Para relacionar Copas do Mundo, Cultura e História

30/06/2014 at 18:28 (*Liberdade e Diversidade) (, , , )

Selo húngaro de 1966 homenageou Copa de 1934

Selo húngaro de 1966 homenageou Copa de 1934

História do esporte, participação do Brasil nos mundiais, personagens e literatura sobre futebol. Cinco exposições virtuais propõem nova abordagem sobre grande jogo

Por Marília Arantes, blog Outras Palavras (publicado originalmente no site Porvir)

Desde 12 de junho, corações e mentes do mundo inteiro estarão focados nos gramados brasileiros. Embora a Copa do Mundo também seja um período de férias escolares, é possível aproveitar a mobilização em torno do maior evento mundial sobre futebol para aprender sobre as relações do esporte com a história e cultura dos povos. O Porvir indica algumas mostras virtuais afinadas com o tema. Veja:

1 – Futebol no Brasil: das origens à popularização

Pela história do futebol é possível também aprender a história das culturas de muitos países. Atentos à oportunidade, a equipe do Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público do Estado de São Paulo lançou uma exposição com rica documentação e pesquisa iconográfica, expostas em oito salas virtuais. Uma delas dedica-se totalmente à Copa de 1950, realizada no Brasil. O material ainda inclui propostas de atividades pedagógicas para trabalhar a temática em sala de aula.

2 — Drama e Euforia

A exposição do Arquivo Nacional do Brasil apresenta ampla galeria virtual com foco na participação do Brasil nos mundiais de 1950 a 1970. Entre os documentos estão imagens de jogadores em campo, em treino, lazer, de apoio e comemoração das torcidas, além de uma homenagem a Pelé e Mané Garrincha. A mostra aborda a inserção do futebol na imprensa e na “crônica” brasileira.

3 – Museu do Futebol

O museu localizado em São Paulo disponibilizou parte de seu acervo digital para o Google Cultural Institute. Na coleção, há três miniexposições. Vale muito visitar uma dedicada a Mário Américo,  o massagista da Seleção por 38 anos. Mário passou pelas Copas de 1950 a 1970, serviu ao Vasco e ao Fluminense, era amigo pessoal de Garrincha e conviveu com a nata do futebol brasileiro. A exposição foi realizada com apoio do Centro de Referência do Futebol Brasileiro e a colaboração do filho de Mario Américo, que contribuiu com fotografias pessoais.

4 – Google Cultural Institute

Na mesma plataforma usada pelo Museu do Futebol, o Google Cultural Institute, o acervo da revista norte-americana Time traz mais de 20.000 imagens interessantes sobre futebol, registradas por fotógrafos bem sucedidos em coberturas esportivas.

Recursos do site do Museu Nacional do Futebol da Grã-Bretanha também estão disponíveis no mesmo ambiente. Por exemplo, a exposição virtual A History of the World Cup in 24 objects (A história da Copa do Mundo em 24 objetos, em livre tradução), que divide-se em duas partes (1872-1970) e (1970-2014) e foi criada pelos especialistas David GoldBLatt e Jean Williams, do Centro Internacional para a história do Esporte e da Cultura da Universidade de Montfort, em Leicester, utiliza objetos do museu para contar a evolução do mundial e como ele se tornou um megaevento.

Entre vídeos da coleção do museu britânico está o The Homes of Football (As Casas do Futebol), de Stuart Roy Clarke. Nele, o fotógrafo traça as transformações acompanhadas pelo público esportivo na Grã-bretanha, ao longo do século 20.

Um extenso arquivo digital também reúne o material do documentário da BBC Kicking and Screaming (Chutando e Gritando), de 1994, sobre a história do jogo na Inglaterra.

5 – Fútbol – The Beautiful Game

Diversas exposições em homenagem à Copa do Mundo acontecem em museus pelo mundo afora. Embora sejam presenciais, vale checar algumas apresentações das mostras nos sites. Em cartaz no período da Copa no Lacma (Los Angeles County Museum of Art), a mostra Fútbol The Beautiful Game apresenta boas discussões estéticas, como a que aparece na entrevista de Franklin Sirmans, no blog do Lacma.

6 – Football in Russia

Embora ofereça pouco conteúdo,  o site “Football in Russia” traz informações curiosas sobre a cultura do esporte no país, como por exemplo a ligação do futebol com os jogos de azar.

