Crise global: a alternativa chinesa e o que ela diz ao Brasil

30/09/2013 at 21:48 (*Liberdade e Diversidade)

Crise global: a alternativa da China e o que ela diz ao Brasil

30 de setembro de 2013

por Antonio Martins / Blog da Redação
Ao investir em infra-estrutura e serviços públicos, e estimular aumento expressivo dos salários, país sugere caminho oposto à “austeridade” europeia.

Trem chinês

Ao escrever, na semana passada, sobre o sistema chinês de trens de alta velocidade, a correspondente do New York Times, Keith Bradsher, não escondeu sua admiração. Apenas cinco anos depois de inaugurada, relatou, a rede já tem quase dez mil quilômetros. Serve mais de cem cidades. O número de passageiros transportados — 54 milhões por mês — já é duas vezes maior que o de usuários dos aviões.

As viagens são confortáveis, silenciosas, extremamente pontuais. O serviço atrai tanto executivos quanto operários. O preço das passagens não oscila ao sabor do mercado: políticas públicas definiram que elas deveriam custar, desde o início, no máximo metade das tarifas aéreas. Não sofreram reajustes, desde então. Como os salários industriais duplicaram, o serviço tornou-se cada vez mais popular. Os trens trafegam quase sem assentos vazios. Em Changsha, metrópole emergente no sudeste do país, de onde a repórter escreveu, a estação já tem 16 plataformas, e está sendo duplicada.

Keith não parecia preocupada com o debate de políticas macroeconômicas. Mas seu texto é uma excelente descrição das escolhas que têm permitido à China, há cinco anos, manter-se a salvo crise internacional e executar, de quebra, projetos estratégicos ousados. Vale examinar este movimento, por pelo menos dois motivos: a) ele contrasta com as políticas “de austeridade” que estão sendo adotadas em boa parte dos países ocidentais (especialmente na Europa), com consequências sociais desastrosas; b) ele demonstra que o Brasil não precisará adotar o caminho europeu, ao contrário do que sugerem, com frequência, os analistas conservadores.

O exame das opções adotadas pela China, após 2008, está presente num outro texto recente: uma análise dos últimos dados macroeconômicos do país, feita por Jim O’Neill, para a Agência Bloomberg. O’Neill é insuspeito de simpatias pelo regime chinês: trabalhou por quase vinte anos no megabanco de investimentos Goldman Sachs, chegando a ser seu economista-chefe (entre 2001 e 2011). Porém, arguto e pragmático, foi um dos primeiros economistas a perceber a importância das chamadas “economias emergentes”. Em 2001, cunhou o acrônimo BRICS.

No artigo da semana passada, ele ironiza: a China “vai desapontar os pessimistas novamente. […] A ‘aterrissagem forçada’ [de sua economia] ainda não aconteceu, e os indicadores recentes levam-me a duvidar (não pela primeira vez) de que venha a ocorrer. […] Desde que acompanho o país, inúmeros céticos têm previsto seu colapso. Talvez seja hora de vê-los com ceticismo…” Mas o que leva O’Neill a tais provocações?

Trem chinês - mapa de linhasA China, diz ele, realizou com grande êxito uma transição notável, a partir de 2008. O dinamismo de sua economia apoiava-se, até então, numa notável capacidade de exportação. Seu superávit externo equivalia a 10% de seu PIB. Esta vantagem, porém, poderia converter-se em catástrofe: a queda do consumo provocada pela crise, em todo o mundo, tendia a golpear as vendas externas chinesas, com grande impacto sobre produção e emprego. A saída foi uma importantíssima mudança de foco.

A China não deixou de exportar (e, inclusive, de melhorar o perfil de suas exportações, que se tornaram mais sofisticadas). Mas adotou duas medidas audaciosas. Primeiro, um gigantesco pacote de estímulo a obras de infra-estrutura e serviços públicos. Quase 600 bilhões de dólares foram destinados a esta finalidade — em contraste com a atitude da maior parte dos governos ocidentais, que se concentrou em salvar bancos falidos. A vasta rede de trens de alta velocidade é um dos resultados deste esforço. As obras de mobilidade foram complementadas pela construção de diversas redes de metrô, nas grandes metrópoles. A correspondente do New York Times nota que, hoje mais da metade das grandes máquinas de escavação de túneis para trens urbanos opera na China.

