Eduardo Campos morre em acidente aéreo com jato particular em Santos

13/08/2014 at 13:22 (*Liberdade e Diversidade)

Eduardo campo morreCandidato saiu do Rio de Janeiro com destino a Santos

13 de Agosto de 2014

Correio do Estado / DA REDAÇÃO

eduardo-campos (1)O candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) está entre os passageiros da aeronave particular que caiu na manhã desta quarta-feira em Santos (SP). A confirmação foi feita pela assessoria de imprensa do partido. Segundo o candidato do PSB no DF, Rodrigo Rollemberg, a direção do partido o informou que os passageiros a bordo do avião que caiu eram: Eduardo Campos, sua esposa Renata, o filho Miguel, os assessores Pedro Valadares, Carlos Percol e um cinegrafista ainda não identificado. A candidata à vice-presidente, Marina Silva, não estava a bordo do avião.

O ex-governador de Pernambuco havia saído do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para um compromisso no Guarujá (SP). No meio do trajeto, o jato particular caiu próximo ao Canal 3, em Santos, sobre uma academia de ginástica na Rua Vahia de Abreu, no Boqueirão.

Assessores, amigos e correligionários não conseguem fazer contato com candidato. Seu avião não chegou ao destino. Governo de Pernambuco também não tem contato com candidato. Carlos Siqueira, primeiro secretário do PSB, disse que Campos estava a bordo do avião que caiu.

Por meio de nota, o Comando da Aeronáutica informa que nesta quarta-feira, por volta das 10h, uma aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá. Quando se preparava para o pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. A Aeronáutica já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente.

*****

Link permanente 2 Comentários

Charge de Son Salvador: Bombas pro Iraque

13/08/2014 at 12:52 (*Liberdade e Diversidade)

charge do son salvador no estado de minas - hoje*Charge de Son Salvador no jornal “Estado de Minas” de hoje (13/8). Supimpa!

*****

Link permanente Deixe um comentário

Garoto atacado por tigre ‘bomba’ no Facebook

13/08/2014 at 11:35 (*Liberdade e Diversidade)

garoto atacado por tigreVrajamany supera dificuldades de realizar tarefas simples / Leo Barrilari/ Diário SP

Com uma maturidade incomum para a idade, Vrajamany Rocha, de 11 anos, tenta retomar a rotina

Por: Lucilene Oliveira  lucilene.oliveira@diariosp.com.br

Vrajamany Fernandes Rocha, de 11 anos, não viu quando o tigre dilacerou o seu braço direito. Ele diz ter ficado com o rosto prensado contra a grade que o separava do felino e sentia apenas os dentes do animal rompendo sua pele.  Só conseguiu olhar para o tigre quando seu pai bateu no bicho, na tentativa de libertá-lo.

Apesar do horror, o garoto conta que não sentiu dor durante o ataque. Elas vieram após ele receber alta do hospital. São constantes os gritos de dores imagináveis. Segundo o menino, era como se uma agulha cutucasse o seu braço que não está mais ali.

Demonstrando tranquilidade, Vrajamany contou detalhes sobre a tragédia no Zoológico de Cascavel, no Paraná, no último dia 30 de julho.

Já em sua casa, na Zona Norte da capital, o garoto falou ao DIÁRIO. É a primeira entrevista dele para um veículo impresso – até agora ele só tinha aceitado conversar com o “Fantástico”, da TV Globo.

Com uma maturidade que impressiona, principalmente por conta da pouca idade, o garoto fala sobre desafios que vem enfrentando sem o braço direito e o desejo de voltar a praticar Kung Fu, seu esporte favorito. Por enquanto, o jovem se dedica a aceitar os cerca de cem pedidos de amizade que chegam por dia em sua página no Facebook.

Em nenhum momento Vrajamany lamenta a fatalidade. “Não vai adiantar ficar reclamando. Eu tenho de seguir em frente”, disse. Por ter perdido o membro na altura do ombro, ele sabe que há poucas chances de conseguir implantar um braço mecânico. Mesmo não escondendo a vontade, diz não querer alimentar falsas esperanças. “Eu prefiro acreditar que não vai dar. Não quero me decepcionar”, contou. Ele deve passar por uma avaliação na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, do governo estadual.