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Papa afirma que comunistas são cristãos não assumidos

30/06/2014 at 18:20 (*Liberdade e Diversidade) (, , )

PAPA FRANCISCO

Pontífice defendeu que a pobreza está no centro do Evangelho; o comunismo teria se apropriado dessa bandeira no século XX

Reuters – publicado em Último Segundo IG

O papa Francisco, cujas críticas ao capitalismo desenfreado levaram alguns a rotulá-lo como marxista, disse em uma entrevista publicada neste domingo (29) que comunistas tinham roubado a bandeira do cristianismo.

O pontífice, de 77 anos, deu uma entrevista ao Il Messaggero, um jornal de Roma, para marcar a festa de São Pedro e São Paulo, um feriado na cidade.

Ele foi questionado sobre um post no blog da revista Economist que dizia que ele soava como um leninista quando criticou o capitalismo e pediu uma reforma econômica radical.

“Eu só posso dizer que os comunistas têm roubado a nossa bandeira. A bandeira dos pobres é cristã. A pobreza está no centro de o Evangelho”, disse ele, citando passagens bíblicas sobre a necessidade de ajudar os pobres, os doentes e os necessitados.

“Os comunistas dizem que tudo isso é comunismo. Claro, vinte séculos mais tarde. Então, quando eles falam, pode-se dizer: ‘mas então você é cristão'”, disse ele, rindo.

Desde sua eleição, em março de 2013, Francisco tem frequentemente atacado o sistema econômico global como sendo insensível aos pobres e não fazer o suficiente para compartilhar a riqueza com aqueles que mais precisam.

No início deste mês, ele criticou a riqueza feita a partir de especulação financeira como intolerável e disse que a especulação com commodities era um escândalo que comprometeu o acesso dos pobres aos alimentos.

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Hermanos Irmãos Trio faz show domingo no Som da Concha em Campo Grande

27/06/2014 at 18:24 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

hermanosElvio Lopes, O Progresso

O Hermanos Irmãos Trio, formado pelos músicos Jerry Espíndola, Márcio De Camillo e Rodrigo Teixeira, é a principal atração de domingo, no Som da Concha, no Parque das Nações Indígenas, que começa às 17h, e terá abertura do violonista Carlos Alfeu. O show do trio contará com a participação especial do percussionista Sandro Moreno e a entrada é franca.

O Hermanos Irmãos está lançando para o grande público seu segundo CD, que contou com a participação de músicos latino-americanos, gravado em Assunção, no Paraguai, e editado pela gravadora Kamikaze Records, estabelecida na capital do país vizinho. Além de Campo Grande, o novo CD do trio tem previsão para lançamento no Paraguai, Argentina e Peru, países de origem de alguns dos músicos que participaram da gravação.

Criado em 2010, quando gravou o primeiro CD ao vivo, esgotado, o trio tem realizado shows na Capital, no circuito universitário, apresentando a música popular sul-mato-grossense nos campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e interior do Estado, em algumas das oportunidades com participação de importantes nomes da música no Estado, como Tetê Espíndola, Paulo Simões, Geraldo Espíndola, Dino Rocha, Delinha, a dupla Bete & Betinha e a multi-instrumentista Lenilde Ramos.

Um dos momentos mais históricos do trio foi a participação no “MS Canta Brasil”, com a cantora Rita Lee, em que Jerry, Márcio e Rodrigo foram aplaudidos por cerca de 70 mil pessoas e ganharam reconhecimento pelo trabalho musical resgatado e apresentado ao público. Hermanos Irmãos também já se apresentou no Rio de Janeiro, no projeto “Música do Brasil Central” e participou com destaque no “Festival de Inverno” de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, e durante a gravação do CD na capital paraguaia.

Segundo Rodrigo Teixeira, antes de oficializar o trio, os três músicos já haviam realizado o show “Terceiras Intenções”, em 2005, quando apresentaram músicas autorais, que ficou na memória e reviveu com o novo encontro em 2010, onde passou a apresentar novas composições e reinterpretando, em versões pessoais dos três músicos, canções de consagrados compositores sul-mato-grossenses.

No repertório do Hermanos Irmãos Trio estão pérolas de Almir Sater, Paulo Simões, Geraldo Roca e Geraldo Espíndola e a reinvenção instrumental da música Violeiros, do saudoso amigo José Boaventura e Rubens de Aquino, balada gravada no LP “Prata da Casa” em 1982 e ganhou nova roupagem com a interpretação de Jerry, Márcio e Rodrigo.Os músicos, com suas composições, resgate de canções como “Violeiros” e de outros nomes da arte musical no Estado, dão continuidade à tradição da Moderna Música de Mato Grosso do Sul, conforme define Rodrigo Teixeira, que, além de compositor, músico e cantor, também é jornalista, escritor e pesquisador musical.