Em paralelo, houve estímulo ao aumento dos salários. Os chineses deveriam consumir o que antes era exportado, pensaram os planejadores. Em determinado período, esta visão evoluiu para uma atitude inesperada. Os dirigentes do Partido Comunista apoiaram discretamente, em meados de 2010, uma onda de greves operárias. O superávit externo caiu para 2% do PIB. Porém, salários mais altos e serviços de infra-estrutura de alta qualidade estão produzindo mudanças nítidas na qualidade de vida dos chineses, aponta Keith Bradsher. Em Changsha, ela entrevistou pessoas que quase não podiam visitar familiares, devido à longa duração da viagem. Com as novas linhas, alguns trajetos, que exigiam um dia antes dos trens, podem agora ser cumpridos em duas horas. É quase inevitável um paralelo com o Brasil, onde as distâncias também são continentais. Que efeitos sociais teria, num país de intensa migração interna, um transporte ferroviário eficiente que ligasse as capitais do Sudeste às do Nordeste?

Mas o caso chinês torna-se ainda mais relevante quando se examina o novo debate sobre a crise econômica, já em curso no Brasil. Entre a mídia e os partidos conservadores difundem-se, com intensidade crescente, as ideias de que o país viveu anos de “gastança” do Estado; e de que medidas “populistas” tornaram inevitável um “aperto de cintos”, após as eleições de 2014.

O exemplo asiático sugere que há espaço para formular uma proposta de sentido oposto. No esforço para reduzir desigualdades seculares, o Brasil precisa de um choque de investimento em serviços públicos e infra-estrutura. Significa transformar a qualidade das redes públicas de Educação, Saúde ou incentivo à Cultura; e multiplicar os investimentos em Mobilidade Urbana, Transportes de longa distância, Habitação, Urbanização das periferias, Saneamento, Despoluição de rios, Energias renováveis e limpas.

O cumprimento destas tarefas geraria uma mobilização nacional capaz de estimular outras transformações indispensáveis. Por exemplo, geração de ocupações qualificadas; ou estímulo a formas participativas de democracia — para que a decisão sobre os investimentos não fique limitada aos circuitos que unem empreiteiras e legislativos.

Este conjunto de ações exigiria mudar a agenda política nacional, radicalizando a “inclusão social” iniciada na última década e dando-lhe novo sentido. Não se trataria mais de “integrar” novos contingentes ao padrão de desenvolvimento atual; mas de questioná-lo e, em muitos casos, inverter seus rumos (por exemplo, o estímulo ao uso do automóvel). Requer enorme esforço — para imaginar as bases do novo projeto, as forças sociais que poderiam apoiá-lo, as equações políticas necessárias para torná-lo viável.

Mas é este, precisamente, o estímulo implícito na experiência recente da China. Ela demonstra que o debate brasileiro não precisa ficar restrito à opção entre manter as conquistas já alcançadas e retroceder aos tempos do neoliberalismo. É possível ousar um novo passo — e realizá-lo com êxito.

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Cratera em Araguainha-MT pode ser prova de maior extinção na Terra

30/09/2013 at 16:26 (*Liberdade e Diversidade) (, , , )

Cratera em Mato Grosso pode ser prova da maior extinção em massa no planeta Terra

30/09/2013

Terra/GA

Mato Grosso - araguainha - queda de meteorito

Cratera imensa em Araguainha – MT – queda de meteorito?

O impacto de um meteorito na região onde hoje fica o município de Araguainha, no interior do Estado de Mato Grosso, pode ter levado a uma sequência de eventos geológicos que teriam causado a maior extinção em massa da Terra.

Uma pesquisa científica internacional levantou uma nova hipótese para justificar a extinção até agora sem explicações. Esse desaparecimento definitivo de espécies aconteceu há 250 milhões de anos, entre o período Permiano (último período geológico da Era Paleozóica) e o Triássico (primeiro período da chamada Era Mesozóica), e é considerado o mais importante desde o surgimento da vida no planeta, há 541 milhões de anos.