 Paixão pelos bichos

 Dono de dois cachorros, Vrajamany sempre foi fascinado por animais. O menino conta que os peixes grandes são os seus prediletos, mas tem um carinho especial por todos os bichos. As idas ao Horto Florestal, na mesma região onde mora, possibilitou que ele crescesse tendo contato com animais silvestres. “Eu já fui no zoológico aqui de São Paulo, mas não podia chegar tão perto. Lá em Cascavel era diferente”, disse. No zoológico do Paraná, ele entrou três vezes em uma área reservada e chegou a passar a mão no leão e no tigre.

A escola 

Apesar de gostar tanto dos animais, Vrajamany não cogita transformar esse amor em profissão. Ele ainda não fala o que pretende estudar, mas a mãe, a funcionária pública Monica Fernandes Santos, de 37 anos, desconfia que será algo na área de exatas. “Ele é muito bom em matemática”, disse Monica, que, por enquanto, acertou com a escola que o filho fará as atividades em casa, para não perder o ano letivo.

Rede de solidariedade

Vrajamany recebeu a visita do melhor amigo do colégio, Felipe Pereira Andrade, de 11 anos. Foi a primeira vez que eles se reencontraram depois do acidente.  “Todo mundo está com saudade. A gente quer que ele se recupere para poder voltar”, disse Felipe.

Redes Sociais

Além dos colegas da escola, Vrajamany conta com o carinho dos “amigos” virtuais.  O garoto, que há duas semanas tinha 92 contatos no Facebook, recebe agora centenas de solicitações de amizade. “Por dia eu aceito umas cem, mas fica gente sem adicionar”, explica. Ele se mostra bastante feliz com as mensagens de apoio enviadas de todas as partes do país.

Kung Fu

A foto do perfil na página de Vrajamany, quando ele tinha 4 anos, fazendo uma estrelinha, já dava indícios do gosto pela prática de esportes.  Há um ano ele começou a lutar Kung Fu. No início deste ano, participou de um torneio e conseguiu uma nova graduação: aposentou a faixa branca, destinada aos iniciantes, e passou a usar a amarela. No mês que vem, deveria trocar de cor. “O meu professor vai ver se eu posso continuar a treinar. Quero muito voltar.”

Assista ao vídeo:    

http://youtu.be/EA8GmDWNMKU

*****

Link permanente Deixe um comentário

A fogueira dos fundamentalismos (Leitura pré-almoço)

13/08/2014 at 11:13 (*Liberdade e Diversidade)

Fundamentalismo - NunoCrônica de Nuno Ramos de Almeida | Imagem: gravura medieval, autoria desconhecida

“Lamento desiludir os racistas disfarçados, mas a selvageria não é exclusiva de nenhuma religião, coexiste bem com todas”

12/08/2014

POR NUNO RAMOS DE ALMEIDA

Estava em Florença durante o primeiro Fórum Social Europeu, em 2002. Na altura, a jornalista Oriana Fallaci fez um texto em que comparava o encontro dos militantes alter-globalização com a marcha dos camisas negras de Mussolini. Afirmava-se disposta a defender a sua cidade e impedir, mesmo dando a vida, a chegada a Florença desses selvagens. “Ouçam-me com atenção. Não apunhalo pelas costas. Luto abertamente para impedir este absurdo [o Fórum] e vou à luta. Florença não é Porto Alegre [cidade berço do Fórum Social Mundial], apesar das atrocidade cometidas todos os dias pelos filhos de Alá, a cidade é o testemunho vivo da nossa cultura, as suas belezas não estão apenas em museus de Florença, mas em cada estátua e pedra da cidade. Há um século e meio uma horda vinda de Livorno também veio fazer o seu ‘fórum’ […] mudaram-se para a Piazza Santa Maria Novella, a Via Tornabuoni, a Piazza della Signoria, a Cidade Velha e permaneceram por lá mais de um mês para destruir, devastar, bater e mijar nos monumentos”, escrevia a santa senhora no “Corriere della Sera”.

Apesar da moderada previsão, mais de 100 mil ativistas participaram nos seus trabalhos, que foram encerrados com uma manifestação gigantesca, de um milhão de pessoas, contra a anunciada invasão do Iraque.