O novo trabalho que será apresentado domingo, no Som da Concha, demonstra o cuidado do trio em apresentar a influência sul-americana na música de Mato Grosso do Sul, a exemplo dos tradicionais chamamé, polcas e rasqueados, que são o atrativo popular nos bailes na Capital, interior e região de fronteira.

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Documento do vaticano afirma que gays e seus filhos não devem sofrer discriminação da Igreja

27/06/2014 at 18:19 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

vaticanoReuters (publicado no O Globo)

A Igreja Católica Romana tem de ser menos crítica com os homossexuais e, embora ainda se oponha ao casamento gay, deve receber os filhos de casais homossexuais na fé com igual dignidade, assinala um documento do Vaticano divulgado nesta quinta-feira.

O documento de 75 páginas, resultado de um trabalho para o sínodo de bispos católicos previsto para outubro, que discutirá questões da família, também diz que a Igreja com 1,2 bilhão de membros em de tornar-se menos exclusiva e mais humilde.

Conhecido pelo seu nome em latim “Instrumentum Laboris”, o documento ressalta a grande diferença entre os ensinamentos oficiais da Igreja sobre questões de moralidade sexual e sua aceitação e compreensão por parte dos fiéis no mundo todo.

O trabalho foi baseado nas respostas a um questionário de 39 perguntas enviado a dioceses em todo o mundo antes do sínodo. Pela primeira vez, em preparação para esse encontro, o Vaticano pediu aos bispos que compartilhem a pesquisa amplamente com os párocos e busquem os pontos de vista dos seus paroquianos.

A posição tradicional da Igreja sobre a homossexualidade levou a alguns casos de exclusão de filhos de homossexuais das atividades da Igreja.

Embora o novo documento não apresente nenhuma mudança imediata na condenação de atos homossexuais e na oposição da Igreja ao casamento gay e à adoção de crianças por gays, ele usa uma linguagem notavelmente menos crítica e mais compassiva do que declarações anteriores do Vaticano.

Segundo o texto, embora os bispos se oponham à “redefinição” do casamento por governos que permitem uniões do mesmo sexo, a Igreja tem que encontrar um equilíbrio entre os seus ensinamentos sobre a família tradicional “e uma atitude respeitosa, sem juízos de valor em relação às pessoas que vivem em tais uniões”.

Essa frase ecoa as famosas declarações do papa Francisco sobre homossexuais ao voltar do Brasil em julho passado: “Se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la”.

No passado, o Vaticano se referiu à homossexualidade como “intrinsecamente desordenada” e parte de “um mal moral intrínseco”.

A Igreja ensina que os atos homossexuais são pecaminosos, mas as tendências homossexuais não são.

O documento observa que alguns católicos que responderam ao questionário sentiram “um certo mal-estar diante do desafio de aceitar essas pessoas com espírito misericordioso e, ao mesmo tempo, manter a doutrina moral da Igreja …”

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Outros Traços: Realidade invertida

26/06/2014 at 20:30 (*Liberdade e Diversidade) (, , )

japa0De Tiger Tateishi

Blog da Redacao

Ora denso, ora engraçado, o artista japonês faz quadrinhos surrealistas nos quais a realidade se revela enigmática e profunda. Tateishi foi pintor e ilustrador, bastante influenciado pela pop art e começou a fazer quadrinhos nos anos 60. Morreu em 1998, no Japão, com apenas 50 anos.

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Sem consenso, produtores não fecham acordo e impasse por terras segue

26/06/2014 at 17:58 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

Lidiane Kober, Campo Grande News

Sem consenso, proprietários de 15 mil hectares reivindicados por indígenas da Reserva Buriti, em Sidrolândia, não fecharam acordo com o Governo Federal e o conflito por terras na região continua sem solução e data para acabar.

Advogado dos fazendeiros, Newley Amarilla explicou que os produtores rurais preferem esperar mais tempo para receber a fechar um acordo que não agrade ambas as partes.

Para receber o valor pela indenização das terras no ano que vem, o acordo, obrigatoriamente, precisaria ser selado até 30 de junho, último prazo para a União emitir precatórios no sentido de reembolsar os fazendeiros.