O estudo teve início na década de 1990 com a participação de geólogos da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), da Universidade Estadual de São Paulo (Unicamp), da St. Andrews University, no Reino Unido, e da University of Western Australia.

Conforme os pesquisadores, a queda do meteorito em Araguainha não causou impacto suficiente para ameaçar a vida no planeta, já que formou uma cratera de “apenas” 40 quilômetros de diâmetro – relativamente pequena se comparada à cratera de 180 quilômetros de diâmetro no México, resultado da colisão de um asteroide com a Terra que teria levado ao desaparecimento dos dinossauros, há 65,5 milhões de anos.

Porém, outros fatores que se seguiram ao impacto do meteorito em Araguainha teriam ampliado seu efeito para todo o hemisfério sul da Pangeia (continente que existiu até há 200 milhões de anos e no qual todos os atuais continentes estavam unidos).

“Araguainha foi um impacto importante, embora não tenha tido uma magnitude tão grande quanto os outros impactos que você espera que possam levar à extinção diretamente. Mas a gente tem evidências de campo de que o evento de Araguainha gerou terremotos de grande magnitude ao longo da Bacia do Paraná”, esclarece Ricardo Trindade, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

Trindade aponta que o impacto do meteorito causou uma sequência de terremotos de magnitude até 9,9 na escala de Richter (na qual a magnitude máxima é 10), afetando um raio entre 700 e 3 mil quilômetros do lugar da queda. Os tremores de terra teriam partido as rochas da Formação Irati, que existe sob a Bacia do Paraná, ricas em metano e dióxido de carbono. Com a fratura, cerca de 1.600 gigatoneladas desses gases teriam sido liberadas na atmosfera da Terra, cinco vezes mais do que já foi liberado desde a Revolução Industrial.

“Nós encontramos feições geológicas na Bacia do Paraná inteira, desde lá do norte, perto de Goiás, até São Paulo, com os efeitos que caracterizam esses tremores. A África e o Brasil estavam juntos nessa época, então foi um evento que com certeza afetou as bacias dessas regiões”, explica Cristiano Lana, professor da Ufop.

Mesossauros

O efeito estufa repentino causado pela alta concentração de metano e dióxido de carbono na atmosfera teria ocorrido ao mesmo tempo que a erupção de diversos vulcões na Sibéria. Juntos, os dois eventos teriam levado à extinção de até 90% das espécies marinhas e 60% das terrestres. Plantas e répteis chamados de Mesossauro, os antepassados dos dinossauros, também morreram massivamente.

Os seres marinhos foram os mais afetados porque o carbono (CO2) dilui mais rapidamente nesse meio. Entre eles, estariam estrelas-do-mar, caramujos e répteis marinhos. Estima-se que 99% das espécies de plânctons também tenham desaparecido.

Novidade levanta questionamentos

Embora a cratera de Araguainha seja a maior da América do Sul e uma das 20 maiores do planeta, os pesquisadores não tinham ligado o evento à extinção de vida que aconteceu no fim do período Permiano. Isso porque a última datação, feita na década de 1990 pelos pesquisadores alemães Konrad Hammerschmidt e Wolf von Engelhardt, apontava 10 milhões de anos de diferença entre a queda do meteorito e o desaparecimento das espécies.

Mesossauros - distribuição deles na era ....

Foi somente depois de reavaliar a datação que os pesquisadores começaram a desconfiar de uma possível ligação entre os dois eventos: em 2012, o pesquisador Eric Tohver, da University of Australia, determinou com uma equipe que a cratera de Araguainha tinha 254,7 milhões de anos, com uma margem de erro de 2,5 milhões de anos tanto para cima como para baixo.

Por outro lado, os próprios autores do estudo reconhecem que, para ter certeza que os períodos coincidem, os métodos de análise ainda precisam ser refinados.

O geólogo Álvaro Penteado Crósta, professor da Universidade Estadual de Campinas, que pesquisa a cratera de Araguainha desde a década de 1970, discorda da nova teoria apresentada. “Não há evidências suficientes de que seria possível liberar uma enorme quantidade de [gás] metano a partir de sedimentos ricos em matéria orgânica em decorrência de eventos sísmicos”, afirma.