No dia da manifestação, o comércio, receoso dos selvagens, cobriu as vitrines de tapumes. No fim dos desfiles, sem uma única vidraça partida ou loja saqueada, vi uma discreta inscrição deixada por um dos ativistas num tapume de madeira que guardava um oculista: “Tens de mudar de ponto de vista.”

A mártir da cidade permaneceu sadia que nem um pera e, apesar dos antropófagos, o fórum decorreu, tranquilo, sem a sombra dos seus superpoderes. Na altura, a estimável jornalista, que já tinha visto melhores dias, acabava de lançar um livro intitulado La rabbia e l’orgoglio, em que profetizava a invasão da Europa pelas hordas sujas de muçulmanos boçais.

A Europa estava a transformar-se na “Eurabia”, povoada de seres inferiores com uma religião selvagem, que acabavam sempre a mijar nas igrejas de Florença (uma fixação repetida em vários textos). “Um muezzin exortava pontualmente os fiéis à oração, incomodando os infiéis e sufocando o som dos sinos. Junto a tudo isso, o cheiro da urina profanava o mármore do Battistero (têm o apêndice longo esses filhos de Alá, mas como faziam para atingir o monumento quase a dois metros do seu aparelho urinário?)”, interrogava-se a criatura.

Com menos ou mais mijo, este discurso da guerra das civilizações foi o pano de fundo ideológico que justificou a guerra total contra o terrorismo e a invasão do Iraque. Mais de dez anos depois está na altura de fazer o balanço. O fundamentalismo não é uma reação vinda do antigamente, é um fenômeno moderno. Foi alimentado pelo dinheiros dos sauditas, que pregam a versão xenófoba do islã com os seus milhões, e sobretudo criada pelo ódio, pelo desespero e pelo ressentimento. Ditaduras corruptas, algumas cúmplices dos EUA, e os bombardeios são os profetas do fundamentalismo. Lamento desiludir os racistas disfarçados, mas a selvageria não é exclusiva de nenhuma religião, coexiste bem com todas. Os franceses mataram milhões na Argélia. Os nazis exterminaram 6 milhões de judeus e não consta que fossem muçulmanos. Os sérvios e croatas que assassinaram à vez os bósnios eram ortodoxos e católicos e as vítimas eram populações muçulmanas. A maravilhosa cultura dos clássicos gregos que chamamos base da nossa civilização foi salva por árabes muçulmanos enquanto a nossa inquisição se entretinha a queimar os seus manuscritos nos intervalos de queimar judeus.

Os bandos fundamentalistas sunitas do ISIS prosperam, depois da destruição das ditaduras laicas corridas com ajuda do Ocidente, financiados pelo maior aliado dos Estados Unidos, a Arábia Saudita, e a sua expansão deve-se à prévia destruição das suas sociedades pelo despotismo e os mísseis dos EUA.

No deserto onde nasceram as grandes religiões, o céu vê-se melhor. As estrelas parecem ter várias dimensões e texturas. Mas os homens e mulheres sofrem de injustiças dificilmente resolvidas na história dos seres humanos. Nos campos de refugiados do Saara Ocidental, vegetam ao sol quase 200 mil pessoas, há dezenas de anos. A comunidade internacional esqueceu-as e fecha os olhos à opressão marroquina. O desespero muda as pessoas e as sociedades. Os sarauís são majoritariamente berberes, as mulheres são tradicionalmente emancipadas. Foi aí que conheci Mohamed Moulud, o fotógrafo que nos anos 70 seguiu a revolta do deserto com uma máquina fotográfica numa mão e uma AK-47 na outra. Os registros mostram raparigas de cabelo ao vento com as camisas abertas e decotadas, a combater com os homens em igualdade. Fui duas vezes ao campos da Polisario, com dez anos de intervalo. A última foi há quatro anos. Impressionou-me o número crescente de mulheres tapadas e de madrassas pagas pelo dinheiro saudita. Os sarauís como os palestinos são dos povos mais laicos da região. O seu fundamentalismo é alimentado por injustiças, desespero, bombardeios e dinheiro sujo do petróleo.

Cabe-nos a nós escolher um mundo mais justo ou apostar nas ideias que sustentam a miséria do povo árabe e justificam as guerras. No mundo há apenas homens e mulheres iguais a todos, com direito a uma vida decente.