“Melhor fazer um acordo com calma do que fazer tudo na pressa, precisamos de mais tempo para fechar consenso”, frisou Newley. “Agora, só não vai ser possível receber o valor no ano que vem, mas isso não nos preocupa, porque o montante será corrigido monetariamente e acrescido de juros”, explicou.

A decisão, conforme o advogado, já foi comunicada ao Ministério da Justiça. Além disso, os produtores devem divulgar nota, detalhando a decisão.

“Infelizmente, não se logrou um acordo agora, confiamos que vamos chegar ao consenso, enquanto isso, os produtores não devem renunciar ao direito, concedido pela Justiça”, frisou Newley. “Vamos continuar negociando e o acordo pode sair a qualquer hora”, finalizou.

As negociações vão completar um ano em 31 de julho. De um lado, os produtores rurais não abrem mão dos R$ 124 milhões, embasados em laudo elaborado por uma empresa particular. O governo, por sua vez, se propõe a pagar R$ 80 milhões.

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Como Congresso pressiona o Marco Civil da Internet

26/06/2014 at 17:43 (*Liberdade e Diversidade) (, , )

Parlamentares tentam aprovar, sem debate público, lei que amedronta e ameaça internautas, ao criar pena absurda para calúnia contra políticos 

Por Ronaldo Lemos*, blog Outras Palavrasmarco civil

Publicado originalmente na Trip

Finda a mistura de êxtase e frustração gerada pela Copa, o país entrará direto no período eleitoral. Essa promete ser não apenas uma eleição disputadíssima, como também um momento em que o país terá de tomar decisões sobre o que fazer neste cenário de incertezas e desafios. Ao menos em uma área o Brasil deu passos na direção certa: a internet. A aprovação do Marco Civil deu um alívio ao menos temporário para uma questão central para o país, sobretudo para o período eleitoral: a liberdade de expressão (vale informar o leitor que estive envolvido com o projeto do Marco Civil desde a sua concepção).

O acerto do Marco Civil é visível especialmente quando comparado às leis que outros países estão adotando. A Rússia, por exemplo, adotou no mês passado a chamada Lei dos Blogueiros, que exige que qualquer dono de blog com mais de 3 mil visitas diárias cadastre-se no governo. De ativistas a sites de humor, passando por blogueiras de moda, todos precisam agora de registro para exercer suas atividades. O objetivo é equiparar as mídias sociais às mídias tradicionais. Todas as restrições impostas ao rádio e à TV passam a ser aplicadas também aos blogs. Por exemplo, fica proibido o uso de palavrões. E conteúdos considerados “ofensivos”, a critério do governo, podem ser removidos imediatamente. A consequência é que até o campeão de xadrez Garry Kasparov, hoje opositor do governo Putin, já foi censurado com base na nova lei.

Felizmente, no Brasil, o Marco Civil determina que cabe ao Judiciário – com sua estrutura de poder independente – decidir sobre a remoção de conteúdos, e não ao Executivo. Mas mesmo o Judiciário brasileiro vinha tomando decisões problemáticas, derivadas da total falta de regras para a internet antes do Marco Civil. A ministra Nancy Andrighi, pioneira e desbravadora da discussão sobre a internet nos nossos tribunais, clamava já em 2012 para que o Congresso adotasse regras para a rede que pudessem orientar os juízes em suas decisões.

O apelo faz sentido. Pouco tempo antes da adoção do Marco Civil, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou ao menos uma decisão fora da curva com relação à liberdade de expressão na internet. Em março deste ano, decidiu que as redes sociais tinham a obrigação de retirar do ar qualquer conteúdo “ofensivo” sem a necessidade de indicar sequer a página em que o conteúdo havia sido postado. Bastaria dizer que o conteúdo estava no ar e o próprio site teria de caçá-lo e removê-lo.

Calúnia eleitoral

Mas felizmente o Marco Civil trouxe regras diferentes para o caso, tornando esse tipo de decisão coisa do passado. A nova lei seguiu o padrão da maioria dos países democráticos (incluindo EUA e países da Europa) e, para a remoção de conteúdos “ofensivos”, passa a ser necessário no mínimo informar o endereço virtual onde se encontram, prevenindo assim a transformação dos provedores de serviço em “polícia” da rede.