Segundo Crósta, é mais provável que a grande extinção tenha ocorrido em fases diferentes, que podem ter envolvido diversos fatores, como mudanças climáticas graduais, vulcanismo, impacto de diversos meteoritos, liberação de metano do fundo do oceano e falta de oxigênio.

Mesossauros - fósseisPara o professor Wolf Uwe Reimold, do Museu de História Natural de Berlim e especialista em impactos de crateras na superfície terrestre, a ligação entre o impacto do meteorito e a liberação dos gases também ainda precisa ser confirmada. Mas, mesmo assim, ele considera o novo estudo sobre Araguainha um divisor de águas: “A ideia é bem-vinda, assim como o ímpeto que ela vai dar aos cientistas que estudam o período Permiano, aos especialistas de várias áreas, sismólogos, pesquisadores sobre crateras e impactos, geologistas e paleontologistas que irão agora avaliar essa hipótese”, aponta Reimold.

Ameaças ao planeta

Até o momento, apenas uma das extinções de massa da história da Terra teve as causas comprovadas – ou, pelo menos, é a teoria mais aceita no mundo. No período Cretáceo, há 65 milhões de anos, a queda de um meteorito na região Chicxulub, na Península de Yucatan, no México, aliada à atividade vulcânica da região de Deccan, na Índia, teria dizimado 60% da vida do planeta e levado ao desaparecimento dos dinossauros.

DinossaurosCrósta aponta que catástrofes como esta acontecem somente a cada 80 milhões de anos, aproximadamente. Para Reimold, os meteoritos, corpos sólidos que podem chocar com a Terra, apresentam um risco estatisticamente baixo à vida no planeta, mas real porque são o único fenômeno catastrófico natural com energia suficiente para ameaçar a vida. “Conhecer a órbita deles e sua composição interna é extremamente importante se quisermos ter uma chance de nos proteger e prevenir com antecedência, encontrando formas de talvez destruir ou desviar o projétil”, afirma.

O efeito estufa repentino causado pela alta concentração de metano e dióxido de carbono na atmosfera teria ocorrido ao mesmo tempo que a erupção de diversos vulcões na Sibéria. Juntos, os dois eventos teriam levado à extinção de até 90% das espécies marinhas e 60% das terrestres. Plantas e répteis chamados de Mesossauro, os antepassados dos dinossauros, também morreram massivamente.

Os seres marinhos foram os mais afetados porque o carbono (CO2) dilui mais rapidamente nesse meio. Entre eles, estariam estrelas-do-mar, caramujos e répteis marinhos. Estima-se que 99% das espécies de plânctons também tenham desaparecido.

Novidade levanta questionamentos

Embora a cratera de Araguainha seja a maior da América do Sul e uma das 20 maiores do planeta, os pesquisadores não tinham ligado o evento à extinção de vida que aconteceu no fim do período Permiano. Isso porque a última datação, feita na década de 1990 pelos pesquisadores alemães Konrad Hammerschmidt e Wolf von Engelhardt, apontava 10 milhões de anos de diferença entre a queda do meteorito e o desaparecimento das espécies. (Imagens: Wikipédia).

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Rota bioceânica: Bolívia emperra escoamento via Pacífico

30/09/2013 at 15:04 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

Bolívia emperra escoamento via Pacífico

30/09/2013                                                                                                 Foto: Divulgação/Famasul
Rota bioceanica2
Integrantes da Rila reuniram-se no domingo para debater dificuldades encontradas

A burocracia do governo boliviano no trâmite de alfândega, que libera a circulação de veículos de carga no país, é considerada como desafio para o escoamento da produção brasileira.

A avaliação é unânime entre os executivos que participam da Rota da Integração Latino-Americana (Rila), expedição que estuda a viabilidade de escoamento das commodities agropecuárias pela Bolívia, até o porto de Iquique, no Chile.

