de Campos, que passam a “capitalizar votos que a presidente Dilma vem perdendo”. Para a confederação, isso aumenta a possibilidade de um segundo turno nas eleições presidenciais deste ano.

O levantamento CNT/MDA também testou cenários com os chamados candidatos nanicos. Quando entram na disputa José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL), Dilma soma 36,5% das intenções de voto, frente a 21,5% de Aécio e 11,2% de Campos. Os dois oposicionistas e os nanicos somam 34,1%. Essa diferença de 2,4 pontos é praticamente igual à margem de erro da pesquisa.

Num outro cenário testado, em que figuram como candidatos Magno Malta (PR) e Pastor Everaldo (PSC), Dilma aparece com 36,4% das intenções de voto, seguida por Aécio (21,2%) e Campos (11,1%). Malta soma 0,6% das intenções de voto e Everaldo, 0,4%. Nesse caso, a vantagem da presidente em relação à soma dos adversários, 34,4%, cai para 2 pontos.

SEGUNDO TURNO

Segundo a pesquisa divulgada ontem, Dilma venceria Aécio e Campos em um eventual segundo turno, caso as eleições fossem hoje. No entanto, a margem de vantagem da petista em relação a seus principais adversários diminuiu em comparação com fevereiro.

Na atual edição do levantamento, a presidente chega a 39,2% das intenções de voto num segundo turno contra Aécio, que tem 29,3%. Em fevereiro, o resultado era 46,6% contra 23,4%. O mesmo se observa quando o cenário medido para o segundo turno é entre Dilma e Campos. A presidente tem 41,3% das intenções de voto, contra 24% do ex-governador. Em fevereiro, Dilma batia Campos por 48,6% a 18%.

A pesquisa CNT/MDA também avaliou uma eventual disputa entre Aécio e Campos no segundo turno. Nesse quadro, o tucano surge com 31,3% das intenções de voto e Campos, com 20,1%. Em fevereiro, o confronto entre os dois principais nomes da oposição no segundo turno tinha 31,6% das intenções de voto para Aécio e 16,9% para o ex-governador de Pernambuco.

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Outros Traços: Leve

29/04/2014 at 23:53 (*Liberdade e Diversidade)

Publicado em 29 de abril de 2014 por Outros Traços

De Felipe Portugal, na zine Batalha Naval

Blog da Redação

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Felipe Portugal faz quadrinhos introspectivos e divagantes. As cores fortes de alguns, como este, contrastam com a delicadeza do traço e do tema. Também é possível ver seus quadrinhos no tumblr Bolovo Brothers e na página do facebook Dadaísmo em Quadrinhos. Veja a história completa.

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Comunidade prejudicada por mineradoras vai construir próprio sistema de abastecimento de água em Corumbá

29/04/2014 at 17:36 (*Liberdade e Diversidade, Camila Emboava) (, , , , , )

29/04/2014

Site do MPF/MS

Representantes da Comunidade Tradicional de Antônio Maria Coelho, em Corumbá, pantanal de MS, vão construir por conta própria um sistema de abastecimento de água para as famílias do local. A decisão foi anunciada em reunião no Ministério Público Federal no município.

A comunidade denuncia, além da ausência de abastecimento regular, a péssima qualidade da água servida por carros-pipa, contratados pela empresa Vale, que é armazenada em reservatórios inadequados. Segundo relatos, com o início da mineração alguns córregos na Morraria do Urucum já secaram, a vazão de outros foi reduzida e a qualidade da água está prejudicada.

Por conta da situação, a comunidade buscou uma alternativa e arcará com todos os custos da obra, sem ajuda financeira das mineradoras. Ministério Público Federal, Embrapa-Pantanal, Fundação do Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Obras vão apoiar a iniciativa. Para materializar o projeto é necessária a autorização de alguns proprietários de imóveis da região, já que o encanamento passa por propriedades particulares.

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Belo Monte do Pantanal

O Maciço do Urucum, localizado em Corumbá, possui a maior reserva do país de manganês e a terceira maior reserva de ferro. A exploração de minério é realizada por grandes empresas como Vale, Vétria e Urucum Mineração. A Vétria pretende ampliar suas instalações, com investimento de R$ 11,5 bilhões, para produzir 27,5 milhões de toneladas de ferro por ano. O empreendimento envolve uma jazida de ferro em Corumbá (MS), ferrovia da ALL e um terminal portuário em Santos. Já a Vale quer expandir suas atividades em 138,6% – o que aumentaria a retirada de minério de ferro de 4,4 milhões de toneladas por ano para 10,5 milhões. Os projetos estão na fase de licenciamento ambiental.

O MPF acompanha todos os impactos relacionados à atividade, com ênfase, neste momento, nas condicionantes ambientais que deverão ser negociadas com os órgão de defesa do meio ambiente. Os moradores da comunidade Antônio Maria Coelho, diretamente afetados pela atividade, destacaram a falta de água como fator crítico no local.

A comunidade enfatizou, ainda, que a falta de canalização da água faz com que médicos e enfermeiros sejam obrigados a trazer garrafas de água de suas casas para atender a população no posto de saúde local. Apesar das dificuldades, todos reconheceram a importância da mineração para a geração de emprego e renda, mas deixaram clara a insatisfação com ausência de políticas públicas.

Para o MPF, é necessário que o novo licenciamento ambiental preveja compensações que minimizem não só os danos ao meio ambiente, mas também aqueles sofridos pela comunidade. “O objetivo é proporcionar aos moradores que vivem perto das usinas uma melhor qualidade de vida”.

A Vétria anunciou que vai destinar 0,4% do investimento total (de R$ 11,5 bilhões) para compensações ambientais. Na usina de Belo Monte (PA), 13% do investimento total (de R$ 30 bilhões) foram aplicados em condicionantes ambientais.

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