Mas, como tudo que é bom dura pouco, as conquistas do Marco Civil já estão novamente sob ameaça. A Câmara aprovou em maio último um projeto de lei que modifica o Código Eleitoral para incluir o crime de denunciação caluniosa com fins eleitorais, com pena de oito anos de prisão. É claro que calúnia é crime e deve ser punida. Mas pena para a calúnia do tipo comum é limitada em dois anos de detenção. Estelionato gera pena de cinco anos. Já o novo crime, criado para proteger políticos, é punido com oito anos. Isso vai gerar um imenso desestímulo ao debate eleitoral nas redes sociais. E mostra que o sistema de valores e sobretudo o apreço pela liberdade de expressão andam desequilibrados em nosso país.

*Ronaldo Lemos, 37, é diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e fundador do site http://www.overmundo.com.br. Seu Twitter é @lemos_ronaldo

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Brasil fica em 49º em ranking de países ‘que fazem bem para o mundo’

26/06/2014 at 17:36 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

rioBBC Brasil

O Brasil é o 49º país que mais faz bem para o planeta, segundo um novo estudo que avalia a contribuição dos países para humanidade.

O Good Country Index (Índice do Bom País, em tradução livre), concebido pelo consultor britânico Simon Anholt, especialista em marketing de nações e autor de vários livros sobre o assunto, avalia 125 nações.

O índice tenta medir qual o impacto internacional de políticas e comportamentos dos países. Esta é a primeira edição do ranking (veja a lista completa em http://bbc.in/1laLTim).

A Irlanda ocupa o primeiro lugar no estudo, que analisa as atitudes dos países em sete categorias: ciência e tecnologia, cultura, paz e segurança internacional, ordem mundial, planeta e clima, prosperidade e igualdade e saúde.

O termo ‘bom’ é aplicado para se referir a nações que mais contribuem para o bem comum do planeta e o que tiram dele. Assim, ‘bom’ é o oposto de ‘egoísta’ e não de ‘ruim’, diz o estudo.

A Irlanda foi o mais bem avaliado no quesito prosperidade e igualdade – justamente o item em que o Brasil teve sua pior análise, ficando na 123ª posição.

O Brasil, no entanto, foi o quinto melhor avaliado no item planeta e clima.

No quesito ordem mundial, o país ficou na 37ª posição; cultura, em 49º; saúde, em 52º; ciência e tecnologia, em 75º; e paz e segurança internacional, em 83º.

Os dados utilizados dizem respeito principalmente a 2010.

Bons e nem tanto

Nove entre os dez primeiros colocados são países da Europa Ocidental.

Entre os países da América Latina, o mais bem classificado é a Costa Rica, que ocupa a 22ª colocação.

Chile (24º) e Guatemala (29º) são as outras nações latino-americanas entre os 30 países mais bem avaliados. Paraguai (54º) e Argentina (57º) ocupam posições inferiores à do Brasil.

Em último está a Líbia, que vive um conflito interno, atrás de Iraque, também sob instabilidade, e Vietnã.

Os Estados Unidos ocupam a 21ª posição, devido à baixa avaliação em relação aos itens paz e segurança internacional.

O país africano que mais contribui para o planeta é o Quênia, que ocupa o 26 º lugar – o único país do continente a entrar no top 30.

Categorias

A equipe justificou o índice dizendo que os “maiores desafios enfrentados pela humanidade atualmente não têm fronteiras” e que “a única maneira de combatê-los propriamente é através de esforços internacionais”.

O conceito de “bom país” tem como finalidade incentivar os habitantes e seus governos a olhar “para fora” e considerar as consequências internacionais de seu comportamento, diz o relatório.

Trinta e cinco dados foram analisados, entre eles, os índices de crescimento populacional, número de assinaturas de tratados da Organização das Nações Unidas e de refugiados hospedados, liberdade de imprensa e até ganhadores de Prêmio Nobel.

Sob o quesito paz e segurança mundial, por exemplo, foram comparados dados como soldados cedidos para missões de paz, contribuições com orçamentos de operações de paz, conflitos internacionais violentos, exportação de armas e segurança na internet.

Anholt passou os últimos dois anos compilando os dados de entidades como a ONU, o Banco Mundial e outras organizações internacionais e não-governamentais para produzir o estudo.