A frota de 30 camionetes que compõe a expedição precisou de sete horas para conseguir autorização para entrar na Bolívia. Registro do chassi, declaração de combustível extra, apresentação dos registros de vacinação contra Febre Amarela e emissão de procuração do proprietário do veículo que autoriza a direção por terceiros, são alguns dos procedimentos necessários para se entrar na Bolívia.

No domingo (29), integrantes da Rila se reuniram para debater estratégias de viagem e avaliar o percurso. Além da Alfândega, animais na estrada entre Corumbá e Santa Cruz de La Sierra, e nível de periculosidades da serra que liga Santa Cruz a Cochabamba foram citados como possíveis barreiras.

Para o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Nilton Pickler, ações políticas diminuiriam a burocracia. “Apenas o estreitamento político entre as autoridades de ambos os países pode dar agilidade nos trâmites”, afirma Pickler, que junto com aproximados 90 executivos da Rila se reunirá com autoridades bolivianas nesta segunda-feira (30), em La Paz.

Rota bioceanica

Ybar Antelo, prefeito de Arroyo Concepción, enfatiza que é de interesse público o estreitamento com o Brasil. “Com segurança afirmo o interesse de a Bolívia estar na rota de escoamento dos produtos brasileiros. E caso a rota seja considerada viável, toda a América do Sul tem a ganhar.”

Organizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de MS (Setlog/MS), a expedição terá novas paradas estratégicas em La Paz (Bolívia), Arica e Iquique (Chile). A previsão de chegada a Iquique é no dia 2 de outubro.

Fonte: Gabriel Kabad – Capital News (www.capitalnews.com.br)

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Charge do Pelicano (Bom Dia – SP)

30/09/2013 at 12:55 (*Liberdade e Diversidade) (, , , )

Charge do Pelicano - hoje no Bom Dia (SP)

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Pesquisa mostra Dilma e Marina empatadas em Campo Grande,MS

30/09/2013 at 11:27 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , , )

Dilma e Marina - empatadas

*Pesquisa divulgada neste domingo (29/09) no “Jornal de Domingo” revela que há empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff e Marina da Silva em Campo Grande,MS, se as eleições fossem hoje e se considerada a margem de erro de 4% para mais ou para menos.

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Dilma se reune hoje com o Presidente do Paraguai

30/09/2013 at 10:32 (*Liberdade e Diversidade)

Presidente do Paraguai se reúne com Dilma

30/09/2013

AGÊNCIA BRASIL

Dilma com o presidente do Paraguai

O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, que tomou posse há menos de dois meses, se reúne hoje (30) com a presidenta Dilma Rousseff para discutir as relações comerciais com o Brasil e o retorno ao Mercosul, entre outros temas. Cartes será recebido por Dilma, com honras de chefe de Estado, na rampa do Palácio do Planalto às 11h.

Os dois presidentes farão a reunião no gabinete presidencial, juntamente com suas equipes. Às 12h20, Dilma e Cartes farão uma declaração à imprensa e depois almoçarão em banquete oferecido a Cartes no Palácio Itamaraty.

O Paraguai ficou suspenso do bloco entre 29 de junho de 2012 e 12 de julho deste ano porque os líderes políticos da Argentina, do Brasil e Uruguai discordaram da forma como o então presidente Fernando Lugo foi destituído do poder, por impeachment. Com o processo eleitoral e a eleição de Cartes, que tomou posse em 15 de agosto, a suspensão foi extinta.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), os dois países tratarão da continuidade da cooperação técnica, do desenvolvimento fronteiriço e de questões ligadas à infraestrutura e a iniciativas de combate à pobreza. De acordo com o governo paraguaio, também devem ser discutidas as negociações para a aliança União Europeia-Mercosul e assuntos relacionados à Usina Itaipu Binacional, construída pelos dois países e uma das maiores do mundo.

Após o almoço no Itamaraty, o presidente paraguaio também visitará os chefes dos demais Poderes da República, indo ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal. O retorno da comitiva presidencial a Assunção está previsto para as 21h de hoje. Depois do banquete oferecido a Cartes, Dilma receberá o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto, às 15h.