*****

Link permanente Deixe um comentário

Sobreviventes da Guerrilha do Araguaia falam à CNV sobre torturas

13/08/2014 at 10:19 (*Liberdade e Diversidade)

Comissão da Verdade - AraguaiaA Comissão anunciou que fará vistoria ao Centro de Informações do Exército (CIE), em Marabá, conhecida como “Casa Azul”, onde eram torturados os guerrilheiros e camponeses presos. 

12 de agosto de 2014

Márcia Xavier / De Brasília

Comissão Nacional da Verdade

“Eu fico feliz de denunciar ao país os crimes que as Forças Armadas insistem em ocultar”, disse Criméia Schmidt de Almeida. “O objetivo da tortura é desestruturar, desmoralizar”, afirmou Danilo Carneiro. Eles foram os primeiros depoentes na audiência pública realizada nesta terça-feira (12) pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) para apurar as graves violações de direitos humanos cometidas na repressão à guerrilha do Araguaia.

Os dois fazem parte do grupo de sobreviventes e testemunhas do episódio mais violento da ditadura militar, que resultou em prisões ilegais, torturas e dezenas de mortos e desaparecidos políticos na primeira metade dos anos 1970. O saldo das operações militares de repressão na região do Araguaia foi de cerca de 70 pessoas desaparecidas entre militantes do PCdoB e moradores da região.

Quatro agentes do Estado foram convocados para depor. Sebastião Rodrigues de Moura – mais conhecido como “Major Curió”, foi internado ontem (11) no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. A CNV tentará ouvi-lo no hospital. Os demais – Leo Frederico Cinelli, Thaumaturgo Sotero Vaz e José Conegundes do Nascimento – não compareceram.

O secretário-executivo da CNV, André Saboia, abriu a audiência com a apresentação do trabalho de pesquisa realizado pela CNV até agora sobre a Guerrilha do Araguaia. E reproduziu os trechos de depoimentos de militares ouvidos pela comissão.

A Guerrilha do Araguaia terá um capítulo do relatório final da CNV, informou Pedro Dallari na audiência, quando foi também anunciada a decisão da Comissão de fazer vistoria no local em que funcionou a Casa Azul de Marabá, no Pará. Os guerrilheiros e camponeses presos eram levados para o Centro de Informações do Exército (CIE), em Marabá, conhecida como “Casa Azul”.

“Sessões de cinema”

Comissão da Verdade - Araguaia 2

A primeira a depor foi Criméia Almeida (foto), que esteve no Araguaia entre 1969 e 1972. Ela contou que deixou o movimento para ter o filho em São Paulo, onde foi presa, na casa da irmã, Amélia Telles, onde estava disfarçada de babá. Levada para a Oban, inicialmente ela não foi torturada, mas assim que foi identificada como a Criméia do Araguaia passou a ser barbaramente torturada.

Na primeira vez, já grávida de seis meses, ela foi torturada pessoalmente por Carlos Alberto Brilhante Ustra, então major do Exército, comandante do Doi-Codi de São Paulo. Depois, foi transferida para Brasília, onde continuou a tortura. Em Brasília, Criméia era submetida a “sessões de cinema” em que eram mostradas fotos dos guerrilheiros mortos.

Meses depois, teve seu filho em Brasília, vigiada por policiais do Exército armados com metralhadora. “Quando meu filho nasceu, foi feita a ficha dele. Ele nasceu fichado”, afirmou Crimeia em seu depoimento. Depois de liberada, Criméia foi ameaçada de morte pessoalmente pelo general Bandeira, comandante do combate à guerrilha.

Em seu depoimento, Danilo Carneiro, que foi barbaramente torturado no Pará e em Brasília, onde ficou preso, lembra que “os amigos cantavam para mim depois da tortura. Aquilo recompunha minhas forças”, afirmou. Ele também contou que testemunhou as torturas sofridas por Paulo Fonteles, assassinado por pistoleiros nos anos 1980, no Pará. “O objetivo da tortura é desestruturar, desmoralizar”, afirma Danilo.

A ordem era eliminar 

Durante a apresentação dos slides que mostraram as informações obtidas pela CNV em seu trabalho de apuração, o presidente da CNV destacou a afirmação do Sgto. Sacramento, que atuou no Araguaia, de que só Curió pode determinar onde estão os desaparecidos.