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Ministério Público Federal quer indenização de R$ 1,4 milhão por morte de indígenas em BR

26/06/2014 at 12:56 (*Liberdade e Diversidade, Hermano de Melo)

Recusa do Estado em instalar redutores de velocidade contribuiu para morte de índios

Correio do Estado – DA REDAÇÃO

25/06/2014
755326855Em 4 anos,8 criancas indigenas morreram na BR-463

O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul ajuizou ação civil pública contra o Governo do Estado e a Agência Estadual de Empreendimentos (AGESUL) para a adoção de medidas que aumentem a segurança da BR-463, no trecho entre Dourados e Ponta Porã, próximo ao acampamento indígena Curral do Arame – Tekoha Apika’y. Em 4 anos, 8 índios morreram atropelados no local, 5 deles da mesma família, sendo 3 em um período de apenas um ano.

A rodovia, estadualizada por Medida Provisória, está sob responsabilidade do governo de Mato Grosso do Sul há 12 anos. Em setembro de 2012, a AGESUL, questionada pelo MPF sobre o alto índice de atropelamentos no local, afirmou ser a rodovia “segura”, com sinalização suficiente, e se recusou a instalar qualquer sinalizador ou redutor de velocidade nos 5 km próximos à comunidade indígena.

Contudo, desde a negativa da agência em adotar medidas preventivas, outros 3 índios morreram atropelados, um deles de apenas 4 anos de idade. “Após a ciência inequívoca da situação de extremo risco, a AGESUL e o Estado de MS concorreram para mais 3 mortes; mortes que, sem dúvida, poderiam ter sido evitadas se os veículos trafegassem em velocidade compatível a lugares habitados”, lamenta o MPF.

Na ação ajuizada, o Ministério Público Federal pede – além da instalação de placas de sinalização, de sinalizadores de asfalto e de redutores de velocidade – mais de R$ 1,4 milhões de reais em danos materiais e danos morais coletivos, pela “omissão irresponsável” da Administração Pública em evitar novos acidentes.

A instituição requisitou também a instauração de inquérito policial para apurar eventual responsabilidade criminal do dirigente da AGESUL pelas mortes ocorridas.

“Com a ação, buscamos a responsabilização do estado e a adoção de medidas, mesmo paliativas, que evitem novas mortes e deem um mínimo de dignidade à comunidade Curral do Arame, que há mais de 10 anos vive na beira da estrada por simplesmente não ter escolha, não ter para onde ir”, enfatizou o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida.

Fina faixa de terra

A comunidade indígena Curral do Arame, denominada pelos guarani-kaiowá como “Tekoha Jukeri’y” ou “Tekoha Apika’y”, está localizada às margens da BR-463, no trecho entre Dourados e Ponta Porã. Segundo estudo antropológico, os índios da comunidade foram expulsos de suas terras tradicionais para a expansão da agricultura e da pecuária. Parte desta população foi recrutada para trabalhar em fazendas da região como mão de obra barata até que se tornaram “incompatíveis” com a produção.

Os índios resistiram em deixar suas terras, ocupando áreas de reserva legal de propriedades rurais, mas foram obrigados a fugir após a morte do patriarca da família, Hilário Cário de Souza, em 1999, atropelado por funcionário da fazenda que ocupava.

Desde então, os guarani passaram a viver na fina faixa de domínio da rodovia, em barracos improvisados, em frente à terra que reivindicam como tradicionais. Além das precárias condições estruturais, o acampamento indígena Curral do Arame já foi queimado duas vezes, a última em grande incêndio ocorrido na região em 2013.

Em mais de 10 anos de idas e vindas, retomadas e despejos compulsórios, a regularização da comunidade ainda não foi realizada. Apesar da existência de Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o MPF e a Funai para início do procedimento demarcatório, até o momento, sequer foi constituído Grupo Técnico para os estudos iniciais. “A inércia do Estado tem custado caro à comunidade, que, sem expectativa de regularização fundiária, vive em péssimas condições, arriscando o bem mais precioso de seus integrantes: a vida”.

Abaixo, confira pequeno documentário filmado pelo MPF/MS em 2013. No mesmo dia das filmagens, uma das crianças registradas morreu atropelada.

Veja v’ideo abaixo:

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Charge – Hannibal Suarez

25/06/2014 at 01:11 (*Liberdade e Diversidade) (, , , )

Hannibal Suarez

suarez

Charge publicada no blog Lance! Net.

Hoje (24), Suarez, craque uruguaio, mordeu um dos adversários em campo durante a partida contra a seleção da Itália. O Uruguai abocanhou a vitória e uma vaga nas oitavas.

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