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PMA prende dois por pesca subaquática com arpões em Bonito,MS

30/09/2013 at 10:10 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

PMA prende dois praticando pesca subaquática com arpões em rio

29/09/2013

VÂNYA SANTOS

Foto: Divulgação PMA

Bonito - pesca predatória em Bonito

Com os pescadores foram apreendidos 30 quilos de pescado

Dois homens foram presos em flagrante por equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) no momento em que praticavam pesca subaquática com arpões no Rio Formoso, em Bonito. O fato ocorreu no último dia 27, mas só foi divulgado neste domingo (29).

Uma equipe surpreendeu os pescadores quando pescavam com arpões no Rio Formoso. Eles haviam capturado peixes fora da medida e não tinham licença para a pesca subaquática. Conforme a PMA, nesse rio só se permite a pesca científica e devidamente autorizada pelo órgão ambiental.

Rio Formoso, MS - Pesca subaquática no rio formoso,ms

Com eles foram apreendidos duas máscaras de mergulho, dois arpões e um veículo Saveiro, além de 30 quilos de pescado das espécies dourado, curimbatá e piavuçu, sendo vários exemplares em tamanhos inferiores ao permitido pela legislação. Cada pescador foi multado em R$ 1,7 mil.

Eles também foram presos e autuados em flagrante na Delegacia de Bonito, de onde só saíram depois de pagar fiança. A dupla responderá em liberdade por crime ambiental de pesca predatória e, se condenados, poderão pegar pena de um a três anos de detenção.

Outra apreensão

A PMA autuou ontem (28) uma pessoa por armazenar pescado fora da medida permitida num rancho pesqueiro. Ela foi multada em R$ 1,5 mil e, no local foram apreendidos 35 quilos de pescado.
As equipes apreenderam ainda duas tarrafas, três redes de pesca, 20 espinhéis, 31 João-bobos (boias) e 387 anzóis de galho, petrechos proibidos que estavam armados no rio.

Operação

Policiais de Bonito, Miranda, Campo Grande, Jardim, Aquidauana e do Grupamento do distrito de Águas do Miranda, em Bonito realizaram uma operação na região de Bonito e Jardim, para combater e prevenir a pesca predatória. O trabalho conjunto começou no dia 25 e terminou às 8h de hoje. Durante este período o proprietário de um pesqueiro foi autuado por degradar matas ciliares do Rio Miranda e dois pescadores por pescar sem licença. (Fonte: Correio do Estado).

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Semana de mobilização indígena começa amanhã

29/09/2013 at 21:28 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

Tudo pronto para a Semana de Mobilização Indígena

28 de setembro de 2013 / Blog Outras Mídias

Semana de mobilização indígena

Protestos mostrarão, em todo país, que poder econômico e Legislativo procuram eliminar direitos — mas sociedade resiste. Veja datas, locais e vídeos

http://youtu.be/wkbe_4N7two

Prevista para a próxima semana, de 30/9 e 5/10, a Mobilização Nacional Indígena vai promover manifestações em vários locais do País. Estão confirmados atos em pelo menos quatro capitais (Brasília, São Paulo, Belém e Rio Branco), além de cidades no interior (veja programação abaixo).

A mobilização foi convocada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) para defender a Constituição, os direitos de povos indígenas e tradicionais e o meio ambiente (leia a convocatória). No dia 5/10, a Carta Magna completa 25 anos.

O objetivo é protestar contra o ataque generalizado aos direitos territoriais dessas populações que parte do governo, da bancada ruralista no Congresso e do lobby de grandes empresas de mineração e energia.

Centenas de projetos tramitam no Congresso para restringir os direitos de populações indígenas, de quilombolas e de outras populações tradicionais sobre suas terras, além de tentarem impedir a criação de unidades de conservação. Entre eles, estão as Propostas de Emenda Constitucional (PECs) 215/2000 e 38/1999, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 227/2012 e o Projeto de Lei (PL) 1.610/1996.

O governo de Dilma Rousseff tem o pior desempenho na demarcação de Terras Indígenas (TIs) desde a redemocratização (leia mais). Mesmo assim, pretende dificultar ainda mais a criação de novas áreas com mudanças nos processos demarcatórios. A Portaria 303 da Advocacia-geral da União (AGU) também restringe drasticamente os direitos territoriais indígenas.