Ele destacou ainda que os documentos do Exército mostram que a primeira opção no combate à guerrilha era “eliminar” adversários. Em depoimento à CNV, o general Álvaro de Souza Pinheiro disse que em combate “não existe tiro para ferir”.

Segundo os documentos da CNV, a guerrilha do Araguaia foi um movimento armado desenvolvido pelo Partido Comunista do Brasil, PCdoB, na região da divisa entre os estados do Pará, Maranhão e Goiás (hoje Tocantins). O movimento começou a ser organizado nos anos de 1966 e 1967, com a chegada dos primeiros militantes do PCdoB à região do sudeste do Pará e proximidades, com o objetivo de realizar projeto de “guerra popular prolongada”, inspirado na Revolução Chinesa.

Os combates no Araguaia começariam em abril de 1972, seis anos depois da chegada dos primeiros militantes do PCdoB, quando o Exército iniciou o ataque aos destacamentos guerrilheiros.

As Forças Armadas realizaram três campanhas militares e operações de inteligência na região, mobilizando cerca de 10 mil homens. No primeiro ano, foram feitos prisioneiros, mas, depois disso, a ordem do comando militar era “eliminar” todos os envolvidos.

*****

Link permanente Deixe um comentário

Brasil ganha pela primeira vez o ‘Nobel’ da matemática

13/08/2014 at 09:50 (*Liberdade e Diversidade)

nobel de matemática-brasileiroÁvila recebe o maior prêmio da matemática aos 35 anos (Foto: Katrin Breithaupt / Wikimedia)

12 de agosto de 2014

Site Terra

O carioca Artur Ávila é o primeiro brasileiro a receber a medalha Fields, considerada o “Nobel” da matemática. Ávila, que era tido como um dos favoritos desde a edição anterior da premiação, levou neste ano a láurea concedida pela União Internacional de Matemática.

O carioca fez o mestrado logo após terminar o ensino médio. Aos 18 anos, começou o doutorado, aos 22, o pós-doutorado. Como o Ministério da Educação (MEC) exige a graduação para conceder os títulos de mestre e doutor, ele fez a graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ao mesmo tempo que o mestrado.

Em entrevista anterior ao Terra, Ávila diz não se considerar um gênio. O segredo, segundo ele, está em fazer o que se gosta. “Eu vou conhecendo tão bem os problemas, que me sinto muito motivado em resolver aquilo que não consigo entender, em quebrar essa barreira. Eu acho isso muito importante, estar motivado. Acho que é isso que faz a gente se dar bem no trabalho, a ter reconhecimento e até ganhar prêmios. Se você não se interessar realmente pelos objetos com os quais trabalha, não vai a lugar algum”, completa.

A medalha Fields é concedida a cada quatro anos a quatro matemáticos com contribuições reconhecidas à área. Como não existe um Nobel de matemática, o prêmio é considerado o mais importante para esse campo da ciência. A presidente Dilma Rousseff parabenizou o carioca através de seu perfil no Twitter:

Parabenizo o pesquisador carioca Artur Avila, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, por ter recebido hoje a medalha Fields.

Confira a entrevista de Ávila ao Terra no especial sobre as olimpíadas escolares

*****

Link permanente 2 Comentários

Após 15 dias de estiagem, chuva e frio voltam a Campo Grande,MS

13/08/2014 at 09:27 (*Liberdade e Diversidade)

Lago do AmorFoto-Valdenir Rezende12-08-2014Foram 15 dias sem chuva em Campo Grande, e previsão é de nebulosidade para hoje (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)

Após enfrentar 15 dias de tempo seco, os campo-grandenses terão alívio com as chuvas e quedas de temperatura previstas, a partir de hoje, na Capital. Mas é amanhã que o frio chega mais forte ao Estado, com mínimas de até 6ºC na região Sul. Em Campo Grande, a previsão é de mínima de 13ºC.

Segundo o meteorologista Natálio Abrahão Filho, a instabilidade climática no Estado decorre de uma frente fria que atinge o litoral brasileiro. “Depois da frente fria, a massa de ar chega derrubando a temperatura”.

A previsão para esta quarta-feira em Campo Grande é de dia nublado e chuvas periódicas. A mínima será de 14ºC e a máxima, de 26ºC. No Sul do Estado, os termômetros devem registrar a mínima de 10ºC, em municípios como Amambai, Sete Quedas e Mundo Novo.