A Mobilização Nacional Indígena é apoiada por organizações indígenas e indigenistas, como o ISA, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), mas também por outros movimentos sociais e organizações da sociedade civil, como o Greenpeace, a Coordenação Nacional de Comunidades Quilombolas (Conaq) e o Movimento Passe Livre (MPL).

Guarani fecharam rodovia em SP

Cerca de 200 índios guarani que moram em aldeias localizadas no município de São Paulo abriram a semana da Mobilização Nacional Indígena, na manhã desta quinta (26/9). Eles fecharam pacificamente a Rodovia dos Bandeirantes, sentido capital, na altura do km 20, zona noroeste da cidade. O trânsito ficou interrompido por uma hora e meia. A polícia esteve no local, mas negociou com os manifestantes e não interveio.

O objetivo do protesto foi exigir o arquivamento da PEC 215, que transfere do Executivo para o Legislativo, a prerrogativa de aprovar as demarcações de Terras Indígenas. A Comissão Guarani Yvyrupá, que organizou o protesto, também exige que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, autorize imediatamente a publicação das portarias declaratórias de duas terras indígenas localizadas na capital: a Terra Indígena Tenondé Porã, na zona sul, e a Terra Indígena do Jaraguá, zona noroeste.
“A PEC 215 acaba com qualquer garantia de demarcação de novas terras indígenas no país”, afirmou Marcos Tupã, da coordenação geral da Comissão Guarani Yvyrupá, ao site Rede Brasil Atual (saiba mais) (veja abaixo vídeos gravados pela comunidade Guarani).

http://youtu.be/5AfVHJmprJc

http://youtu.be/SkUai2zgS0U

http://youtu.be/zFMKpzSU9Yk

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Texto para reflexão:Luciara,MT onde o latifúndio impera

29/09/2013 at 18:37 (*Liberdade e Diversidade) (, , , , )

Em Luciara, latifúndio sem máscaras

Publicado em 29 de setembro de 2013 por Antonio Martins /Blog da Redação

Numa pequena localidade à beira do Rio Araguaia, emerge a brutalidade dos que se julgam donos do Brasil

Latifundio sem máscara
Por Taís González e Bruna Bernacchio

Tiros foram disparados contra casas de religiosos. As moradas de dois pequenos agricultores (um deles, também vereador) foram queimadas até a completa destruição. A rodovia MT 100, que dá acesso à cidade, foi bloqueada. Milícias armadas detiveram um ônibus com pesquisadores e estudantes do projeto Nova Cartografia Social da Amazônia e tentaram revistar seus ocupantes. Máquinas foram colocadas na pista de pouso do aeroporto e montaram-se estratégias para evitar a chegada de pessoas pelo rio Araguaia. Entre 20 e 22 de setembro, a pequena cidade de Luciara (2.300 habitantes), no extremo nordeste do Mato Grosso (1160 km. de Cuiabá), viveu de forma concentrada a violência que os grandes proprietários rurais praticam há séculos contra os que resistem a seu poder no campo.

Motivo: um pequeno grupo de fazendeiros quer evitar, à força, a criação de uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável no município. A constituição da unidade é proposta do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Visa evitar que se concretize uma ameaça social e ambiental. Há algum tempo, os latifundiários – na verdade “grileiros”, que ocuparam terras públicas – estão avançando sobre os pequenos sítios mantidos, em condições comunais, sustentáveis e de integração com a natureza, por cerca de cem famílias. São os “retireiros do Araguaia”.

Latifundio sem mascara - casa de retireiro queimada

Há mais de um século, desde a colonização de Luciara, caboclos vivem da criação coletiva de gado em Mato Verdinho, uma terra da União na beira do Araguaia. São pequenos ordenhadores, que criam à solta seu gado nas pastagens naturais do cerrado e varjões da região, numa dinâmica de agroextrativismo do capim nativo, de forma extensiva e com pouca alteração da paisagem natural. É uma prática tradicional, adequada às características ecológicas e sociais locais.

Nestas áreas, há o espaço do retiro, local de moradia e manejo do gado, organizado individualmente ou em grupo. Nos retiros são construídas casas, piquetes para manejo de gado, currais e cisternas. Varjões, lagos, rios, matas não inundáveis e toda a paisagem é de uso comum.

Há cerca de quinze anos, os caboclos articularam-se e formaram duas organizações: Associação dos Retireiros do Araguaia (ARA), e Associação dos Produtores Rurais do Mato Verdinho (Aprumav), apoiada por professores e alunos da Unemat, que mantém uma unidade em Luciara. Aos poucos, desenhou-se a ideia de instituir a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Trata-se de uma das categorias definidas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Visa preservar territórios onde populações tradicionais têm sua subsistência em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais. A reserva, julgam os retireiros, poderá frear o avanço de pecuaristas.

Latifundio sem mascara - Araguaia (Ilha do Bananal do outro lado)Em 21 de setembro, espalhou-se o boato – depois não confirmado – de que técnicos do ICMBio chegariam à cidade, para iniciar os estudos necessários à criação da RDS. “Tem algumas pessoas, com interesses contrários, disseminando informações erradas de que esses fazendeiros seriam retirados da área. O processo ainda não está pronto, mas precisamos aprofundar esse debate”, disse Fernando Francisco Xavier, representante do instituto no Mato Grosso. Já em 19 de setembro, aliás, os grileiros haviam barrado, segundo a Comissão Pastoral da Terra, dois geógrafos. Também barraram na estrada, por duas vezes, o ônibus da Nova Cartografia Social – um projeto que estimula os povos amazônicos a se auto-conhecerem e mapearem, como parte do desenvolvimento de suas identidades coletivas. Jagunços queriam revistar o veículo, ameaçaram incendiá-lo e proibiram que fossem tiradas fotografias. Também impediram que o grupo seguisse até São Félix do Araguaia. Os geógrafos e alunos pretendiam realizar uma Oficina de Mapas com os retireiros de Luciara.

Latifundio sem....cidade - 2000A prelazia da cidade, braço da Igreja Católica, também virou alvo porque é “acusada” de apoiar o projeto de reserva. Há alguns meses, padres e líderes comunitários foram ameaçados por grupos ligados aos políticos e fazendeiros da região, contrários à demarcação da Terra Indígena Marãiwatsédé, área ocupada pelos Xavantes até a década de 60. O bispo Emérito de São Félix do Araguaia, D. Pedro Casaldáliga, teve que deixar sua casa após seguidas ameaças de morte realizadas por esses grupos.

Na terça-feira (24/9), a Polícia Federal finalmente chegou ao local. Cumprindo ordem judicial, executou a prisão temporária de dois homens, indiciados pelos crimes de constrangimento ilegal, dano, incêndios e formação de quadrilha. A situação segue tensa em Luciara. Lá, o latifúndio expôs suas garras – mas encontrou resistência.

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Chuva supera quota do mês em Campo Grande

29/09/2013 at 17:32 (*Liberdade e Diversidade)

Na Capital choveu 22,3% acima do esperado para o mês

29/09/2013

GABRIEL MAYMONE

Foto: Gabriel Maymone

Campo Grande - com chuva

Avenida Afonso Pena, altura do Bairro Amambai, na manhã deste domingo

Depois de ter madrugada com chuva, inclusive com queda de granizo, Campo Grande já superou em 22,3% o esperado para setembro. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), neste domingo choveu 29,4mm, somando 90,4mm no mês, sendo que o esperado era de 73,9mm, conforme o Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS).

Conforme a Somar meteorologia, a frente fria que chegou esta madrugada deve sair somente na terça-feira. A previsão para este domingo é de tempo parcialmente nublado, com possibilidade de chuva a qualquer hora do dia. Mesmo assim, a temperatura pode chegar aos 29ºC.

Para a segunda-feira (29), deve chover menos, aproximadamente 15mm, mas as temperaturas variam entre 19ºC e 26ºC. Esse deve ser o tom da primavera, alternância de dias de sol e calor com pancadas de chuva e temperaturas mais amenas. (Fonte: Correio do Estado).

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