A reportagem, de Lucia Morel e Rafael Bueno, está na edição de hoje (13) do jornal Correio do Estado.

*****

Link permanente Deixe um comentário

Quem lê, ouve e vê tanta notícia? (Leitura da noite)

12/08/2014 at 22:50 (*Liberdade e Diversidade)

arq_314Jorge Furtado e as atrizes da peça que é encenada dentro do filme

Criativo como sempre, Jorge Furtado convida a enxergar balcão de negócios em que se converteu a mídia e faz duas investigações essenciais

Por José Geraldo Couto, no blog do IMS

O mercado de notícias, documentário de Jorge Furtado, é um filme oportuno e necessário. Poucas instituições têm sido tão discutidas nos últimos tempos quanto à imprensa, em suas várias formas: escrita, televisiva, radiofônica. Com o advento avassalador da internet, não é apenas a sustentação econômica de jornais, revistas e telenoticiários que está em xeque, mas principalmente a sua credibilidade – e é nesse nervo que o documentário vem tocar, com o engenho e a verve habituais de seu diretor.

Veja o trailer oficial do filme:

http://youtu.be/rMBj7kBTgZk

O primeiro achado do filme, em termos de construção, é a alternância entre o documentário propriamente dito e uma encenação da comédia O mercado de notícias (The Staple of News, 1626), do dramaturgo britânico Ben Jonson (1572-1637). A ironia ferina com que Jonson retrata a imprensa então nascente como um balcão de troca de favores e de proliferação de intrigas vai impregnar todo o debate sobre a crise atual do setor.

Talvez o espectador acostumado à inventividade de obras anteriores de Furtado (seja na ficção de O homem que copiava Saneamento básico ou em metadocumentários como Ilha das flores Esta não é a sua vida) sinta-se desapontado com o peso que assumem aqui os depoimentos dos entrevistados, treze jornalistas entre os mais experientes e respeitados do país. De fato, embora sejam todos consistentes e iluminadores, esses depoimentos estão a um passo de fazer do filme uma daquelas coleções de “talking heads” que fazem às vezes de documentários na TV paga.

Compenetrado na seriedade da discussão, é como se o diretor não quisesse dispersá-la com as brincadeiras metalinguísticas que povoam seus outros trabalhos. De vez em quando ele parece se lembrar de arejar a conversa com um trecho divertido da peça ou com a inserção de um ou outro comentário visual – como na imagem do quadro “O Grito”, de Munch, quando o jornalista Geneton Moraes fala sobre a Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, padroeira dos jornalistas.

Farsas desconstruídas

Mas o documentário cresce e se justifica plenamente como cinema quando realiza, ele próprio, uma investigação jornalística sobre grandes erros ou distorções recentes de mídia informativa. Isso acontece em particularmente dois momentos: na desconstrução da narrativa televisiva (e que os jornais e revistas ecoaram) do episódio da bolinha de papel que atingiu em 2010 o então candidato José Serra; e na exposição ao ridículo de uma matéria da Folha de S. Paulo sobre uma suposta tela de Picasso (na verdade uma reprodução barata, dessas que se vendem em lojinhas de museus) que estaria abandonada num gabinete do governo em Brasília.

Ao tomar para si aquilo que a imprensa séria deveria fazer – ou seja, investigar os fatos, contrapor versões –, O mercado de notícias exibe em todo o seu esplendor o poder crítico da imagem e da palavra, seu papel tanto na construção como na destruição de mitos, no acobertamento ou na revelação do que chamamos, talvez com demasiada licença, de realidade. Nesse fascinante bricabraque, não se perde nunca de vista a ideia de que, no armazém de secos e molhados que é o jornalismo desde suas origens, o elemento decisivo para dar alguma honestidade a esse comércio é a ética do jornalista.

*****

Link permanente Deixe um comentário

‘O que foi prometido não aconteceu’, diz Campos sobre Dilma

12/08/2014 at 22:22 (*Liberdade e Diversidade)

eduardo-campos (1)

O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou na noite desta terça-feira que ele e seu partido deixaram o governo federal porque “aquilo que foi prometido não aconteceu”. A declaração foi dada durante sabatina no Jornal Nacional, ao ser questionado sobre o fato de o partido ter apoiado o governo federal ao longo de 10 anos. Campos lembrou que a decisão da presidente Dilma Rousseff em apoiar Renan Calheiros (PMDB) à presidência do Senado também foi um fator que pesou contra a aliança com o PSB.

Ao longo de 15 minutos, o candidato também foi questionado sobre o apoio que deu na campanha de sua mãe, Ana Arraes, para assumir uma vaga vitalícia no Tribunal de Contas da União, e de dois parentes ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Segundo ele, todos esses processos foram legítimos. Em relação ao apoio dado na candidatura de Ana Arraes, ele lembrou ainda que ela foi escolhida pelos seus colegas na época em que era deputada federal. “Se a nomeação fosse minha, e dependesse de mim, sim, seria nepotismo”, enfatizou.

Inclusive, aproveitou para dizer que defende a realização de reformas para acabar com cargos vitalícios na Justiça, lembrando que o deverá caber ao novo presidente a indicação para as cinco vagas que estão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na sabatina, Campos também foi contestado pela aliança com Marina Silva, a sua vice, uma vez que os cada um representa linhas diversas em alguns pontos. “As contradições se resolvem com diálogo. Marina não tem nada contra o desenvolvimento econômico. O que ela defende é que o desenvolvimento respeite o meio ambiente”.  Ele afirmou ainda que o plano de governo não será feito por “posições pessoais”, mas por conceitos técnicos e de especialistas.

O presidenciável não poupou críticas ao governo de Dilma Rousseff. Citou a falta de “regras claras” nas negociações com empresários, o que tem prejudicado o desenvolvimento da economia, e a inflação, que, segundo ele, está “corroendo o salário mínimo”. Ele também afirmou ser possível pôr em prática as promessas de sua campanha, como adotar o passe livre para os estudantes, implantar as escolas em turno integral e ampliar em 10 vezes o orçamento da segurança pública. “É possível fazendo planejamento trazer a inflação para o centro da meta e fazer o País crescer com responsabilidade. O Brasil pode ir muito mais longe”, afirmou.

SAIBA MAIS

Campos defende pacto pela vida e critica segurança no País

Campos minimiza pouco crescimento nas pesquisas eleitorais

‘Nunca mudei de lado’, diz Campos sobre deixar governo do PT

Greenpeace faz sátira com presidenciáveis, Lula e Marina

*****

Link permanente Deixe um comentário

Noite da Seresta terá Tetê Espíndola com irmãos Alzira, Geraldo e Celito nesta 6ª feira

12/08/2014 at 16:50 (*Liberdade e Diversidade)

tete1Intitulado “Tetê e o Lírio Selvagem”, o show a ser apresentado revela o trabalho musical de Tetê nos anos 1970

Irmãos Espíndola reviverão o show que apresentaram em São Paulo 

12 de Agosto de 2014

Correio do Estado / DA REDAÇÃO

Na próxima sexta-feira (15), a Noite da Seresta Especial – em comemoração aos 115 anos de Campo Grande – será com os irmãos Espíndola: Tetê, Alzira, Geraldo e Celito.

Intitulado “Tetê e o Lírio Selvagem”, o show a ser apresentado revela o trabalho musical de Tetê nos anos 1970. A Noite da Seresta, promovida pela Prefeitura de Campo Grande, acontece na Praça do Rádio, a partir das 19h30min, com abertura feita pelos seresteiros locais. A entrada é gratuita.

No show “Tetê e o Lírio Selvagem”, o público poderá assistir a um show que mostrará o encontro histórico dos irmãos e resultado do primeiro trabalho da carreira de Tetê Espíndola, gravado com os irmãos Alzira, Geraldo e Celito Espíndola, de LP lançado em 1979. Após 35 anos, eles sobem ao palco para relembrar o repertório desse disco. O primeiro show desse reencontro aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo.

Nesse encontro histórico em São Paulo os irmãos estavam acompanhados do quarteto composto por Paulo Lepetit no baixo, Adriano Magoo, no piano Sandro Moreno, bateria e Gabriel, no violão e guitarra. Juntos buscaram um novo show sem perder a fidelidade aos arranjos originais do disco.

*****

Link permanente Deixe um comentário

« Previous page · Next page »